Nova autópsia de Juliana Marins é solicitada pela família  

A família da publicitária Juliana Marins, que faleceu após cair de uma altura de 300 metros do alto do Vulcão Rinjani, o segundo mais alto da Indonésia, no último dia 21 de junho, solicitou hoje (30/6), à justiça federal brasileira, através da Defensoria Pública da União (DPU), para que o corpo da jovem seja novamente autopsiado após chegar ao Brasil.

Divergência causa mortis

A irmã de Juliana, Mariana Marins, relatou no perfil do Instagram, criado especialmente para atualizar o público em relação à situação da jovem, que pediu ajuda ao Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), pertencente à Prefeitura de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, para preparar este pedido á Justiça Federal.

A família busca realmente entender o que aconteceu com Juliana. A causa mortis relatada na autópsia realizada no exterior apontou que a publicitária teria falecido devido a um traumatismo, provocado por diversas fraturas e lesões em seu corpo, especialmente aquelas que atingiram os órgãos internos, e acabaram comprometendo a respiração. Comparando a gravidade das lesões e à grande quantidade de sangramento, foi descartada, de imediato, a hipótese de hipotermia.


Post de Mariana Marins (reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)


Repatriação do corpo

O corpo ainda não foi trasladado de Bali, na Indonésia, para o estado do Rio de Janeiro, onde deve desembarcar no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, conhecido como Galeão. Mariana tem postado a respeito de sua indignação para com as autoridades da Indonésia e com a companhia aérea Emirates, pois não informa sobre a confirmação do voo para o Brasil: “É descaso do início ao fim”.

A família aguarda posicionamento da justiça em relação ao pedido de nova autópsia, esperando, sem dúvida, que seja favorável.

Autópsia revela que Juliana Marins morre por ferimentos internos após queda em vulcão na Indonésia

Juliana Marins, alpinista brasileira que sofreu uma queda no Monte Rinjani, morreu em decorrência de ferimentos causados por impacto violento, conforme indicam os resultados da autópsia divulgados nesta sexta-feira (27/06) pelas autoridades da Indonésia. O laudo aponta que ela teve múltiplas fraturas, o que provocou lesões em órgãos internos e um sangramento intenso, levando à morte pouco tempo depois do acidente.

Segundo o responsável pela análise forense, o corpo apresentava arranhões, escoriações e fraturas em diferentes regiões, como tórax, ombro, coluna e coxa. Os danos mais críticos ocorreram na região do tórax e das costas, o que comprometeu a função de órgãos vitais. O especialista explicou que não foram encontrados sinais de que ela tenha resistido por muitas horas após a queda. A ausência de características típicas de ferimentos que evoluem lentamente, como hérnia cerebral ou retração dos órgãos, reforça a hipótese de que o falecimento aconteceu em cerca de 20 minutos após o acidente.

A autópsia foi realizada em Bali, no Hospital Bali Mandara, para onde o corpo foi transferido de ambulância, já que a província de origem, onde o vulcão está localizado, não conta com profissionais especializados nesse tipo de exame. O procedimento ocorreu na noite de quinta-feira (26/06), um dia após o corpo ter sido retirado do local da queda.

Resgate demorou dias por conta do terreno e do tempo

Juliana caiu em um barranco profundo no sábado (21/06), por volta das 6h30 da manhã, enquanto subia uma trilha próxima ao lago Segara Anak. Ela foi encontrada apenas na quarta-feira (25/06), após uma operação de busca que enfrentou vários obstáculos, como neblina densa, ventos fortes e relevo acidentado.

As equipes de resgate só conseguiram se aproximar dela três dias depois. O local da queda, segundo os socorristas, era difícil de acessar e, inicialmente, o corpo sequer foi localizado na posição estimada. A hipótese é que ele tenha se deslocado com o impacto. Durante esse período, as equipes permaneceram na região, mesmo durante a noite, tentando localizá-la.


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Vista do Monte Rinjani, vulcão ativo e ponto turístico de Lombok, na Indonésia, onde ocorreu a queda da alpinista brasileira (Foto: Reprodução/Ulet Ifansasti/Getty Images Embed)


As autoridades do parque explicaram que, apesar da mobilização de dezenas de profissionais, o processo levou tempo por conta das dificuldades naturais e da necessidade de garantir a segurança dos próprios socorristas. A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas) também declarou que o clima instável e a geografia do local dificultaram toda a operação.

Críticas ao resgate e promessas de investigação

O caso de Juliana ganhou repercussão nas redes sociais tanto no Brasil quanto na Indonésia. Internautas brasileiros criticaram a lentidão na resposta das autoridades locais e questionaram por que o resgate demorou tantos dias. Comentários também foram feitos nos perfis oficiais da Basarnas e até do presidente indonésio.


Juliana Marins em trilha na Indonésia, antes de sua morte (Foto: reprodução/Instagram/@ajulianamarins)

A família de Juliana afirma que houve negligência por parte da equipe responsável pela busca. Em uma página nas redes sociais, os parentes disseram que, se o resgate tivesse ocorrido dentro das primeiras sete horas, ela poderia ter sobrevivido. Eles informaram ainda que pretendem acionar a Justiça para responsabilizar os envolvidos.

Preocupações sobre segurança no Rinjani

O Monte Rinjani já foi cenário de outros acidentes nos últimos anos. A falta de barreiras físicas e sinalização em pontos perigosos preocupa alpinistas mais experientes, que defendem a instalação de cordas, cercas e maior presença de guias ao longo das trilhas. Especialistas também pedem mais treinamento para socorristas e alertas mais rígidos sobre os riscos.

O parque nacional afirma que já foram feitas melhorias, como a instalação de escadas de apoio e câmeras de monitoramento. Também há exigências de que cada grupo de turistas conte com um guia e dois carregadores, conforme regra atualizada em março deste ano.

Mesmo com essas medidas, a trilha até o pico do Rinjani é considerada uma das mais difíceis da Indonésia. Trechos estreitos, com declives íngremes e solo instável, somados a mudanças climáticas repentinas, tornam a subida perigosa, especialmente para quem não tem preparo físico adequado.

Governo brasileiro acompanha o caso

Além do suporte financeiro, o Itamaraty afirmou que continuará acompanhando de perto os desdobramentos do caso e manterá contato constante com as autoridades locais para garantir que todos os procedimentos sejam realizados com transparência e respeito à família de Juliana.

A Prefeitura de Niterói, cidade de origem de Juliana, e o governo federal brasileiro se comprometeram a custear o translado do corpo da jovem até o Brasil. O presidente Lula também declarou que o Itamaraty está prestando apoio total à família. O corpo será velado e sepultado em solo brasileiro.

Liam Payne consumiu cocaína rosa antes de queda fatal; entenda o que é a droga

O cantor britânico Liam Payne, ex-integrante da boy band One Direction, morreu após cair do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires, Argentina, na quarta-feira, 16 de outubro, aos 31 anos. De acordo com um laudo preliminar divulgado pela ABC News, a autópsia revelou que o artista havia ingerido uma série de substâncias antes do acidente, entre elas a chamada “cocaína rosa.”

Apesar de seu nome sugestivo, a cocaína rosa não contém cocaína em sua composição. Segundo o National Poison Center, da Universidade George Washington, a droga é um coquetel em pó composto por ecstasy, cetamina, cafeína e 2-CB, um tipo de psicodélico. A tonalidade rosa é resultado de corantes alimentícios e, em alguns casos, a substância também possui aromas artificiais, como o de morango.


Uma das fotos do quarto de hotel que o cantor estava (Foto: reprodução/jornal La Nación)

Efeitos da cocaína rosa variam conforme composição

Os efeitos da cocaína rosa podem ser diversos, dependendo de sua formulação exata e da quantidade ingerida. Conforme o National Poison Center, os efeitos mais comuns incluem euforia e maior sociabilidade, mas o uso da droga também pode provocar alucinações, ansiedade, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de elevação da temperatura corporal. Em casos mais severos, os usuários podem sofrer convulsões, quedas drásticas de sódio no sangue, náuseas, vômitos e até entrar em coma.

A morte de Liam Payne chocou os fãs ao redor do mundo. Sua carreira começou em 2010, quando foi escolhido para integrar o One Direction, uma das maiores boy band dos anos 2010. O grupo se separou em 2016, e todos os seus integrantes seguiram em carreiras solo. Payne lançou seu primeiro álbum solo, LP1, em 2019.

Carreira solo e vida pessoal

Além de sua carreira musical, Payne também se destacou por sua vida pessoal. Em 2016, iniciou um relacionamento com a cantora Cheryl Cole, com quem teve um filho, Bear, nascido em 2017. O casal se separou em 2018.

Recentemente, em 2023, Liam Payne cancelou uma série de shows pela América do Sul, incluindo uma apresentação no festival The Town, em São Paulo, devido a uma infecção renal que o levou a ser hospitalizado. O cantor havia sido substituído pela cantora britânica Joss Stone.