Neste sábado (20), Mariana Lacerda, uma das peças mais importantes no julgamento do bilionário Jeffrey Epstein, se pronunciou sobre o governo Trump ter controle dos documentos relacionados ao caso. Ela criticou o fato de se ter uma certa censura nas documentações da situação em questão, disse que é um descaso com aquelas vitimizadas por ele. Explicou que havia uma empolgação esta semana quando tiveram acesso aos arquivos, mas quando chegou na hora ficaram em choque por conta da falta de transparência por parte daqueles que os liberaram. Em setembro deste ano, a mesma participou de uma coletiva de imprensa concedida à rede de TV americana ABC.
Epstein e Mariana Lacerda
Em 2002, quando a brasileira havia acabado de se mudar para os EUA, ela conheceu o bilionário Jeffrey Epstein. Na época, trabalhando em três empregos, visando o sustento de sua família, teve a oportunidade de conhecê-lo, com uma proposta de trabalho sendo apresentada. Conforme informou, quando chegou aos 17 anos, o interesse dele por ela passou, pois teria ficado “velha demais”. Disse ainda que o FBI a procurou em 2008, porém, apesar disso, ainda assim não pôde falar com a justiça, pois havia ocorrido um acordo judicial. Quando o caso foi reaberto em 2019, os depoimentos foram feitos e finalmente efetuaram a prisão dele.
No ano de 2008, ele acordou de assumir a culpa pela situação, porém, 11 anos depois, foi considerado que era inválido, então foi determinado que ele fosse preso por tráfico sexual. Conforme divulgado pelas autoridades, ele tirou a própria vida logo após ter tido sua sentença.
Em 2024, o governante dos Estados Unidos da América prometeu que iria fazer a divulgação de nomes daqueles que estavam envolvidos no meio desse problema todo, inclusive o nome de Trump apareceu num desses registros como culpado, e já é de conhecimento público que eles estavam próximos nos anos 90, já tendo relações amigáveis naquela ocasião, porém, apesar disso, o presidente não está sendo investigado.
Mariana Lacerda em setembro deste ano concedendo entrevistas em coletiva(foto:reprodução/Andrew Harnick/Getty Images Embed)
Lista de clientes
Pam Bondi, procuradora-geral, informou que existia uma suposta lista de clientes que estariam envolvidos nesses abusos em sua mesa para ser revisada, porém, o departamento de justiça dos Estados Unidos desacreditou essas informações, dizendo que essa dita listagem de pessoas não existe, assim como o próprio Trump falou que tudo isso é uma farsa.
Os republicanos que apoiam atualmente o presidenciável ficaram irritados com a mudança de versão e agora estão possivelmente compartilhando algumas teorias de conspiração envolvendo o republicano.
