Homem que ameaçou Donald Trump e publicou foto de rifle em rede social é preso

Um homem foi preso depois de dirigir ameaças ao presidente Donald Trump. De acordo com autoridades, o suspeito se referiu ao atentado a tiros sofrido por Trump em comício no ano de 2024 e declarou que “não iria errar”. A prisão aconteceu no Texas, nos Estados Unidos, na quinta-feira (10).

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o suspeito comentou em uma rede social sobre a notícia de uma passagem do presidente americano pelo Texas, que aconteceu nesta sexta-feira (11).

Publicação do suspeito

O homem, identificado como “Robert Herrera”, postou uma foto do republicano rodeado por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos. O registro foi feito logo após a tentativa de assassinato de Trump no dia 13 de julho de 2024 em Butler, na Pensilvânia. O suspeito escreveu na publicação “Eu não vou errar”. Herrera ainda respondeu um comentário de outro usuário com a imagem de um rifle e carregadores de munição


Robert Herrera, de 52 anos é suspeito de ameaçar presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Bexar County Adult Detention Center)

Autoridades americanas informaram que o suspeito responderá por ameaças contra o Trump e crime interestadual. Em caso de condenação, ele pode pegar uma pena de 10 anos de reclusão. Um juiz federal irá analisar o caso

Atentado a tiros

Em 13 de julho de 2024, o então candidato à presidência Donald Trump sofreu um atentado durante um comício em Butler, na Pensilvânia. O republicano levou um tiro de um fuzil AR-15 na orelha direita de raspão e foi levado para o hospital.


Donald Trump levanta o punho em comício após tentativa de assassinato (Foto: reprodução/Jeff Swensen/Getty Images Embed)


No episódio, um homem que assistia ao comício foi morto e outros dois ficaram gravemente feridos. O atirador Thomas Matthew Crooks, de 20 anos foi morto pelo Serviço Secreto

Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo”, escreveu Trump depois do atentado.

Imagens do episódio mostraram o momento exato em que o comício foi interrompido pelos tiros. O presidente se abaixou e colocou as mãos na orelha. Depois, se levantou com sangue no rosto e levantou o punho. Em seguida, Trump foi levado por seguranças a um carro que o esperava.

FBI acessa celular do atirador responsável pela tentativa de assassinato contra Trump

Thomas Matthew Crooks, que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado, teve seu celular acessado por técnicos do FBI. Os investigadores estão atrás de pistas sobre as motivações do crime nos dispositivos eletrônicos.

Investigação do FBI

Segundo o FBI, o acesso ao celular de Crooks era uma prioridade máxima para as autoridades. “O FBI recebeu centenas de dicas de mídia digital que incluem fotos e vídeos feitos na cena do crime e continuamos a analisar as dicas recebidas”, disse o departamento em um comunicado.

O FBI concluiu as buscas na casa e no carro do atirador. Crooks tinha explosivos em seu carro e em sua casa em Bethel Park, Pensilvânia. Desde sábado, quase 100 entrevistas foram realizadas com policiais, participantes do evento e outras testemunhas. 

Tentativa de assassinato 

No atentado contra Trump, Crooks posicionou-se no telhado de um prédio próximo ao local do comício em Butler, onde o ex-presidente foi atingido de raspão na orelha direita durante o tiroteio. O incidente, que resultou em oito tiros, conforme relatado pelo New York Times, causou a morte de um eleitor de Trump.


Donald Trump levanta o punho após ser socorrido por agentes do serviço secreto no comício na Pensilvânia (Reprodução/REBECCA DROKE/Getty Images Embed)


Quem era o atirador?

Até agora, sabe-se que o franco-atirador de 20 anos era natural de Bethel, Pensilvânia, e havia se formado em Ciências da Engenharia na Faculdade Comunitária do Condado de Allegheny dois meses antes, conforme informações da instituição.

Embora registrado como eleitor do Partido Republicano, não foram encontradas evidências de condutas ameaçadoras online ou vínculos partidários. A polícia recuperou a arma usada no crime, um fuzil AR-15 semiautomático, no local do atentado após a morte de Crooks.

Autoridades indicaram que ele não sofria de algum tipo de transtorno mental. Os colegas de escola mencionaram que Crooks sofria bullying devido a dificuldades de adaptação, apesar de ser considerado inteligente.

Crooks não tinha registros criminais, e o FBI acredita que ele agiu sozinho na tentativa de assassinar o ex-presidente Donald Trump, embora as investigações ainda estejam em curso.

A rede social Discord identificou e excluiu uma conta associada ao atirador, mas afirmou que a conta estava inativa há meses e não havia evidências de seu uso para planejar o incidente, promover violência ou discutir opiniões políticas, segundo comunicado da empresa.