Saiba a diferença entre a síndrome de burnon e burnout

Raabe Miranda Por Raabe Miranda
4 min de leitura
Foto destaque: Trabalho em excesso é um dos principais motivos de estresse e síndromes relacionadas a exaustão (Reprodução/GettyImages/JayYuno)

A correria do dia a dia, diversos problemas para resolver, prazos para cumprir e ainda conciliar a vida privada, pode resultar em um estilo de vida exaustivo. Contudo, viver acelerado em tempo integral pode ser perigoso e causar doenças devido à carga de estresse constante. E tal sobrecarga crônica, é apresentada como burnon.

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Vida acelerada pode levar à exaustão e estresse (Reprodução/GettyImages/Yuri_Arcurs)


Qual a diferença entre cada síndrome?

Burnon é o termo cunhado pelos psicólogos Timo Schiele e Bert te Wildt, da clínica psicossomática em Kloster Dießen, na região próxima a Munique, que oferece tratamento a pacientes com síndrome de burnout. Cansaço, exaustão e baixo desempenho são uns dos principais sintomas de burnout.

“Ao contrário, as pessoas afetadas descrevem uma conexão demasiadamente próxima e entusiástica com seu trabalho, às vezes mais como uma super excitação. Isso fez com que surgisse a descrição da síndrome de burnon.”

Timo Schiele à DW
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Excesso de trabalho pode diminuir o desempenho e motivação do indivíduo (Reprodução/GettyImages/LuisAlvarez)


O que é burnon

Indivíduos que experimentam estresse e tensões diárias, no início começam a sentir diversos tipos de dores, no pescoço, nas costas, dor de cabeça, bruxismo, como também, podem correr o risco do aumento da pressão arterial, e consequentemente ataques cardíacos e derrames.

“Além das comorbidades psicológicas e doenças secundárias, como depressão, ansiedade ou vícios, também acreditamos que os afetados podem sofrer cada vez mais de fenômenos psicossomáticos, como pressão alta, e suas possíveis consequências” 

Schiele

Como encontrar a solução

“O primeiro passo no tratamento, como costuma ser o caso, é se tornar consciente do problema. As pessoas com síndrome de burnon com frequência aparentam estar funcionais, motivo pelo qual costumamos nos basear em relatos de familiares ou pessoas próximas. É também importante refletirmos sobre nossos próprios valores pessoais.”

Schiele

Jamais negligencie os primeiros sintomas

“Se isso se torna uma condição permanente, ficamos cada vez mais insatisfeitos. Por isso, é importante parar para perguntar a si mesmo: ‘O quão importante para mim são as coisas com as quais preencho minha vida diária? Estou usando minha energia nas áreas adequadas para mim?’ Se a resposta for negativa, é porque está na hora de mudar algo e tentar ver quais espaços pequenos somos capazes de criar, interna e externamente. Este é, com frequência, um grande passo”

Schiele
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Estresse constante é um dos fatores que afetam a saúde mental das pessoas (Reprodução/GettyImages/VioletaStoimenova)


Dessa forma, o conselho dos especialistas é, desacelerar um pouco o ritmo de vida, procurar técnicas de relaxamento como caminhadas, meditação ou algum tipo de atividade que deixe o indivíduo mais leve e calmo. O importante é estabelecer mudanças de comportamento e, caso seja necessário, buscar ajuda profissional.

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Comunicação Social -Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa.
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