Estudo feito com inteligência artificial revela dois subtipos de câncer de próstata

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
3 min de leitura
Inteligência Artificial revoluciona medica ao identificar dois tipos de câncer de próstata (Fotografia: reprodução/Freepik)

Um estudo revolucionário, conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Manchester, em colaboração com instituições ao redor do mundo, publicado recentemente na renomada revista científica Cell Genomics, desvendou uma nova perspectiva sobre o câncer de próstata.

A pesquisa, realizada no âmbito do consórcio internacional The Pan Prostate Cancer Group, revelou a existência de dois subtipos distintos da doença, abrindo portas para diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados.

Descoberta dos subtipos


Identificação dos tipos de câncer de próstata pela IA pode facilitar a prescrição de tratamentos personalizados para os pacientes (reprodução/Freepik)

O estudo analisou dados genéticos de milhares de amostras de câncer de próstata provenientes de nove países, utilizando avançadas técnicas de inteligência artificial (IA). Dan Woodcock, autor principal da pesquisa, destaca que o câncer de próstata pode evoluir ao longo de múltiplas vias, resultando em dois tipos diferentes da doença.

Essa compreensão permite classificar os tumores com base na evolução do câncer, oferecendo uma abordagem mais abrangente do que apenas considerar mutações genéticas isoladas.

Os cientistas empregaram redes neurais, uma técnica de IA, para analisar alterações no DNA de amostras de câncer de próstata de 159 pacientes, identificando dois grupos distintos de tumor. Essa descoberta foi posteriormente validada em conjuntos de dados independentes do Canadá e da Austrália, utilizando outras técnicas matemáticas para confirmar a existência dos subtipos.

A integração dessas informações resultou na criação de uma árvore evolutiva que demonstra como os dois subtipos de câncer de próstata se desenvolvem, agora denominados “evotipos”.

Futuros desenvolvimentos

Com base nessas descobertas, os pesquisadores buscam desenvolver um teste genético em colaboração com o CRUK (Center Research UK). Esse teste, combinado com as informações convencionais de estadiamento e classificação do tumor, promete fornecer prognósticos mais precisos para os pacientes, permitindo tratamentos mais eficazes e personalizados.

Rupal Mistry, gerente sênior de envolvimento científico do CRUK, ressalta que o trabalho do consórcio global de pesquisadores tem o potencial de fazer uma diferença significativa na vida das pessoas afetadas pelo câncer de próstata, destacando a importância contínua da pesquisa no avanço do conhecimento sobre o câncer e no desenvolvimento de novas terapias.

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