LA manhã chuvosa de sábado (4) em Paris serviu como cenário simbólico para a nova coleção de Pieter Mulier, diretor criativo da Alaïa. O clima cinzento refletiu perfeitamente a atmosfera que o estilista levou às passarelas da Semana de Moda de Paris, onde apresentou a coleção intitulada “Clothes that Cry”.
O show nas passarelas
O desfile, realizado sobre pisos de LED e sob um teto espelhado, buscou destacar as expressões dos modelos, criando um ambiente imersivo e intimista. Segundo Vogue, Mulier afirmou que não pretendia dramatizar, mas sim transformar a apresentação em um espelho do que ele próprio sentia. “Tudo é puxado e solto. Queria que fosse romântico, porque precisamos de esperança”, declarou.
A coleção explorou uma dualidade constante entre passado e futuro, revelar ou esconder, em peças que iam de vestidos a macacões em forma de casulo, ajustados ao corpo ou presos aos sapatos dos modelos.
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Do novo ao clássico
Para dar vida a essas criações, o estilista trabalhou com apenas quatro materiais — algodão, píton, couro e seda — explorando ao máximo suas possibilidades. As roupas ganharam diferentes texturas, como franjas, plissados e pregas, sempre em composições variadas de tons.
No momento final, Mulier apresentou os tradicionais vestidos de gala da Alaïa, reinterpretados de maneira excêntrica, mas preservando a elegância e as formas clássicas da maison. A apresentação reforçou sua habilidade de unir inovação e tradição, consolidando sua assinatura criativa na moda contemporânea.
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Modelo para coleção Clotes that Cry de Alaia (Foto:Reprodução/Launchmetrics Spotlight/Vougue.globo)
Com “Clothes that Cry”, Pieter Mulier reafirmou seu lugar de destaque no cenário internacional ao mostrar que, entre passado e presente, a moda pode ser atemporal — resistente ao efêmero e capaz de carregar em cada peça não apenas estilo, mas também emoção. A coleção evidenciou que moda é sentimento, memória e futuro: não apenas vestiu corpos, mas traduziu emoções, reafirmando a atemporalidade da Alaïa.
