Ozempic: nova tendência no combate a obesidade oferece riscos a saúde

Afernandes Por Afernandes
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Lançado no mercado em junho de 2021, a semaglutida ou ozempic (nome comercial), recebeu da FDA (“Anvisa dos Estados Unidos”) a liberação para tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade. O uso era apenas indicado se o individuo possuísse pelo menos algumas das seguintes complicações: hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 (quando o corpo não produz insulina ou cria resistência à insulina.) ou colesterol alto. No Brasil a Anvisa liberou a comercialização do medicamento injetável apenas para pacientes que necessitavam de controle de diabetes tipo 2. Alinhado aos critérios da FDA, mais sempre reforçando o uso da prescrição médica.


 

Foto: medicação em exposição. Reprodução/gq brasil


O antidiabético tem como efeito colateral o emagrecimento considerável em obesos. Sabendo disso muitas pessoas principalmente usuário do tik tok vem usando a rede para divulgar resultados sobre o uso do produto e os “milagres” que a  “canetinha mágica” faz pela perda de peso, e como ela  tornou se uma aliada favorita do emagrecimento. No entanto esta nova tendência que virou trend no tik tok vem oferecendo riscos à saúde daqueles que usam o medicamento sem acompanhamento médico. Mas Afinal o ozempic emagrece mesmo? Sim. O fármaco auxilia na perda de peso aumentando a sensação de saciedade, atuando nos dois tipos de apetites do organismo: o da fome e o da vontade de comer. No entanto o uso sem acompanhamento de um especialista pode acarretar inúmeros problemas de saúde que acabaram impedindo a perda de peso. Até porque nem todo medicamento e indicado para todo mundo.

Segundo a Dra. Thais Mussi, endocrinologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), alerta para as consequências de tomar o remédio sem orientação. “É importante frisar que existem pessoas alérgicas à semaglutida e outras substâncias contidas no Ozempic. Sendo assim, como todo medicamento, é preciso atenção antes de indicar ou ingerir“, destaca a médica.

Ainda de acordo com a especialista, há também efeitos colaterais digestivo como enjôos, vômitos, constipação, desidratação, alterações no fígado ou pâncreas e agravamento de problemas gastrointestinais, caso a pessoas tenha algum. O uso do ozempic associado ao álcool pode causar hiperglicemia ou hipoglicemia em pacientes com diabetes “Mesmo pequenas quantidades podem baixar o açúcar no sangue de forma significativa, especialmente quando o álcool é ingerido com o estômago vazio ou após o exercício”, revela a Dra. Thais.

A médica ainda destaca que existem contraindicações para o seguinte grupo de pessoas:

Portadores de Diabetes mellitus tipo 1 (quando pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.)

Pessoas que sofrem de Pancreatite.

Portadores de doenças no fígado ou rins.

Pessoas com distúrbios psiquiátricos.

Mulheres grávidas ou em  amamentação.

Mulheres que usam anticoncepcionais, o uso associado a esta medicação podem alterar o processo fértil da mulher. Pois o emagrecimento ocasiona o aumento da fertilidade.

A especialista finaliza frisando que o Ozempic não é insulina, portanto nunca deve ser usado como um substituto dessa substância no tratamento de diabetes. E que antes de mais nada se você precisa ou deseja perder peso, busque auxilio de um médico endocrinologista e nutricionista. E em caso de transtorno alimentar outro especialista pode agregar ao tratamento como o psicólogo ajudando em casos que exige um apoio especial.

FOTO DESTAQUE: Mulher aplicando semaglutida. REPRODUÇÃO/shutterstock.

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