Junho é considerado o 3º mais quente, com recordes de calor

Em comunicado publicado nesta terça-feira (8), foi confirmado pelo observatório Copernicus que junho foi o 3º mês de junho a registrar temperaturas acima do nível pré-industrial. O observatório Copernicus é o programa responsável da União Européia por realizar o monitoramento do clima da Terra, em especial o clima europeu.

De acordo com a divulgação, a temperatura atingida no mês foi de 1,30°C acima da média usada para referência. O nível pré-industrial é usado pelos cientistas como referência para observar e acompanhar a alta da temperatura climática. 

Desequilibrio climático

Enquanto no hemisfério norte se observavam temperaturas acima da média para o verão, no hemisfério sul as temperaturas caíram mais do que o esperado para a temporada. 

Na Argentina e no Chile, as temperaturas caíram drasticamente e registraram uma onda de frio polar. Uma massa de ar frio proveniente da Antártica atingiu a Argentina, afetando diversas cidades com o clima gelado.

Já na Ásia Central, os registros demonstraram valores menores do que o estimado. Mesmo com o clima tão distinto em diferentes partes do planeta, a tendência é que as temperaturas mundiais cresçam cada vez mais e a média se intensifique. Diversos impactos podem ser previstos no cotidiano humano, principalmente na saúde das pessoas e na agricultura, acarretando outros problemas em sistemas que dependem dos dois citados.


Ventilador borrifa água para refrescar as pessoas em Roma, na Itália. (Foto: reprodução/TIZIANA FABI/Getty Images Embed)


Verão europeu e Mediterrâneo quente

A temporada de verão na Europa ocorre entre os meses de junho e setembro, contando normalmente com temperaturas mais altas, especialmente no sul do continente. Entretanto, os marcadores de temperatura ultrapassaram o que seria considerado normal para essa época do ano, sendo junho o ano mais quente da história. 

Na Espanha, a temperatura ultrapassou a marca de 40ºC no fim de junho, enquanto Portugal sofreu com a sensação térmica atingindo 46ºC. 

Paralelamente, os níveis elevados de temperatura do Mediterrâneo também aumentaram e influenciaram diretamente essa onda de calor vista em países europeus. Em destaque, o Mediterrâneo Ocidental registrou 27ºC, a maior temperatura diária do mar já registrada e sendo considerado uma marca histórica, com uma anomalia de 3,7ºC superior a média.

A relação entre os dois fenômenos ocorre devido ao fato de que quanto mais quente a temperatura dos oceanos, mais calor é transferido para a atmosfera através do processo de evaporação.