Varíola dos macacos: Anvisa alerta sobre doações de sangue

Bianca Aristides Por Bianca Aristides
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Nesta última quarta-feira (20) foi emitido um novo alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o comunicado vem com novas recomendações sobre a doença. Desta vez, sendo enfatizado a importância que o pacientes que estão infectados ou com suspeitas – não doem sangue – para evitar a possibilidade de futuras contaminações.

As orientações foram passadas para triagem clínica de doadores de sangue, após serem percebidos um aumento de casos de varíola dos macacos no país. É ressaltado, que não se tem confirmações científicas que comprovem que o vírus consiga se transmitir por meio do sangue, tecidos, células e órgãos, no entanto, a iniciativa da medida vem como precaução.


Coleta de sangue. (Foto: Reprodução/Freepik)


O prazo mínimo da restrição é de 21 dias após o início dos sintomas da doença. Assim, qualquer pessoa que teve contato com a doença, com pessoas e animais, não deve doar sangue durante esse período. Inclusive, assintomáticos que não apresentam sintomas de febre e lesões na pele. Por enquanto não há relatos de casos transmitidos por meio da transfusão de sangue, mas por ser uma doença altamente contagiosa, a medida tomada é necessária, de acordo com a nota.

A doença já atingiu no Brasil, atualmente, 449 casos confirmados da varíola dos macacos, conforme os dados do Ministério da Saúde. Causada pelo vírus do gênero orthopoxvirus que pertence à família Poxviridae, separados em dois grupos existentes: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). O tipo de vírus da África Ocidental, até o momento, causa infecções menos graves ao ser comparado com o da Bacia do Congo, sua taxa de mortalidade é de 3,6% sendo analisado com 10% para o da Bacia do Congo.


Sintomas do vírus varíola dos macacos. Foto: (Reprodução/Shutterstock/Saúde em Dia)


Quais os sintomas da doença?

Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, coceira, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. Seguidos, da erupção cutânea que se inicia no rosto e, depois, se espalha para o corpo, bolhas no rosto, mãos, pés, olho, boca ou genitais e falta de energia.

Sobre a transmissão do vírus varíola dos macacos:

A doença é transmitida de uma pessoa para outra por contato, a proximidade de pessoas com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e, além do mais, materiais contaminados, como roupas de cama, toalhas e itens de higiene pessoal.

Com o período de 6 a 13 dias, podendo variar entre 5 a 21 dias. A OMS comunicou que uma parte desses casos foram identificados em pacientes lgbtqia+, em pacientes, gays, bissexuais e que se relacionam fazendo sexo com o genero maculino. Assim, a doença pode ser trasmitida pelo contato durante a relação na pele, inclusive em beijos, nos toques, sexo oral e com penetração em qualquer genero que tenha sintomas.

Segundo a pesquisadora (OMS): “A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, explicou Rosamund Lewis, líder técnica sobre o vírus no Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde.

Foto destaque: Paciente doando sangue. Reprodução/Freepik

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