Andrea Stella, chefe da McLaren, demonstrou insatisfação com a punição de 10 segundos aplicada a Oscar Piastri durante o Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1, no último domingo (6). Embora tenha classificado a penalidade como “muito rígida”, Stella evitou criticar diretamente os comissários e defendeu o trabalho realizado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
A McLaren pretende dialogar com a entidade para entender a interpretação adotada no momento da decisão. Durante a coletiva pós-corrida, Stella chegou com quase 20 minutos de atraso, pois investigava os detalhes do incidente que envolveu seu piloto.
Temos uma situação que julgamos como rígida para um dos nossos pilotos. Mas isso não muda nossa opinião de que a FIA e os comissários fazem um trabalho difícil. Todos tentam fazer o melhor possível
declarou o chefe da McLaren.
O dirigente destacou que cada situação possui nuances e que as decisões precisam levar esses fatores em conta. Segundo ele, manter o diálogo aberto com os comissários é essencial para esclarecer dúvidas e buscar mais consistência.
Procuram ser consistentes, mas cada cenário tem sutilezas e muda rapidamente. Tomar decisões certas é sempre difícil, seja para a FIA, comissários ou equipe. O importante é manter o diálogo. Teremos uma boa conversa para entender como essa situação poderia ter sido interpretada de forma diferente
acrescentou.
Entenda o que motivou a penalidade de Piastri
Oscar Piastri liderava a corrida na volta 22, quando o safety-car foi acionado após um incidente entre Isack Hadjar e Andrea Kimi Antonelli. Durante o procedimento de relargada, Piastri desacelerou de forma brusca, o que levou a direção de prova a aplicar a penalidade de 10 segundos. A chuva intensa e o spray levantado pelos carros aumentaram a complexidade do momento.
Max Verstappen, que vinha logo atrás, também considerou a decisão extrema. Diversas equipes expressaram dúvidas sobre os critérios adotados pela direção de prova, especialmente pelas condições da pista no momento da relargada.
Stella afirmou que a McLaren deseja entender todos os elementos que influenciaram a decisão. Segundo ele, apenas uma análise completa poderá indicar se a penalidade foi justa.
A equipe também espera que a conversa com a FIA ajude a evitar casos semelhantes no futuro. Stella reforçou a importância de considerar os relatos dos envolvidos e as circunstâncias da corrida para criar parâmetros mais claros e objetivos. Apesar da penalização, Piastri completou a corrida. No entanto, o tempo adicional prejudicou suas chances de disputar posições melhores no grid final.
Próxima etapa será na Bélgica
Com o encerramento da etapa de Silverstone, a Fórmula 1 retorna entre os dias 25 e 27 de julho, no circuito de Spa-Francorchamps, para o Grande Prêmio da Bélgica. Até lá, a McLaren deve abrir conversas com a FIA para esclarecer os critérios usados na decisão contra Piastri.
A equipe pretende abordar diversos pontos, como o tempo de resposta da direção de prova, as condições da pista no momento da relargada e os relatos dos pilotos diretamente envolvidos.
Esse episódio levantou um debate mais amplo sobre segurança, consistência nas punições e comunicação entre equipes e comissários. Portanto, o diálogo se torna ainda mais importante em um cenário que exige respostas rápidas e decisões justas. Stella concluiu que o principal objetivo da equipe não é contestar a FIA, mas colaborar com sugestões e discussões construtivas que contribuam para o desenvolvimento da categoria.
