Audiência virtual sigilosa é realizada pela Justiça no caso Neymar Jr e Piovani

Disputa judicial entre Neymar Jr, 33 anos, e a atriz Luana Piovani, 48, ganhou novos contornos nesta semana com a realização de uma audiência marcada por mudanças de protocolo que geraram controvérsia. O encontro, que deveria ocorrer de forma presencial e pública, foi transformado em uma audiência virtual e sigilosa, contrariando, segundo a defesa de Piovani, os trâmites regulares do processo.

Injúria e difamação

O caso começou em dezembro de 2024, quando Neymar Jr. processou a atriz por difamação e injúria após publicações feitas por ela em suas redes sociais no seu perfil no Instagram. Em suas declarações, Luana Piovani criticou duramente o jogador por conta de um projeto de construção de imóveis à beira-mar em Pernambuco e Alagoas, o que gerou forte reação de ambientalistas e da própria atriz. A defesa do atleta afirma que as críticas feitas por Piovani atingi diretamente à honra, reputação e dignidade de Neymar.

Desde o início, o caso chamou a atenção por envolver duas figuras públicas de grande visibilidade e por tocar em temas sensíveis como liberdade de expressão, responsabilidade nas redes sociais e o impacto de figuras influentes em debates ambientais. A tensão aumentou após uma troca de farpas entre os dois, com declarações ofensivas de ambas as partes.


Neymar Jr segurando troféu na premiação do Paulistão (Foto: reprodução/Instagram/@neymarjr)


Pedido de indenização

Neymar Jr. solicitou uma indenização de R$ 50 mil pelos danos morais alegados. Em fevereiro de 2025, o jogador sinalizou a possibilidade de encerrar o processo caso a atriz publicasse um pedido de desculpas. Piovani recusou a proposta, optando por seguir com o processo até a decisão judicial.

A realização da audiência em formato virtual e sob sigilo provocou críticas nas redes sociais, especialmente entre apoiadores da atriz, que questionaram a imparcialidade da Justiça. O desdobramento do caso segue em andamento, com possíveis recursos ainda em análise e sem previsão de encerramento próximo. O episódio levanta questões sobre os limites do discurso público, o papel da Justiça em casos midiáticos e o peso da influência social no ambiente jurídico.

Após três décadas presos, irmãos Menendez enfrentam audiência que pode mudar o rumo da condenação

Mais de 30 anos após serem condenados pelo assassinato dos pais, Lyle e Erik Menendez retornam nesta terça (13) e quarta-feira ao tribunal em Los Angeles. A defesa busca convencer a Justiça de que os irmãos se transformaram ao longo dos anos e não oferecem perigo à sociedade.

Para isso, pretende apresentar testemunhas e relatórios sobre o comportamento exemplar dos dois durante o tempo em que estiveram detidos.

Caso os argumentos sejam aceitos, eles podem conseguir liberdade imediata ou, ao menos, se tornarem aptos a pleitear liberdade condicional. Essa audiência estava prevista para abril, mas foi adiada pelo juiz Michael Jesic por preocupações com a segurança dos réus no processo.

 Recomendação de nova sentença e oposição do atual promotor

Em outubro de 2024, o então promotor de Los Angeles, George Gascón, recomendou a revisão das sentenças dos irmãos, considerando novas evidências de abusos sofridos por eles na infância e seu bom comportamento na prisão. Gascón sugeriu que as penas fossem alteradas para 50 anos a prisão, o que os tornaria elegíveis para liberdade condicional imediata, já que ambos tinham menos de 26 anos na época do crime.

No entanto, o atual promotor, Nathan Hochman, que assumiu o cargo após Gascón, se opõe à medida. Ele argumenta que os irmãos ainda não assumiram responsabilidade pelas mortes e, portanto, não deveriam ter a pena reduzida.


Irmãos Menendez retornam ao tribunal (Foto: reprodução/Instagram/@aventurasnahistoria)


Entenda o caso

O crime ocorreu em 1989, em Beverly Hills. Lyle e Erik assassinaram os pais, que estavam assistindo televisão na sala de casa. Inicialmente, alegaram que o crime teria relação com a máfia, devido à carreira do pai como executivo da indústria musical.

Durante o julgamento, a versão apresentada mudou: os dois afirmaram que eram vítimas de violência sexual e emocional por parte do pai, e que a mãe teria sido omissa. A defesa alegou que o crime foi cometido em um momento de desespero, após anos de sofrimento.

A promotoria, por outro lado, sustentou que os irmãos agiram por interesse financeiro, buscando antecipar o acesso a uma herança avaliada em cerca de 14 milhões de dólares (aproximadamente R$ 82 milhões). O júri não aceitou o argumento de legítima defesa e os condenou a duas penas de prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional.

Maradona ‘morreu após 12 horas de agonia’, diz médico legista

O caso Maradona já teve muitos desdobramentos, sendo o mais recente a audiência desta quinta-feira (27). As investigações começaram acerca dos profissionais que cuidaram do jogador em seus últimos dias de vida.

Ao todo foram sete profissionais acusados de negligência em relação aos cuidados com um dos maiores ídolos do futebol argentino, que faleceu em novembro de 2020, aos 60 anos, durante a recuperação de uma cirurgia cerebral devido a um coágulo. 

O jogador estava se recuperando da cirurgia quando foi encontrado morto na cama, duas semanas após o procedimento. Desde então, uma investigação sobre um possível “homicídio por negligência” por parte da equipe médica acerca de seus cuidados, foi aberta.

Sexta audiência


Psiquiatra Augustina Cosachov e seu advogado (Reprodução/Luis Robayo/Getty Images Embed)


A sexta audiência sobre a acusação de negligência acerca dos cuidados com Diego Maradona aconteceu nessa quinta-feira (27), em San Isidro.

Estão sendo julgados Leopoldo Luque (neurocirurgião); Agustina Cosachov (psiquiatra); Carlos Diaz (psicólogo); Nancy Forlini (coordenadora médica); Mariano Perroni (coordenador de enfermagem); Pedro Pablo Di Spagna (médico); e Ricardo Almiro (enfermeiro). 

Este capítulo sobre as investigações de sua morte contou com o depoimento 200 testemunhas, dentre elas, o médico legista Carlos Mauricio Cassinelli. 

Causa da morte

O médico legista Carlos Mauricio Cassinelli apontou como causa da morte do ex-jogador um edema pulmonar agudo com insuficiência cardíaca e cardiomiopatia dilatada. Disse também que Maradona passou por uma agonia de 12 horas antes de morrer.

O período agonizante é o período em que, uma vez iniciada a morte, ela é inevitável. Pode ser curto ou longo, dependendo da patologia. Períodos ultracurtos não permitem que coágulos se formem dentro das cavidades; não há tempo suficiente”, afirmou.

Segundo Casselli, o coração de Maradona estava com o dobro do tamanho de um órgão normal. Ainda afirmou que o ideal para a recuperação do jogador era ser tratado no hospital e não em casa. Maradona estava em propriedade rural em San Andrés, ao norte de Buenos Aires. 

O legista ainda acrescentou que havia mais de quatro litros de água acumulados no corpo de Maradona, sendo dois terços do total presentes no abdômen.