Laysa Peixoto, 1ª astronauta do Brasil, vai ao espaço

Laysa Peixoto 22, será a primeira mulher brasileira a integrar uma missão tripulada no espaço como astronauta de carreira, em voo inaugural, pela empresa Titans Space, prevista para 2029, sob o comando do astronauta veterano da Nasa, Bill McArthur. O acontecimento histórico desperta o interesse de mais pessoas pela ciência astronomia no Brasil.

A Astronauta Brasileira vai representar o Brasil em uma nova fase de exploração espacial com viagens para estações espaciais privadas, além de missões tripuladas para Lua e Marte, futuramente.

“É uma enorme alegria representar o Brasil como astronauta em uma era que mudará para sempre a história da humanidade. É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo, como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”, comemorou Laysa, em publicação no Instagram nesta quinta-feira (5).

Sonho parecia impossível.

Já selecionada para a missão, Laysa segue com seu treinamento em voos suborbitais e missões privadas ao espaço, paralelamente à formação como piloto. “Ainda não caiu completamente a ficha, mas sinto uma gratidão imensa por toda a trajetória percorrida até aqui e por todos que fizeram e fazem parte dela. Esse era o sonho mais impossível que eu poderia ter”, escreveu. 


Foto destaque: Laysa em aeronave (Foto: reprodução/Instagram/@astrolaysa)

Caminho trilhado por Laysa.


A jovem astronauta cursou física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG e participou de atividades e estudos no Observatório Astronômico da instituição. Laysa realmente sonha alto: conquistou a medalha de prata na 23 Olimpíada brasileira de Astronomia em 2020, além da medalha de bronze na Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica.

Mas ela vislumbrava mais, a cientista identificou um objeto celeste inédito em 2021, quando tinha 18 anos, um asteroide, durante uma campanha promovida pela NASA em parceria com o programa International Astronomical Search Collaboration (IASC). O asteroid descoberto pela brasileira foi batizado inicialmente com as letras de seu nome. (LPS 0003): Laysa Peixoto Sena.

Laysa continuou avançando na carreira: após dois anos, ela ingressou na NASA e lá passou a liderar uma equipe de pesquisa com foco em desenvolvimento de tecnologias para exploração espacial. Os projetos da brasileira para serem lançados no espaço são o MADSS, que é uma sonda planejada para ir a Saturno em 2029, e o AquaMoon, projetado para extrair e transformar água da superfície lunar.

Asteroide considerado perigoso pela Nasa passa perto da Terra

Um asteroide nomeado como 2014 TN17 irá passar cerca de 5 milhões de quilômetros perto do planeta Terra nesta quarta-feira (26). O corpo celeste foi notificado como “potencialmente perigoso” pela Nasa, entretanto, não provoca nenhuma chance real de risco contra o planeta.

A classificação de periculosidade realizada pela Nasa tem como critérios qualquer corpo celeste com 140 metros de diâmetro, também considerando que o objeto se aproxime 7,5 quilômetros ou menos da órbita. É o mais próximo asteroide que chegou perto da Terra em 100 anos.

Risco de colisão

O asteroide possui cerca de 130 e 290 metros de diâmetro, maior que as pirâmides do Egito e o dobro do tamanho do Taj Mahal na Índia. Portanto, mesmo que a Nasa tenha notificado que o corpo rochoso já não é uma preocupação real para o planeta, uma eventual colisão seria uma catástrofe mundial. 


Análise de asteroides da NASA (Vídeo: reprodução/X/@AsteroidWatch)

Asteroides com essas proporções costumam colidir com a Terra dentro de um espaço de tempo de 20.000 anos. O monitoramento desses fenômenos espaciais se tornam relevantes pelo seu perigo, tornando, assim, necessário o estudo de objetos que orbitam em volta do nosso planeta.

Monitoramento de corpos espaciais

A Nasa possui o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), uma instalação que tem como finalidade calcular órbitas de cometas, meteoros, asteroides e a sua probabilidade de impacto com o planeta Terra. Todos os corpos estranhos que realizam uma passagem perto do nosso planeta, são monitorados pelo centro de estudo.


Os cientistas têm diversos equipamentos para acompanhar toda movimentação na órbita terrestre, entre satélites e telescópios. Os asteroides que são reconhecidos como “destruidores de planetas” têm no mínimo 1 km de diâmetro. O mais famoso deles, o asteroide Chicxulub, foi responsável pela sua enorme devastação, ocasionando a extinção dos dinossauros. 

Como os astrônomos vem melhorando as técnicas para detectar possíveis perigos ao nosso planeta 

Em 4 de setembro de 2024, um asteroide de um metro de diâmetro, nomeado RW1, foi detectado em rota de colisão com a Terra, no entanto apesar da apreensão inicial as autoridades tranquilizaram o público afirmando que o objeto se desintegraria ao entrar na atmosfera algo que de fato acorreu, o asteroide produziu uma bola de fogo espetacular, que foi amplamente compartilhada nas redes sociais por moradores das Filipinas, onde o evento ocorreu.

O RW1 foi o nono asteroide detectado antes de impactar a Terra, o que reforça a eficácia dos sistemas de monitoramento atuais. No entanto, a pergunta que permanece é: estamos prontos para lidar com asteroides muito maiores e potencialmente mais perigosos?

Os chamados objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês) vem representando uma preocupação crescente. Embora tenhamos catalogado cerca de 36 mil desses objetos até setembro de 2024, estimativas indicam que ainda desconhecemos a vasta maioria, que pode ultrapassar 1 bilhão.

O impacto de asteroides já moldou a história da Terra. Há 66 milhões de anos, um objeto de 10 km de diâmetro foi responsável pela extinção dos dinossauros. Hoje, asteroides de 25 a 1.000 metros são monitorados com atenção, pois podem causar danos locais consideráveis. Apesar de raros, objetos dessa magnitude representam um risco real.

Em resposta, programas como o telescópio infravermelho NEOsurveyor da NASA buscam melhorar a detecção desses corpos celestes. Além disso, missões recentes como a Dart, que colidiu com a lua de um asteroide em 2022, demonstram a possibilidade de desviar a trajetória de asteroides potencialmente perigosos.


Missão Dart da NASA, teve como objetivo demonstrar a nossa capacidade de desviar a orbita de objetos possivelmente perigos (Vídeo: Reprodução/Instagram/NASA)


No entanto embora os avanços estejam sendo feitos, ainda há um longo caminho para garantir nossa proteção contra possíveis impactos catastróficos com a detecção precoce e estratégias de mitigação sendo fundamentais para enfrentar essa ameaça silenciosa do espaço.

Asteroide de tamanho similar ao Everest passará pela terra nesta quinta-feira 

Nesta quinta-feira (27), o asteroide 2011 UL21 deverá passar bem próximo da Terra. Segundo cientistas, ele possui 2,3 km de diâmetro e está viajando em uma velocidade de 93.000 km/h no espaço. Apelidado de “Assassino de Planetas”, o objeto é um dos maiores que já chegaram perto da Terra e recebeu a classificação de “potencialmente perigoso” devido ao seu tamanho similar ao do Monte Everest. 

Embora tenha recebido essa classificação, as chances de uma colisão contra o planeta são mínimas. Sua passagem acontecerá em uma distância considerada pelos cientistas 17 vezes maior do que a distância entre a Terra e a Lua, tornando a chance de impacto baixa.

O asteroide 2011 UL21

Segundo informações divulgadas por especialistas, a Terra e o asteroide vivem uma “ressonância 11:34” que influencia na passagem do objeto próximo ao planeta. Eles explicam que a cada 11 órbitas do asteroide ao redor do Sol, a Terra completa 34, fazendo com que os dois corpos sempre se aproximem a cada 34 anos terrestres. 


Representação de um asteroide (Foto: reprodução/Jonathan Knowles/Getty Images Embed)


Mas, diferente de nosso planeta, o asteroide completa sua órbita ao redor do Sol a cada três anos. Esse movimento de translação é feito de forma inclinada devido à influência da gravidade de Júpiter, a influência é responsável também por desviar outros asteroides para a Terra. 

Cientistas apontam também que, se existisse uma chance de colisão com a Terra, o impacto do asteroide seria menor do que o de Chicxulub, responsável pela perda de quase 70% da vida no planeta e pela extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. Porém, ele ainda causaria danos enormes e significativos a nível continental. 

Como assistir e outro evento 

O Virtual Telescope Project irá transmitir o evento ao vivo a partir das 16h no horário de Brasília e a olho nu, o objeto só poderá ser visto com a utilização de um telescópio, sendo que estima-se que sua próxima passagem aconteça somente em 2089.  


Cometa passando pelo céu (Foto: reprodução/Javier Zayas Photography/Getty Images Embed)


O UL21 não é o único asteroide que passará perto da Terra essa semana, no sábado (29), o 2024 MK deverá se aproximar a cerca de 290 mil km do planeta. Ele chegará mais perto do que a Lua e também não oferece riscos de colisão, e poderá ser visto com a utilização de binóculos ou telescópio, mais precisamente no Hemisfério Sul, enquanto no Hemisfério Norte só será possível enxergar a rocha quando ela começar a se afastar da Terra.