Drauzio Varella denuncia uso indevido de sua imagem em promover tratamentos falsos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que os produtos regulados por ela com o termo “Aliviozon” não possuem propriedades terapêuticas ou funções de tratamento. Segundo a Anvisa, existem apenas dois cosméticos regularizados com o termo, os quais são regulamentados por meio de notificação e não por registro.

A Anvisa reiterou que apenas produtos regulados como medicamentos podem fazer alegações terapêuticas, de tratamento ou de recuperação da saúde, e que a categoria de regularização à qual pertencem esses produtos não permite a alegação de propriedades terapêuticas.

O Aliviozon é um medicamento cujo anúncio utilizou indevidamente a imagem do Dr. Drauzio Varella em um vídeo editado, no qual ele seria visto recomendando o uso do produto para o tratamento de hemorroidas.

O médico negou ter feito tal recomendação e afirmou que incluirá esse incidente em uma denúncia contra a Meta (empresa proprietária do Facebook e do Instagram) por uso indevido de sua imagem na disseminação de informações falsas sobre tratamentos médicos ineficazes.

Declarações de Dráuzio

Há bastante tempo, Dr. Drauzio declarou ter recebido vídeos nos quais sua imagem é utilizada na promoção de tratamentos falsos. Ele e sua equipe estão catalogando esses vídeos como parte de um esforço para pressionar as redes sociais a impedirem sua circulação, uma vez que induzem muitos usuários a acreditarem em tratamentos que não funcionam.


Em declaração, o médico disse que está tomando todas as medidas cabíveis legalmente (Fotografia: Reprodução/Wanessa Soares/Carta Capital)

O médico enfatizou que essa prática constitui um crime contra a saúde pública, pois engana as pessoas ao vender produtos como vitaminas e medicamentos com base em informações falsas. Ele observou que as plataformas associadas à Meta têm uma incidência significativamente maior de casos de uso indevido de sua imagem em vídeos falsos, em comparação com outras plataformas, como YouTube e TikTok.

Dr. Drauzio informou que está tomando medidas legais contra essa prática e que encaminha todas as ocorrências à Meta para que tomem providências, mas até agora não obteve uma resposta satisfatória.

Esclarecimentos sobre o medicamento

O proctologista Fábio Campos explicou que uma simples consulta a fontes confiáveis sobre o assunto não confirmaria a veracidade dessa notícia. Ele afirmou que, se fosse verdadeira, todos os especialistas já estariam utilizando esse novo medicamento. Campos também mencionou que o uso frequente do nome do Dr. Drauzio ocorre para aproveitar sua credibilidade junto ao público.

Campos concluiu que essa proposta de tratamento é falsa e tem apenas uma finalidade comercial, não havendo estudos que comprovem sua eficácia em outras doenças além das hemorroidas. Ele alertou para possíveis complicações decorrentes do uso desse tipo de tratamento e reiterou que se trata de uma mentira com fins comerciais.

Venda de álcool 70% é proibida no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda do álcool líquido 70% no Brasil, os estoques devem esgotar até o final de abril. O álcool em gel 70% continua a ser comercializado normalmente.

Flexibilização 

A venda do álcool 70% em sua versão líquida, já era proibida há mais de 20 anos. A flexibilização ocorreu como medida sanitária durante a pandemia de Covid-19 em 2020, mas a última autorização tinha prazo limite e expirou em dezembro de 2023, mesmo assim, mercados e farmácias ganharam um prazo de 120 dias para remover das prateleiras.

 No momento inicial, a liberação foi de apenas 180 dias para conter o vírus, mas com o aumento de casos e cada vez mais necessidade de proteção para a população, foi prorrogado. Na época a campanha do junho laranja (mês para intensificar a conscientização da população sobre a importância de adotar medidas preventivas contra queimaduras) foi “Álcool e fogo: mantenha distância”


Broche símbolo do Junho Laranja (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Perigos

Em 2002, o produto foi proibido com aprovação do Ministério da Saúde com os seguintes argumentos apontados pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ);

  • Alta inflamabilidade
  • As crianças são as maiores vítimas de acidentes com queimaduras provocadas por álcool.
  • Em 2002, de um total de um milhão de casos anuais, 300 mil envolviam crianças menores de 12 anos, sendo 45 mil destes provocados pelo álcool;
  • Tóxico para exposições de longo período (crônicas), causando a destruição de parte do sistema nervoso central;
  •  Tóxico para curto período de exposição: podem causar sonolência e outros efeitos que diminuem a capacidade de reação do indivíduo exposto;

Anos depois, durante a pandemia, acidentes continuam acontecendo. Limpar a mão com álcool 70% líquido e depois acender fogão, churrasqueira e outro

Farmácias e mercados têm até o próximo dia 30 para zerar os estoques, as vendas serão liberadas apenas para lugares como hospitais, laboratórios e empresas que precisam de uma esterilização específica.

Anvisa aprova o uso de vacina para bronquiolite

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu autorização para uma vacina direcionada à prevenção em bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR), o qual é responsável por infecções na trato respiratório, especialmente a bronquiolite infantil. Para conferir imunidade aos bebês, o imunizante é administrado em gestantes.

Entenda o que é a bronquiolite

Quando a criança é acometida por bronquiolite, ocorre uma produção aumentada de muco nos pulmões, resultando em maior dificuldade para o oxigênio alcançar a corrente sanguínea. O Abrysvo, fabricado pela Pfizer, é indicado para prevenir doenças do trato respiratório em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade, mediante imunização ativa em gestantes. Assim, a vacina deve ser administrada durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez.

Anteriormente, a agência havia autorizado o registro da vacina Arexvy (GlaxoSmith Kline), também para a prevenção de doenças causadas pelo VSR, mas com a recomendação restrita à população com mais de 60 anos. A bronquiolite é uma condição respiratória que afeta as vias aéreas, com o vírus multiplicando-se nas células do sistema respiratório superior, como nariz, faringe e laringe.

Ela se caracteriza pela inflamação dos bronquíolos, que são ramificações dos brônquios, por sua vez, ramificações da traquéia. Nos primeiros dias após a infecção pelo vírus VSR, os sintomas típicos incluem febre e coriza.


Bronquíolo inflamado. (Foto: reprodução/blog.pulmolab.com)

Posteriormente, após quatro ou cinco dias, a doença progride para sintomas nas vias aéreas inferiores, como chiado no peito, tosse, cansaço e dificuldade respiratória. Devido ao tamanho menor e mais estreito das vias aéreas em crianças, os sintomas são mais intensos, com a tosse frequentemente resultando em desidratação e até vômitos.

Por conseguinte, a hidratação intravenosa é frequentemente utilizada para auxiliar na recuperação da criança, que geralmente perde o apetite. O tratamento da bronquiolite é adaptado conforme os sintomas se manifestam, incluindo o uso de antitérmicos para a febre e lavagem nasal para a coriza. Se os sintomas se agravarem e afetarem as vias aéreas inferiores, a hospitalização pode ser necessária, especialmente em casos de idade jovem ou comorbidades.

Antibióticos e corticóides são prescritos apenas em casos de infecções secundárias, que são comuns. Entretanto, somente um profissional qualificado pode determinar o tratamento mais adequado para cada caso. A dificuldade respiratória pode ser difícil de identificar em bebês, mas é um sinal de alerta que indica a necessidade de buscar assistência médica urgentemente, pois a condição pode se deteriorar rapidamente.

Veja os cuidados com a prevenção

A prevenção é crucial, e lavar as mãos, usar álcool em Gel e garantir a ventilação adequada dos ambientes são medidas importantes. Como o vírus está presente nas secreções das vias aéreas do paciente infectado, a lavagem nasal é recomendada. Crianças doentes não devem frequentar a escola para evitar a disseminação do vírus entre os colegas.

Consulta da Anvisa gera polêmica sobre proibição de cigarros eletrônicos

Uma recente consulta pública feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou uma divisão significativa na opinião pública brasileira em relação à proibição dos cigarros eletrônicos. Os resultados apontaram que apenas 37,4% das contribuições apoiaram a proposta da Anvisa de manter o veto aos aparelhos, levantando um debate cada vez mais acirrado.

Ao longo de dois meses, a consulta pública atraiu 13.930 manifestações, a maioria delas vindo de pessoas físicas, totalizando 97,73% das respostas. Dos participantes, 37,4% expressaram apoio à proposta da Anvisa, enquanto 58,8% apresentaram outras opiniões e 3,7% optaram por não responder.


Mais de 50% das pessoas foram contrárias à proibição dos cigarros eletrônicos (Foto: reprodução/Sérgio Lima/Poder360)

Repercussão

A análise das respostas também revelou que 57,7% dos participantes consideraram que a proposta da Anvisa teria impactos negativos, enquanto 37,1% viram repercussões positivas e 5,1% indicaram que haveria tanto impactos positivos quanto negativos.

A divisão também foi evidente entre diferentes segmentos sociais: profissionais da saúde (61,3%), outros profissionais (50,3%), entidades de defesa do consumidor (54,5%) e outros (55,9%) foram os que mais concordaram com a manutenção da proibição, enquanto apenas 33,3% dos cidadãos apoiaram o veto.

Argumentos e considerações

O debate sobre os cigarros eletrônicos tem sido mais frequente no país, com opiniões e argumentos conflitantes. Por um lado, entidades médicas como a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defendem a proibição, alertando para o risco de uma nova geração de dependentes em nicotina. Por outro lado, críticos argumentam que a proibição é ineficaz, considerando a circulação clandestina desses dispositivos.

Esses resultados vêm à tona em um momento em que o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil está se intensificando, com propostas legislativas e pressões de diversos grupos de interesse.

Enquanto há setores que defendem a continuidade da proibição, baseando-se em preocupações relativas à saúde pública e ao potencial de dependência, há também aqueles que levantam dúvidas sobre a abordagem proibitiva em torno dos mercados clandestinos.

Anvisa aprova registro da vacina contra variante Kraken da COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje (06), em Brasília, o registro da vacina Spikevax, uma dose monovalente desenvolvida para combater a Covid-19, especificamente a variante XBB 1.5, popularmente conhecida como Kraken.

Produzido pela empresa Adium S.A. e fabricado pela Moderna, este é o segundo imunizante monovalente atualizado para a variante Kraken autorizado pela agência.

Posologias e indicações


A nova versão da vacina da COVID-19 é indicada para crianças a partir de seis meses de idade (Fotografia: reprodução/Freepik)

A vacina está indicada para crianças a partir de seis meses de idade, assim como para adultos, seguindo diferentes posologias.

Para crianças de seis meses a quatro anos sem histórico de vacinação ou infecção por Covid-19, são necessárias duas doses de 0,25 mililitros cada, administradas via intramuscular, com um intervalo de 28 dias entre elas. Já para crianças nessa faixa etária com histórico de vacinação ou infecção, é recomendada apenas uma dose, administrada pelo menos três meses após a última vacinação contra a Covid-19.

Para crianças de cinco a 11 anos, bem como para indivíduos com 12 anos ou mais, independentemente do histórico de vacinação, é indicada uma única dose de 0,25 ml ou 0,5 ml, respectivamente, administrada via intramuscular.

Além disso, para adultos com 65 anos ou mais, uma dose de 0,5 ml é recomendada, com a possibilidade de uma dose adicional após três meses da última vacinação contra a Covid-19.

Estratégia de imunização

Esta aprovação pela Anvisa reflete a contínua busca por atualizações nas estratégias de imunização contra a Covid-19, visando adaptar-se às variantes emergentes do vírus.

A Spikevax se junta à Cominarty, da Pfizer, como uma das vacinas monovalentes registradas para combater a variante Kraken. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, já anunciou que a vacinação com a Cominarty começará a ser realizada nos grupos prioritários a partir de abril.