Terapia alimentar: Conheça o método que facilita a alimentação dos autistas

Bianca Aristides Por Bianca Aristides
4 min de leitura

Apresentar uma rotina de alimentação saudável na infância é uma fase considerada desafiadora para os pais e, principalmente, em casos mais específicos quando a criança apresenta seletividade alimentar que é bastante comum quando possuem o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA).

E, assim, a terapia alimentar se inicia, usando um método que facilite e ajude a introduzir alimentos de forma natural. Segundo o estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders em 2021 – a seletividade alimentar e a fobia – de determinados alimentos ocorre em cerca da metade das crianças autistas. Desta forma, por consequência do transtorno do espectro autista acaba sendo um padrão de rejeição e, até mesmo, pela cor do alimento.

O que é a terapia alimentar?


Família cozinhando. (Foto: Reprodução/Pexels)


A terapia alimentar Terapia é uma abordagem conjunta clínica com ferramentas e estratégias que buscam minimizar as recusas alimentares dos pacientes. O objetivo é aumentar a adesão e flexibilização das crianças com espectro de autismo (TEA) , criando futuramente um plano alimentar adequado que tenha uma nutrição consistente. 

Parte do tratamento de nutrição dos métodos da terapia alimentar são ligadas ao neurodesenvolvimento. O intuito do tratamento é proporcionar uma maior intimidade das crianças com autismo em parceria com o alimento, tirando o medo e a fobia, buscando a aceitação e a descoberta por esses alimentos na rotina diária. 

De acordo com o nutricionista Bruno Redondo, especialista em TEA – uma alimentação “pobre” pode atrapalhar a interação social dos pacientes – Além disso, é capaz de causar inflamações no organismo levando até à prisão de ventre e à irritação na maioria das vezes. “Muitas crianças chegam ao consultório com o intestino totalmente inflamado, justamente porque não estão seguindo uma alimentação adequada”, relata o especialista, Bruno. 

Os responsáveis são fundamentais no tratamento 


Criança se alimentando com a família. (Foto: Reprodução/Pexels)


O método busca desenvolver e aguçar a curiosidade da criança e, desta forma, a terapia convida o paciente a conhecer o alimento: tocando, cheirando antes de ingerir. Segundo o nutricionista, o processo pode ser lento e desafiador, no entanto, os benefícios são eficazes quando finalmente se atingir uma alimentação equilibrada. “Há casos nos quais os pacientes diminuem a quantidade de medicação após diversificarem a dieta”, relata Bruno Redondo. 

Sendo assim, a parceria entre os especialistas e os pais é fundamental! Por exemplo, o tratamento vai além do consultório e das sessões – é importante cozinhar em conjunto com a criança em casa e deixar os alimentos à mostra – Outro fator é usar a criatividade na hora de oferecê-los sejam picados, em purê, cozidos ou em formatos divertidos.

A prática realizada nos consultórios sempre deve ser estimulada e repetida em casa. O profissional explica que a busca é descobrir o que agrada o paciente à descoberta pelos gostos do paciente são fundamentais para diversificar e, depois disso, criar um cardápio adequado e nutritivo para ele. Ainda não se tem muitos estudos científicos sobre os benefícios de uma alimentação equilibrada nos quadros de TEA, entretanto, vem se destacando a importância da dieta diversificada na saúde gastrointestinal dos pacientes.

Foto destaque: Criança se alimentando. Reprodução/Pexels

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