A maioria dos brasileiros diz que o preço dos alimentos subiu

A conta do supermercado é sempre algo que impacta o orçamento de uma família. Uma pesquisa do Ipec divulgada neste domingo (21) mostra que os brasileiros acreditam que estão pagando mais caro para se alimentar, com 79% deles apontando aumento nos preços nos últimos meses. E 64% disse acreditar que o preço vai aumentar ainda mais no futuro próximo.

Percepção no preço dos alimentos

A esmagadora maioria diz que o preço aumentou, mas 9% acredita que houve queda no preço dos alimentos. Outros 11% acreditam que o preço não mudou e 1% dos entrevistados declarou que não sabe ou não respondeu.


O brasileiro acredita que está pagando mais caro nos alimentos (Foto: reprodução/Unsplash)

O levantamento do Ipec entrevistou duas mil pessoas entre os dias 4 e 8 de abril em 129 cidades diferentes. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados qual seria o cenário para os próximos meses e as projeções deles não são muito otimistas.  64% respondeu que acredita que os alimentos irão continuar a subir, já que 15% diz que acredita que os preços irão baixar. 18% respondeu que os preços não irão mudar e 3% não sabe ou não opinou.

Outras pesquisas do Ipec

O Ipec também questionou a população sobre o custo dos combustíveis. Para 61% dos entrevistados, encher o tanque do carro ficou mais dispendioso nos últimos meses. 21% acredita que o preço não mudou, 11% acredita que está mais barato abastecer e 7% não sabem ou não responderam.


Abastecer o carro também está mais caro, de acordo com o Ipec (Foto: reprodução/Engin Akyurt/Pixabay)

Quanto às expectativas futuras de preço da gasolina ou álcool nas bombas, 63% acredita que o preço irá subir, 10% crê na redução dos preços, 22% prevê que ficará igual e 5% não respondeu ou não sabe.

Outro questionamento levantado pelo Ipec foi a percepção do preço das contas de consumo mais básicas, como água, luz e gás. 76% dos entrevistados respondeu que está pagando mais caro, 5% acredita que pagou mais barato, 18% acha que o valor das contas não mudou e 1% não respondeu ou não opinou.

Já a expectativa para os próximos meses, 11% respondeu que o preço das contas vai cair e 64% acredita que pagará mais caro nas contas. 4% dos entrevistados não respondeu ou não sabe se pagará mais caro nas contas futuras.

Pesquisa revela que alimentos ultraprocessados desativam mecanismo anticâncer

Em artigo publicado na quinta-feira da semana passada (11) na renomada revista científica Cell, um estudo da Universidade Nacional da Polônia aponta mecanismo que pode ajudar a explicar por que uma dieta inadequada, rica em ultraprocessados, aumenta o risco de câncer.

O que dizem os cientistas

Nosso corpo libera a substância “metilglioxal” após o consumo de alimentos que contém grande concentração de gordura e açúcar. Essa substância consegue impedir temporariamente o funcionamento do gene BRCA², que é responsável pelo combate ao câncer.

O metilglioxal desencadeia a destruição da proteína BRCA2, reduzindo seus níveis nas células. Este efeito é temporário, mas pode durar o suficiente para inibir a função de prevenção de tumores do BRCA2. Eventualmente causa falhas no nosso DNA que são sinais de alerta precoce do desenvolvimento do câncer”, diz o professor Ashok Venkitaraman, em entrevista ao portal Medical News Today.

Em estudos anteriores, foi comprovado que em pessoas com falhas na BRCA², há maior probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama e ovário, ou seja, na pesquisa atual, mostra que os mesmos defeitos que causam essas falhas, acontecem quando uma grande quantidade de metilglioxal, que está diretamente ligado aos alimentos ultraprocessados, entra no organismo.

Alimentos ultraprocessados


Embalagem de comida congelada (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcar, sódio, pobres em vitaminas, minerais, muitas vezes contém uma lista de ingredientes difíceis de identificar. Esses produtos exigem atenção especial. Pois para garantir uma longa durabilidade nas prateleiras dos supermercados, diversos conservantes, emulsificantes e corantes são adicionados. “Muitas dessas substâncias são sintetizadas em laboratório e têm como função estender a duração dos produtos ou, mais frequentemente, dotá-los de cor, sabor, aroma e textura que os tornem extremamente atraentes.” diz o guia disponibilizado pelo site Ministério da Saúde.

Alguns exemplos são biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes, macarrão instantâneo, lasanha e pizza congeladas.