Celulares 2G e 3G podem ser excluídos da certificação conforme nova proposta da Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está preparando uma proposta para interromper a certificação de celulares e dispositivos móveis que operam exclusivamente com as tecnologias 2G e 3G. Essa medida busca garantir que apenas aparelhos compatíveis com redes mais modernas, como 4G e 5G, sejam aprovados para uso no Brasil, a fim de modernizar a comunicação móvel no país.

Consulta pública e impacto no mercado

A proposta da Anatel foi submetida a uma consulta pública para que a população e especialistas possam opinar sobre a possível mudança. Se aprovada, a medida afetará não apenas celulares, mas também outros dispositivos, como relógios inteligentes e rastreadores que utilizam redes móveis. A homologação será restrita a aparelhos com suporte a 4G e 5G, com exceção daqueles que combinam essas tecnologias com 2G ou 3G.

Segundo a Anatel, a transição para redes mais modernas será realizada de forma gradual, em conformidade com o planejamento técnico das operadoras, para evitar prejuízos aos consumidores. No entanto, dispositivos que dependem exclusivamente de 2G ou 3G poderão enfrentar limitações de conectividade e desempenho no futuro.


Sede da Anatel (Foto: reprodução/Joa_Souza/Getty Images Embed)


Visando o futuro

O principal objetivo da Anatel é garantir que os dispositivos certificados estejam preparados para as redes mais avançadas, especialmente quando as operadoras eventualmente desativarem as redes 2G e 3G. Apesar disso, a agência reforçou que não há planos imediatos para desligar essas redes no Brasil.

A proposta ainda está em análise e será discutida pela diretoria da Anatel após o término da consulta pública, que permite que a sociedade participe do debate e apresente sugestões ou preocupações.

Sem a certificação da Anatel, os dispositivos ainda poderiam ser utilizados, mas de forma limitada. Equipamentos não homologados podem enfrentar dificuldades para se conectar às redes das operadoras brasileiras, além de não garantirem um funcionamento adequado ou seguro. A agência ressalta que, mesmo com a nova regra, não há planos de desligar as redes 2G e 3G no curto prazo.

Novo sistema de alerta de desastres é lançado no Brasil

Nesta quarta-feira (07), foi lançado pelo governo um novo sistema de alerta de desastres, ele irá mostrar na tela do celular uma alerta como uma sirene, interrompendo, de maneira intrusiva, o conteúdo que o usuário estiver acessando. Para ter acesso ao sistema irá aparecer em celulares lançados a partir de 2020, com acesso a 4G ou 5G.

Projeto em implementação

O sistema ainda não estará presente em todo o território brasileiro, antes disso será testado em 11 municípios do Sul e sudeste, são eles Roca Sales–RS, Muçum–RS, Blumenau–SC, Gaspar–SC, Morretes–PR, União da Vitória–PR, São Sebastião–SP. Cachoeiro de Itapemirim–ES, Indianópolis–MG, Petrópolis–RJ e Angra dos Reis–RJ.


Alerta pop-UP (Foto: Reprodução/Moment/Fajrul Islam/Getty Images embed)


Segundo informações da Anatel, o sistema deverá entrar em operação até dezembro em todos os estados do Sul e sudeste. O sistema irá emitir sons e mensagens de alerta com pop-UP sendo exibido na tela do celular. Vale lembrar que não será necessário realizar cadastro para receber os avisos, apenas estar conectado e dentro da cobertura de 4G ou 5G.

Como irá funcionar

A Defesa Civil será responsável pela operação do sistema, e vai delimitar uma área em situação de risco, e realizar a emissão do sinal para os usuários. Dessa forma, os celulares que estiverem dentro dos requisitos irão receber a notificação. É importante lembrar que avisos SMS, que necessitam de cadastro, continuarão existindo.

Essa tecnologia foi incentivada pela Anatel, que em 2022, determinou que fosse criado um sistema de alerta mais funcional para que as operadoras implementassem. Em 2023, foi finalizada a criação engenhosa do projeto, quando as operadoras Claro, Vivo e Tim, implementaram o sistema em suas redes.

Contudo, seu lançamento vem um pouco mais tarde, pois necessita que os operadores dos sistemas passassem por uma espécie de treinamento, e da elaboração de um plano de comunicação com a população. Etapas que estão sendo realizadas pelo Ministério das Comunicações, com o Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional.