Irã responde com novos ataques a Israel após instalações nucleares serem alvejadas

Em resposta aos últimos ataques realizados por Israel, as forças aéreas iranianas realizaram nesta sexta-feira (20), uma nova ofensiva contra o território israelense. A ação fez com que autoridades do governo de Benjamin Netanyahu emitissem um alerta à população para buscarem abrigos até o final desta ofensiva.

Em nota, as Forças de Defesa de Israel (IDF) informam que diversas áreas do país estão sob ataque iraniano. Solicitando para a população obedecer às instruções do Comando Interno até que a Força Aérea de Israel possa eliminar por completo a ameaça.

Novo comunicado

Agora há pouco, as Forças de Defesa de Israel (IDF) emitiram um novo comunicado para a população deixar as áreas protegidas nos locais que estiveram sob o ataque iraniano. Conforme informado, a situação já está controlada e, no momento, o Comando da Frente Interna avalia a situação. 

Em sua página oficial de notícias, o Mossad, Serviço de Inteligência de Israel, informa que há 17 feridos, sendo que 3 deles possuem ferimentos graves. Contudo, não há informações de quais cidades foram atingidas nessa nova ofensiva iraniana. Estima-se que Haifa, cidade israelense ao norte do país, foi alvo de mísseis lançados pelo Irã.


Relato de feridos em Israel após novo ataque iraniano (Vídeo: reprodução/X/@MOSSADil)

Antes do ataque, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian declarou que o Irã tem buscado a paz, no entanto, informou que “a única maneira de acabar com a guerra imposta é parar incondicionalmente a agressão inimiga e fornecer uma garantia definitiva para acabar com as aventuras dos terroristas sionistas para sempre”. Pezeshkian acrescenta que haverá respostas mais duras, caso os ataques israelenses continuem contra a população iraniana.

Início e desdobramentos do conflito

Na madrugada de 13 de junho (2025), horário local, iniciou-se o conflito armado entre Israel e Irã com o governo israelense de Benjamin Netanyahu, utilizando mais de 200 caças para atacar alvos estratégicos iranianos. Ao todo, mais de 100 locais foram alvejados. Incluindo instalações nucleares nas cidades de Fordow, Natanz e Isfahan. 

Militares e funcionários do alto-escalão iraniano foram mortos. Entre eles, Mohammad Bagheri, Hossein Salami, Amir Ali Hajizadeh e Gholam-Ali Rashid, generais com posições estratégicas dentro das forças armadas do país. Cientistas nucleares também foram alvejados, além de centenas de civis.

Antes da ofensiva, o Mossad, Serviço de Inteligência de Israel, sabotou o sistema de defesa aéreo iraniano, fazendo com que a capacidade do país em se defender fosse reduzida. Abrindo espaço para o ataque coordenado israelense, inclusive contra a capital Teerã e contra a TV estatal iraniana.  Segundo Netanyahu, o ataque ocorreu para impedir a expansão nuclear do Irã, o qual é acusado pelo governo israelense de desenvolver meios para obtenção de armamento nuclear.  


Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel informando sobre o início do conflito armado contra o Irã (Vídeo: reprodução/Instagram/@israelipm)


O Irã revidou o ataque contra Israel no dia seguinte, 14 de junho (2025), utilizando drones, mísseis balísticos e hipersônicos. As principais cidades israelenses alvos foram Bat Yam, Ramat Gan, Rehovot, Haifa, além de Tel Aviv. O “Domo de Ferro”, sistema de defesa de Israel, conseguiu interceptar em torno de 90% dos ataques iranianos. 

O contra-ataque israelense foi direcionado às cidades iranianas de Kermanshah, Abadan, Piranshahr e Teerã. A ofensiva deixou mortos, feridos e destruição de edificações e instalações dos dois lados, pesando mais para o lado do Irã, até o momento.

Hoje, sexta-feira (20), o conflito entra em seu oitavo dia com ataques de ambos os países. A ofensiva, que estava restrita a algumas áreas específicas, agora se alastra para diversos novos pontos. Tanto Israel quanto o Irã têm lançado sucessivos ataques mútuos, colocando o mundo em alerta para uma possível desestabilização geopolítica no Oriente Médio, em uma possível escalada envolvendo vários países aliados, com desdobramentos globais.

Ali Khamenei afirma que Israel iniciou guerra e alerta Irã

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta sexta‑feira (13) que Israel iniciou uma guerra aberta contra seu país. Segundo ele, o regime sionista não sairá ileso “das consequências de seu crime”.

Em comunicado oficial, Khamenei alertou que Teerã não aceitará ataques no estilo “atacar e fugir” sem responder com ações duras e estratégicas. O objetivo é resguardar sua soberania e demonstrar sua força regional.

Israel teria iniciado ação ofensiva

Khamenei acusou Israel de iniciar uma guerra direta contra o Irã ao realizar ataques a alvos iranianos sem sofrer consequências imediatas por suas ações. Em discurso enfático, ele afirmou que o regime sionista “não sairá ileso das consequências de seu crime”. Khamenei deixou claro que tais agressões não serão toleradas pelo governo iraniano.


Momento da declaração de Ali Khamenei contra Israel (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)


Com essa declaração contundente, o aiatolá sinaliza que futuros ataques israelenses contra interesses iranianos terão respostas severas. Essas reações podem incluir medidas militares de grande impacto, sanções ou ações diplomáticas fortes. O Irã busca, assim, manter pressão constante sobre o adversário e reforçar sua posição geopolítica na região.

Alerta sobre retaliação firme do Irã

Ao afirmar que sua resposta não será “mediana”, o líder supremo reforça que Teerã não aceitará provocações tímidas ou limitadas. Ele também indica que o país está em estado de máxima prontidão diante do que chama de ameaças e provocações do regime sionista.

Esse posicionamento firme aumenta as tensões na região e serve como alerta ao Ocidente. A mensagem de Teerã é clara: qualquer ataque a alvos iranianos, sejam militares, econômicos ou simbólicos, terá respostas à altura. A escalada do conflito poderá afetar a estabilidade regional e gerar repercussões no cenário internacional.

Com a retórica forte de Khamenei, o Irã assume postura assertiva na disputa com Israel. Mesmo sem anunciar ações específicas, o discurso serve de alerta estratégico. O mundo observa atentamente o desenrolar dessa tensão, pois qualquer incidente pode deflagrar respostas com impacto regional.

Irã aponta mais de 60 mortos em ofensiva israelense

A imprensa iraniana informou neste sábado (14) que 60 pessoas morreram em um ataque israelense em um conjunto residencial em Teerã, na capital do Irã. Dentre os mortos, encontram-se 20 crianças. 

No mesmo dia, as forças iranianas lançaram mísseis contra Israel. Conforme o jornal The Times of Israel, duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas. Ao todo, são três mortos e aproximadamente 82 pessoas feridas nos ataques entre a sexta-feira (13) e o sábado. 

As forças de Israel informaram que aproximadamente 100 mísseis foram disparados contra o território israelense na sexta-feira, porém o Domo de Ferro conseguiu interceptar a maioria. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os mísseis atingiram um número limitado de edifícios, danificados pelos estilhaços provocados pelas operações de interceptação. 

Entre mortos e feridos

Conforme informações do serviço de emergência israelense Magen David Adom (MDA), as operações resgataram uma mulher de 60 anos inconsciente e sem sinais vitais. Um homem que aparentava ter 45 anos foi declarado morto. 

Segundo a BBC, as pessoas resgatadas que estão sendo tratadas em hospitais israelenses sofreram ferimentos por estilhaços, inalação de fumaça e estão em choque. 


Ataques israelenses atingiram civis que agora temem novos bombardeios (Reprodução/Youtube/Metrópoles)

Um representante do Irã na ONU disse que 78 pessoas morreram nos ataques israelenses na sexta-feira e, pelo menos, 320 ficaram feridas, sendo a “esmagadora maioria” de civis.

Como começou

Israel lançou um ataque aéreo na madrugada da sexta-feira, no horário local, contra instalações militares e nucleares em território iraniano. O governo israelense argumentou que a operação visava conter a evolução do programa nuclear naquele país. 

Além da infraestrutura nuclear, Israel fez ataques fatais contra importantes líderes do governo do Irã. Morreram o chefe da Guarda Revolucionária (IRGC), Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas, Hohammad Baghei, além de dois cientistas nucleares iranianos. 

A destruição de uma grande parte do arsenal de mísseis do Irã também foi resultado dos ataques, de acordo com informações do governo israelense. 

Reação iraniana

Como resposta, o governo do Irã prometeu vingança e disparou uma sequência de mísseis balísticos contra Israel na noite desta sexta-feira. Foi possível ouvir fortes explosões tanto em Jerusalém quanto em Tel Aviv. Segundo o jornal israelense Haaretz, ao menos 40 pessoas ficaram feridas nos primeiros ataques de retaliação. 

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que o governo de Israel cometeu um “grande erro” e alertou que as mortes de seus líderes e a violação do espaço aéreo iraniano não ficarão impunes. Khamenei prometeu que Israel pagará caro pelas mortes dos iranianos e alegou que a ação israelense foi uma “declaração de guerra”.


O líder-supremo do Irã promete retaliação e vingança (Reprodução/X/@GugaNoblat)

Ainda em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assegurou que o conflito seguirá pelo tempo que for preciso e que os bombardeios contra o Irã não cessarão. O objetivo de Netanyahu é impedir que a república islâmica possua qualquer arma nuclear. 

Estamos em um momento decisivo na história de Israel.

Benjamin Netanyahu

Mais ataques virão

O chefe da IDF alertou que, neste sábado, o exército de Israel retomará os ataques a alvos em Teerã.

Em uma análise da situação, o Chefe do Estado-Maior General e o Chefe da Força Aérea israelenses afirmaram que as Forças de Defesa continuarão seguindo os planos operacionais e que seus caças estão prontos para reiniciar os ataques na capital iraniana. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu uma carta do Ministério das Relações Exteriores do Irã em que acusa Israel de desencadear o conflito. 

Líder Supremo do Irã tenta tranquilizar o país após queda do helicóptero do presidente

Após a queda do helicóptero que transportava o presidente Ebrahim Raisi e seu ministro das Relações Exteriores, do Irã, que aconteceu neste domingo (19), o líder supremo Ali Khamenei se pronunciou. Ele buscou tranquilizar a população do país, dizendo que não haveria interrupção nos assuntos de Estado.

Gostaria de pontuar um incidente perturbador que aconteceu esta noite ao honorável presidente e aos seus companheiros. Esperamos que o Todo-Poderoso traga o nosso querido presidente e os seus companheiros de volta à nação com boa saúde. Mas, nosso querido povo, quer vocês estejam aqui presentes ou aqueles que ouvirão minha mensagem mais tarde, tenham certeza de que não haverá interrupção no trabalho do país”, afirmou Khamenei em seu pronunciamento.

Até dado o momento do pronunciamento, ainda não havia notícias do paradeiro do helicóptero caído. Segundo o ministro do Interior do Irã, Ahmad Vaihidi, o motivo do atraso com as equipes de resgate, era devido às más condições meteorológicas e ao nevoeiro na área. “Levará tempo para chegar ao local”, pontuou. 

Queda do helicóptero

Segundo a imprensa oficial iraniana, o helicóptero teria caído em uma região montanhosa do Irã, devido às más condições climáticas durante o voo. A aeronave transportava Raisi e outras autoridades que voltavam do Azerbaijão, como o chanceler Hossein Amir-Abdollahian, o governador da província do Azerbaijão Oriental e outros funcionários e guarda-costas. A BBC informou que os outros dois helicópteros do comboio, que viajavam juntos, conseguiu pousar em segurança. 


Imagem do helicóptero que estava o Ebrahim Raisi caído na floresta (Foto: reprodução/Instagram/@astronomiaum)


A viagem do presidente Raisi pela província iraniana do Azerbaijão Oriental, tinha como propósito visitar o projeto de barragem, a inauguração de um projeto conjunto com o Azerbaijão na fronteira compartilhada. Raisi estava na inauguração no domingo, ao lado do presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, da terceira barragem que as duas nações construíram no rio Aras, horas antes do incidente.