Ministério da Saúde lança nova campanha nacional contra o Aedes aegypti

Nesta segunda-feira (3), o Ministério da Saúde anunciou uma nova campanha nacional de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de várias arboviroses  Intitulada “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, a ação faz parte do plano federal de prevenção às arboviroses, com investimento aproximado de R$183,5 milhões.

Durante o evento, o ministro da Saúde Alexandre Padilha destacou que as ações de combate acontecem durante todo o ano, mas reforçou que o período atual exige atenção redobrada. “Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos”, afirmou.

Dados preocupantes

De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em 3.223 municípios entre agosto e outubro, 30% das cidades brasileiras estão em situação de alerta para dengue, chikungunya e Zika. Apesar disso, houve uma redução de 75% nos casos em comparação com 2024, segundo dados do ministério.

Atualmente, o Brasil contabiliza cerca de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, sendo São Paulo o estado mais afetado, concentrando 55% dos casos e 64% dos óbitos. O ministro reforçou que a dengue continua sendo a principal endemia do país, e que as mudanças climáticas podem ampliar o risco de transmissão, inclusive em regiões que antes não registravam o mosquito.

Avanços na vacina e expectativas pra 2026

Em outubro, Padilha visitou a China para fortalecer a parceria entre o governo brasileiro e a empresa WuXi Biologics, que colabora com o Instituto Butantan na produção de uma vacina nacional contra a dengue. A expectativa é que o imunizante seja registrado pela Anvisa até o final de 2025, permitindo o início da campanha de vacinação em todo o país.


Ministros Alexandre Padilha e Simone Tebet (Vídeo: reprodução/Instagram/@padilhando)


Segundo o ministro, os estudos clínicos estão progredindo bem, e a farmacêutica chinesa deve produzir 40 milhões de doses destinadas ao Brasil. Após a aprovação, o Comitê Técnico do Programa Nacional de Imunização definirá a melhor estratégia para distribuição.

Por fim, Padilha reforçou que o sucesso do combate depende também da população. Ele lembrou a importância de eliminar criadouros, usar telas e repelentes, limpar calhas e reservatórios e participar das ações promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seus profissionais.

Dengue: confira estratégias para proteção e conscientização

Em meio à rotina agitada, a presença do Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, representa uma ameaça iminente à saúde pública.

A eficácia na contenção dessas enfermidades está intrinsecamente vinculada à erradicação dos criadouros desse mosquito, exigindo uma resposta abrangente.

Nesse contexto, é imperativo adotar medidas específicas e eficazes para prevenir a formação de locais propícios à reprodução do Aedes aegypti.

Identificação cuidadosa dos criadouros potenciais

O primeiro passo nessa batalha é a identificação meticulosa dos criadouros potenciais. Vasos de plantas, pneus, garrafas vazias e bandejas sob geladeiras surgem como os principais vilões, proporcionando ambientes ideais para a proliferação do mosquito.

A eliminação de reservatórios de água torna-se uma prática fundamental. Manter a casa livre de acúmulos de água exige atenção constante, com a virada de objetos propensos ao acúmulo e o esvaziamento de recipientes como baldes e garrafas.


(Foto: reprodução/Karina Schmidt/Serra em Pauta)

Cuidados específicos e prevenção constante

Além disso, atenção especial deve ser direcionada aos vasos de plantas, onde a água pode se acumular nos pratos. A utilização de areia nesses recipientes pode absorver o excesso de água, evitando a formação de poças propícias à reprodução do Aedes aegypti.

A manutenção regular de calhas e canaletas é crucial para prevenir entupimentos que favoreçam a criação de criadouros. A instalação de telas em janelas e portas surge como uma barreira eficaz para impedir a entrada dos mosquitos, contribuindo significativamente para a prevenção.

Áreas esquecidas e cultura de prevenção

Outras áreas suscetíveis merecem atenção especial. Piscinas, frequentemente negligenciadas, devem ser mantidas limpas e tratadas com cloro regularmente. As caixas d’água, por sua vez, demandam vedação adequada para evitar a entrada do mosquito. Todas essas práticas visam não apenas evitar criadouros imediatos, mas também criar uma cultura de prevenção constante.

Conscientização comunitária

A conscientização comunitária é um pilar essencial nesse esforço coletivo. Campanhas educativas que destacam a importância da eliminação de criadouros e os riscos associados às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti desempenham um papel crucial.

A educação é uma ferramenta poderosa para gerar mudanças de comportamento e construir uma sociedade mais consciente e responsável. Cada indivíduo, ao adotar práticas simples no cotidiano, contribui para a redução significativa dos casos dessas doenças, promovendo um ambiente mais seguro e saudável para todos.

Ao eliminar criadouros e promover a conscientização, contribuímos para mitigar os impactos das doenças transmitidas por mosquitos.

Essa abordagem integrada é essencial para construir um futuro onde o Aedes aegypti seja uma ameaça controlada e as doenças associadas sejam reduzidas a níveis mínimos.