Carol Santiago conquista o ouro nos 50 metros

Nesta sexta-feira, a nadadora brasileira Carolina Santiago brilhou na piscina das Paraolimpíadas de Paris 2024 ao conquistar a medalha de ouro nos 50 metros livre da classe S13. Com um tempo impressionante de 26s75, ela não apenas garantiu sua vitória, mas também se destacou como a maior campeã na história do Brasil nas Paraolimpíadas, independente da modalidade. A prova contou com uma forte concorrência, onde a americana Gia Pergoline levou a medalha de prata, cronometrando 27s51, enquanto a medalha de bronze foi conquistada pela italiana Carlotta Gilli, que finalizou a prova em 27s60.

Com a conquista da medalha de hoje, Carol Santiago se destacou como a mulher brasileira com o maior número de medalhas de ouro na história das Paraolimpíadas, superando a marca da velocista Ádria dos Santos. Agora, ela soma um total de sete medalhas paralímpicas.

Carol iniciou sua trajetória nos Jogos em Tóquio, onde impressionou ao garantir três ouros, uma prata e um bronze. Em Paris, já havia celebrado uma vitória ao conquistar o ouro nos 100 metros costas na classe S12, e agora adiciona mais um ouro à sua impressionante coleção.


Carol Santiago é ouro em Paris (Reprodução/Ge.globo/CPB)

Chance de mais medalhas

Carol tem a chance de brilhar ainda mais nas Paraolimpíadas de Paris, competindo em três provas individuais: 200 metro medley S13, 100 metros livre S12 e 100 metros peito SB12. Essas competições são oportunidades para ela conquistar mais medalhas e solidificar seu legado como uma das maiores atletas do Brasil nos Jogos Paralímpicos. A expectativa é alta entre seus fãs que aguardam ansiosamente suas performances.

Carreira de Carol

Carol Santiago é uma renomada atleta paralímpica brasileira, conhecida por suas conquistas na natação. Nascida em 10 de agosto de 1990 em São Paulo, ela tem deficiência visual devido à retinose pigmentar. Iniciou sua carreira na natação cedo, destacando-se em competições nacionais e internacionais, e acumulou diversas medalhas, incluindo as obtidas nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Rio 2016 e Paris 2024.

Além de suas conquistas esportivas, Carol é uma defensora da inclusão e da visibilidade das pessoas com deficiência, utilizando sua influência para conscientizar sobre as habilidades dos atletas paralímpicos. Com um histórico notável e um futuro promissor, ela se estabeleceu como uma inspiração para novas gerações de atletas, mostrando que desafios podem ser superados com determinação.

Nadadora expulsa da seleção nos Jogos Olímpicos se pronuncia e denuncia assédio

Expulsa da delegação brasileira em Paris, a nadadora Ana Carolina Vieira se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. Nas redes sociais, no último domingo (28), a atleta falou sobre o caso pela primeira vez. Ana Carolina se defendeu e revelou uma denúncia que fez sobre um caso de assédio na seleção de natação.

O pronunciamento da nadadora

Ana Carolina Vieira se pronunciou usando os stories no Instagram. A nadadora disse estar desamparada em Portugal e que chegará no Brasil por Recife e depois irá a São Paulo. Ela ainda se defendeu ao falar que não houve má conduta de sua parte durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Conforme a nadadora, ela teve que deixar a Vila Olímpica sem poder arrumar suas malas e sem direito a contato com ninguém. Ana Carolina ainda afirmou que foi impedida, em um primeiro momento, de contatar seu psiquiatra.

“Não consegui contato com ninguém a partir do momento que saí da sala que anunciaram que eu estava fora pelas más condutas. Eu vou provar que não tive má conduta nenhuma. A partir do momento que saí da sala, minha cara estava em todos os lugares. Eu não consegui ter contato com ninguém. Em nenhum momento consegui ficar sozinha. Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Pedi para ela deixar eu falar com psiquiatra, ela não deixou em um primeiro momento. Não podia pegar água. Graças a Deus, depois, pude falar com o psiquiatra.”

Assédio na seleção brasileira de natação

Além de falar sobre sua expulsão dos Jogos Olímpicos, Ana Carolina Vieira revelou que denunciou um caso de assédio na seleção de natação. Sobre o caso de assédio, a atleta não contou muitos detalhes. No entanto, a atleta afirmou que ocorreu um caso na seleção brasileira de natação e que irá comentar o caso com ajuda de advogados.


Ana Carolina Vieira em Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)

Quando estava no processo de sair da Vila Olímpica, a atleta se sentiu desamparada e a pessoa que a acompanhava pediu para entrar em contato com os canais do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). No entanto, a nadadora deixou a entender que não confia na entidade, uma vez que uma denúncia de assédio não foi considerada.

“Vou falar tudo (sobre o caso de assédio), falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo. Estou em, estou triste, nervosa. Mas estou com o coração em paz. Sei quem sou, do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Só peço um tempo e um pouco de paciência”, disse a atleta.

Entenda o caso

Em nota oficial, o COB afirmou que Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos, ambos da natação, deixaram a Vila Olímpica sem autorização na noite da última sexta-feira (26). Segundo a entidade, Ana Carolina Vieira foi desligada da delegação brasileira após reclamar sobre uma decisão técnica da comissão de “forma desrespeitosa e agressiva”.

A violação foi descoberta através das redes sociais dos atletas. Eles publicaram fotos fora da Vila Olímpica. Sobre a punição recebida, os nadadores não reclamaram e aceitaram. No entanto, o caso de Ana Carolina Vieira foi agravado por conta da questão técnica envolvendo a prova de revezamento 4x100m feminino.


Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@_anavieeiraa)

Somente Ana Carolina Vieira foi desligada da seleção brasileira de natação, já que Gabriel Santos recebeu apenas uma advertência. Segundo Gustavo Otsuka, chefe da equipe de natação brasileira, a nadadora discutiu sobre uma mudança na equipe de revezamento e por isso não competirá mais em Paris.