Hackers russos atacaram redes governamentais, diz a Polônia

Hackers russos atacaram redes governamentais, diz a Polônia O Instituto Nacional de Pesquisa (NASK), uma empresa estatal, informou que redes do governo polonês foram alvo de um ataque por hackers russos nesta quarta-feira (8).

Segundo o NASK, o grupo identificado como APT28, está vinculado à agência de inteligência militar russa (GRU), e empregou software malicioso para atacar órgãos governamentais da Polônia.

“O malware direcionado às instituições governamentais polonesas foi distribuído nesta semana pelo grupo APT28, associado aos serviços de inteligência da Rússia”, disse o NASK em comunicado.

“Indicadores técnicos e semelhanças com ataques anteriores permitiram a identificação do grupo APT28… Este grupo está associado à Direção Principal de Inteligência do Estado-Maior General das Forças Armadas da Federação Russa (GRU)”, pontuou.

Ataques


Alemanha também acusou os russos (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Além da Polônia, outros países como Alemanha, Estados Unidos e a República Tcheka também desconfiam dos ataques vindos da Rússia. Recentemente, a Alemanha e seus parceiros declararam que o APT28 realizou uma extensa operação de ciberespionagem direcionada a empresas de defesa e aeroespaciais alemãs, além do partido social-democrata alemão.

Não é a primeira vez que a Polônia é a vítima, O ministro dos Assuntos Digitais do país Krzysztof Gawkowski, disse em entrevista ao jornal ucraniano Economic Truth que são detectados constantes ataques cibernéticos da Rússia dirigido a alvos que abrangem o fornecimento de água e serviços de saúde.

As informações são da agência de notícias estatal polonesa (PAP).

Resposta da Rússia

A embaixada russa em Varsóvia, capital do país polonês, não se pronunciou de imediato e Moscou seguiu a mesma linha de não tecer comentários sobre o assunto.

Mas em resposta às acusações da Alemanha, Moscou não sustentou o silêncio e acusou Berlim, capital Alemã de usar “mitos infundados” sobre hackers russos para aumentar as tensões políticas.

 

 

 

 

CEO da Microsoft alerta para risco de “colapso da ordem mundial” após ataque cibernético russo

No início deste mês, a Microsoft foi alvo de um ataque cibernético perpetrado por hackers russos, resultando em uma violação nos sistemas da gigante de tecnologia. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, expressou sérias preocupações durante uma entrevista à NBC News, alertando sobre o risco iminente de um “colapso da ordem mundial” se as nações não se unirem para estabelecer uma “Convenção de Genebra” cibernética.

Amplitude do ataque e ameaças à ordem Mundial

Nadella enfatizou que o ataque não foi apenas uma afronta à Microsoft, mas uma ameaça global, com Estados-nações visando uns aos outros e, alarmantemente, atingindo alvos civis. Durante o ataque de janeiro, hackers russos conseguiram acessar uma “porcentagem muito pequena” de contas de e-mail corporativas, incluindo as de membros da equipe de liderança, segurança cibernética e departamento jurídico.


Ataque cibernético (Foto: reprodução/Olhar Digital)

Apelo urgente à união das potências globais

“Estamos enfrentando uma ordem mundial muito nova. É uma quebra da ordem mundial que não vimos antes”, destacou Nadella durante a entrevista. Ele instou as três potências principais – Estados Unidos, Rússia e China – a se unirem urgentemente contra ataques cibernéticos e a estabelecerem uma Convenção de Genebra cibernética, análoga à convenção original de 1949 que delineia como civis e soldados devem ser tratados durante a guerra.

Chamado antigo por novas regras internacionai

A Microsoft tem defendido a necessidade de uma Convenção de Genebra “cibernética” há anos. Já em 2017, Nadella afirmava em um documento político que o mundo precisava de novas regras internacionais para proteger o público contra ameaças de Estado-nação no ciberespaço.

Desafios globais e a busca por soluções

A comunidade internacional agora enfrenta o desafio de desenvolver medidas concretas para fortalecer a segurança cibernética global e prevenir futuros ataques que possam ter ramificações devastadoras para a ordem mundial. O chamado de Nadella destaca a urgência de uma ação conjunta para proteger as instituições e os civis no cenário cada vez mais complexo do ciberespaço.