O relator Alexandre de Moraes solicitou nesta sexta-feira (5) ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, a inclusão de uma sessão extra na quinta-feira, 11 de setembro de 2025. Com isso, o julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista ganha mais tempo para ser concluído — a quarta sessão acontece além das inicialmente previstas.
O que é o “núcleo crucial” do golpe?
O termo “núcleo crucial” refere-se ao grupo central de réus na ação penal que julga a tentativa de golpe de Estado movida após as eleições de 2022. A cúpula envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados que, segundo denúncia da PGR, idealizaram o plano “Punhal Verde e Amarelo”. O objetivo seria impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, além do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes — com participação na elaboração da chamada “minuta do golpe” e nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos réus integrantes do chamado “núcleo crucial” (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images Embed)
Os acusados respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Novas datas e detalhes do julgamento
As sessões começaram nos dias 2 e 3 de setembro, com apresentação do relatório de Alexandre de Moraes, sustentação da PGR e defesas dos acusados. Inicialmente, estavam previstas sessões nos dias 9 (manhã e tarde), 10 (manhã) e 12 (manhã e tarde). Agora, com a inclusão da sessão de 11 de setembro (manhã e tarde), o julgamento passa a ter quatro dias consecutivos de votação — de 9 a 12 de setembro.
Mais tempo
Com o acréscimo da sessão extra, Alexandre de Moraes e os demais ministros ganham tempo valioso para analisar os argumentos, votar e concluir o julgamento. A medida reforça o caráter central do caso e indica um esforço para garantir que a decisão seja tomada com o devido cuidado, abrangência e segurança jurídica.
