TikTok tenta escapar de lei que determina o encerramento da plataforma nos EUA

Em abril de 2024, o presidente Joe Biden assinou uma lei que proíbe a operação do TikTok, caso a empresa não seja vendida dentro do prazo de 9 meses (270 dias). Com o prazo chegando ao fim, a plataforma argumenta que está protegida pelo princípio da liberdade de expressão e contesta a imposição.

Entenda o caso

A plataforma precisa ser vendida a um comprador americano para continuar operando nos Estados Unidos, é o que diz a lei assinada por Joe Biden, mas que anda circulando pela Casa Branca desde o mandato de Donald Trump. O prazo de 9 meses começou em abril e agora o TikTok está tentando argumentar contra a promulgação da lei imposta.

O aplicativo pertence a empresa chinesa ByteDance e pontua que deve ser reconhecido como um veículo de comunicação de propriedade estrangeira. A plataforma afirma ainda que a medida se trata de uma violação do princípio de liberdade de expressão, direito esse que faz parte da Constituição estadunidense.

Como argumento, o TikTok afirma que existem outras empresas estrangeiras que atuam no território e não sofreram tais sanções, e cita a Politico e o Business Insider, que são de uma instituição alemã. Para a plataforma, a existência desses grupos a livraria das condições impostas pelo governo, que alega risco de processamento de dados fora dos EUA.


TikTok possui 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, segundo a plataforma (Foto: reprodução/Pongsawat Pasom/Unsplash)

A falta de precedentes também entra na lista de argumentos usados pelo TikTok, mas o Departamento de Justiça dos EUA alegou que o aplicativo não se enquadra na proteção dessa liberdade.

Risco de ameaça

O Departamento de Justiça justifica o banimento da plataforma baseado no risco que o aplicativo chinês oferece ao governo e à população americana. Ele afirma que, por intermédio do aplicativo, a China disseminaria propaganda política aos americanos e ainda, que a plataforma pode ajudar o governo chinês a coletar dados e informações dos usuários estadunidenses.

Caso a lei seja aprovada – medida que ainda pode demorar, visto que o prazo de 9 meses pode ser estendido -, nenhuma das lojas de aplicativos poderá oferecer o TikTok para download em território americano. Com isso, será impossível acessar a rede social.

Biden faz declaração em apoio ao nome de Walz na chapa de Kamala Harris

Nesta terça-feira (6), Kamala Harris anunciou o nome de Tim Walz como vice-presidente em sua chapa para as próximas eleições presidenciais. Tim Walz é governador do Minnesota e a anunciação de seu nome foi bastante aclamada pelos colegas democratas.

O presidente Joe Biden não ficou de fora da lista dos que elogiaram a campanha de Kamala pela escolha. Em depoimento no X, Biden diz ser a primeira grande decisão importante para o partido, a escolha de seu vice. “E Kamala Harris tomou uma ótima decisão ao escolher o governador Tim Walz para ser seu companheiro de chapa”, comentou o presidente.


Kamala Harris anuncia Tim Walz como vice-presidente em sua chapa eleitoral (Foto: reprodução/X/@kamalaharris)

Biden afirma que conhece Walz há quase 20 anos, acompanhando seu trabalho no Congresso e como governador. Definiu a atuação de Walz como sendo “um líder forte, íntegro e eficaz“.

O presidente americano ainda disse que a chapa Harris-Walz será uma “voz poderosa” para os trabalhadores e a grande classe média do país, pautas que ocupam lugares importantes na agenda dos dois políticos. “Eles serão os mais fortes defensores de nossas liberdades pessoais e de nossa democracia. E eles garantirão que os Estados Unidos continuem a liderar o mundo…“, prosseguiu Biden.

Joe Biden termina o discurso pedindo que todos os democratas se unam em torno da chapa Harris-Walz com comprometimento à liberdade, à democracia e à liderança americana no mundo. Por fim, Biden pede que os cidadãos americanos contribuam para a campanha de Kamala Harris e disponibiliza o link para as doações.

Conheça Tim Walz

Tim Walz tem 60 anos e, antes de participar da vida política, foi professor de escola pública, treinador de futebol e membro da Guarda Nacional do Exército americana.


Democrata Tim Walz é anunciado na chapa de Kamala Harris (Foto: reprodução/Stephen Maturen/Getty Images Embed)


Natural de Nebraska, Tim é um democrata experiente, foi parlamentar por 12 anos no Congresso e, em 2018, se tornou governador de Minessota.

Segundo especialistas, o nome de Walz na chapa de Kamala pode atrair eleitores independentes e conservadores, já que Tim apresenta uma personalidade franca e tranquila por ter vindo de uma cidade pequena do Centro-Oeste dos Estados Unidos.

Em seu segundo mandando no Estado, os democratas consagraram direitos ao aborto no Estado, promulgaram licenças familiares e médicas remuneradas, fortaleceram leis para controle de armas, legalizaram a cannabis para uso recreativo, financiaram refeições escolares gratuitas universais e investiram em moradias populares.

Recepção do nome de Tim Walz

Assim como Joe Biden, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, veio a público para aclamar a junção do nome de Walz ao de Kamala. Em publicação no X, Obama declarou: “Assim como a vice-presidente Harris, o governador Tim Walz acredita que o governo trabalha para nos servir. Não apenas alguns de nós, mas todos nós. É isso que o torna um governador extraordinário, e é isso que o tornará um vice-presidente ainda melhor. Michelle e eu não poderíamos estar mais felizes por Tim e Gwen, sua família e nosso país”.

No texto, Obama ainda diz que Tim não tem apenas a experiência necessária para ser vice-presidente, mas também tem os valores e a integridade para deixar os norte-americanos orgulhosos.

As eleições presidenciais americanas acontecem em novembro deste ano.

Biden e Rei da Jordânia discutem tensões no Oriente Médio em conversa telefônica

 A conversa telefônica entre Biden e o rei Abdullah destacou as preocupações sobre a violência na região e a necessidade de preservar a calma para evitar uma escalada que poderia culminar em um conflito regional.

Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou por telefone com o rei Abdullah da Jordânia nesta segunda-feira (5), onde o monarca alertou sobre os “atos hostis” dos colonos israelenses contra os palestinos e as “medidas unilaterais” que ameaçam os locais sagrados em Jerusalém.


Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Presidente Biden reafirma o compromisso dos EUA

Em uma ligação significativa, o presidente Joe Biden e o rei Abdullah II da Jordânia discutiram as crescentes tensões no Oriente Médio, com foco especial nas recentes ações de colonos israelenses e nas políticas de Israel que inflamam as tensões com os palestinos. 

O rei Abdullah, cuja dinastia Hachemita é guardiã dos locais sagrados muçulmanos e cristãos em Jerusalém, expressou uma forte preocupação sobre as recentes “medidas unilaterais” tomadas por Israel que, segundo ele, ameaçam o status quo histórico e legal dos locais sagrados. O monarca ainda enfatizou que qualquer mudança na política de Jerusalém poderia gerar uma escalada violenta, prejudicando as perspectivas de paz na região.


Biden e rei Abdullah, na Casa Branca (Foto: reprodução/whitehouse.gov/Adam Schultz)

Biden, por sua vez, reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a estabilidade na região e ressaltou a importância de manter os locais sagrados em Jerusalém seguros, uma questão sensível e historicamente delicada que está no centro do conflito entre Israel e Palestina.

O rei da Jordânia alerta Biden sobre o risco de violência

A conversa ocorre no momento em que a escalada de violência e as tensões entre israelenses e palestinos têm aumentado. Alimentadas por ações controversas de colonos israelenses e pela resposta das forças de segurança israelenses, além disso, a recente declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que não houve mudanças na política israelense sobre o Monte do Templo, contrastou com declarações anteriores de um ministro de extrema-direita, criando um clima de incerteza e desconfiança.

O rei Abdullah fez um apelo por uma “calma abrangente” e a necessidade urgente de evitar uma guerra regional, ressaltando que a Jordânia continuará a desempenhar seu papel crucial de proteger os locais sagrados em Jerusalém e trabalhará para reduzir as tensões.

Biden diz que Otan acompanhará o aumento de produção de armas na Rússia

Os países-membros da aliança político militar do ocidente, mediante a Otan devem aumentar a produção industrial de armamentos para acompanhar a fabricação de armas e munições da Rússia. O presidente dos EUA, Biden declarou nesta quarta-feira (10), em Washington, na Cúpula da Otan que, o país membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, Rússia está a aumentar a capacidade armamentista. Em resposta, ele informou sobre a expansão da capacidade de produção industrial do ocidente com a Otan.

Expansão da aliança militar ocidental

“Não podemos permitir que a aliança fique para trás”, advertiu o democrata ao anunciar sobre o comprometimento dos membros da Otan para a expansão da capacidade industrial armamentista mais rápida e necessária.


Biden, em discurso na Otan, em Whashington, adotou um tom de defesa contra a Rússia e aunciou o aumento da capacidade produtiva armamentista da Otan (Foto: reprodução/Denis Doyle/getty images embed)


“Podemos e defenderemos cada centímetro do território da Otan, e faremos isso juntos”, em tom de defesa, ele prosseguiu.

O que pautou a Cúpula da Otan

Realizada entre 9 e 11 de julho deste ano, em Washington, o Presidente dos EUA, Joe Biden foi o anfitrião. Os temas centrais dessa agenda, foram os três eixos: 1. Potencializar o papel da Otan na coordenação e financiamento da assistência militar à Ucrânia; 2. Reforçar a defesa de todos os países membros do bloco e debater o combate sobre a Rússia; e 3. Expandir as parcerias com a ásia, em função do contexto de confronto entre ocidente e China.

A partir dessa agenda, o líder democrata prometeu que, forçaria à Ucrânia, cinco sistemas de defesa aérea adicionais para combater a Rússia. Segundo ele, os EUA juntamente com a Alemanha, Itália, Holanda e Romênia, disponibilizarão sistemas de mísseis terra-ar Patriot e outros, como suporte e ajuda ao país.


Biden prometeu que os aliados forneceriam à Ucrânia, cinco sistemas de defesa (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty images embed)


O Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na oportunidade, adotou um tom cauteloso ao afirmar à imprensa presente sobre não ver diretamente uma ameaça militar da Rússia.

Capitalismo e guerras

Uma das características do sistema de produção capitalista, é a capacidade de renovação constante, ainda que, sob a égide de sua contradição. Quando seu sistema entra em colapso, em função do limite da capacidade de consumidores, ele entra em crise. É nesse momento em que as grandes corporações submetem os estados nacionais (política a serviço da economia), para uma solução a curto prazo de retomada da circulação do capital: a guerra.

A guerra não só aumenta a produção industrial armamentista – U$ 65 bilhões em 2015, como mobiliza em segundo setor, a construção civil, cuja cadeia produtiva retroalimenta a indústria, o comércio e os serviços. De quebra, elimina os excedentes populacionais e reequilibra oferta e demanda na sociedade.

Biden e Trump se enfrentam com ofensas em debate presidencial

Na noite desta quinta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump protagonizaram um debate presidencial marcado por duras trocas de acusações e insultos. Este encontro, o primeiro em que um presidente em exercício e um ex-presidente se enfrentam em um debate eleitoral, deixou claro que a corrida presidencial de 2024 será intensamente polarizada.

Biden defende veteranos e ataca Trump

O ponto alto do confronto ocorreu quando Joe Biden chamou Donald Trump de “otário” e “perdedor” ao defender seu compromisso com os veteranos militares. Trump havia sugerido que Biden não se importava com os veteranos durante uma discussão sobre políticas de imigração. Visivelmente incomodado, Biden rebateu as críticas e destacou que seu próprio filho serviu nas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Visitei o cemitério da Segunda Guerra Mundial, ao qual Trump se recusou a ir. Ele estava com um general de quatro estrelas e disse: ‘Não quero entrar lá porque eles são um bando de perdedores e otários‘”, afirmou Biden. “Meu filho não é um otário ou perdedor. Você que é otário. Você que é perdedor“, concluiu o presidente, direcionando suas palavras a Trump.

Polêmicas e conflitos de gestão

Além das ofensas pessoais, o debate abordou temas cruciais como as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, imigração e políticas econômicas. Trump criticou a administração Biden pelos altos índices de inflação, enquanto Biden apontou falhas na gestão de Trump, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

Trump negou categoricamente as acusações feitas por Biden sobre suas declarações no cemitério da Segunda Guerra Mundial, alegando que a história foi “inventada” e exigindo que Biden se desculpasse.


Biden e Trump trocam farpas durante debate presidencial (Foto: reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Clima eleitoral e expectativas

A intensa troca de farpas entre Biden e Trump reflete a divisão atual na política americana e destaca a polarização que marca o cenário eleitoral. Analistas políticos preveem que os próximos debates serão decisivos, com os candidatos precisando equilibrar ataques pessoais e a apresentação de suas propostas para atrair os eleitores.

Com a corrida presidencial de 2024 se aproximando, tanto Biden quanto Trump estão ajustando suas estratégias e buscando fortalecer suas bases de apoio. A disputa promete ser uma das mais acirradas da história recente dos Estados Unidos, com cada movimento e declaração dos candidatos sendo cuidadosamente analisados e com potencial para influenciar o resultado.

A campanha já começa a ganhar forma, e a expectativa é de que o clima de tensão e competitividade só aumente até o dia das eleições.

Após condenação, Donald Trump discursa em edifício e ataca de Biden aos advogados de defesa


Do edifício de seu grupo empresarial, o ex-presidente bravava contra o atual presidente americano, Joe Biden, os imigrantes, o juiz responsável pelo processo, Juan Merchan e os advogados. Donald Trump discursou nesta sexta-feira (31), em Nova York, quando deliberou a série de ataques, após a condenação ocorrida no dia anterior (30), por fraude contábil.

Segundo o ex-presidente, respectivamente, o atual presidente, Joe Biden, é “o homem mais burro da história dos Estados Unidos da América”. Associou os imigrantes a terroristas. “Os imigrantes estão tomando nossos hotéis de luxo, enquanto nossos veteranos de guerra estão morando nas ruas, como cachorros”. Acusou o Luiz colombiano, Juan Merchan, de crucificação. “Foi um julgamento injusto, queremos mudança de juiz” e enfatizou sobre o motivo de seu silêncio durante o julgamento, como culpa da defesa. “Eu adoraria ter testemunhado.”

As declarações feitas na porta do Trump Power, edifício do grupo empresarial, dele, em Nova York, foram para além, ao classificar o crime ao qual foi condenado, como “delito leve”. Segundo ele, o processo foi um acordo de confidencialidade. 

Quinta-feira (30), Donald Trump é condenado

É a primeira vez que um presidente americano é condenado em um processo criminal. Ou seja, condenado por um crime, unânime e em 34 acusações.

A condenação aconteceu, em função da fraude contábil ao ocultar o pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô, Stormy Daniels, mediante a intenção de compra de silêncio, em um caso extraconjugal, que interferiu nas eleições de 2016.


Stormy daniels, atriz ponô que teve relação extraconjugal, com Trump em 2016 (Foto:

O caso ocorreu em 2016, quando Trump participava da corrida eleitoral com a democrata Hillary Clinton. Segundo a acusação, Trump cometeu suborno, visto que o caso extraconjugal ocultava uma relação que interferiu no processo eleitoral americano, principalmente por ser da direita conservadora, Partido Republicano.

Anunciada pelo tribunal criminal de Nova York, a decisão do júri foi unânime: 34 acusações foram feitas pelos 12 integrantes do colegiado.

Trump foi acusado de 34 falsificações de documentos contábeis, que eram emitidos pela própria Organização Trump. Dessa forma, ele camuflava essa despesa, como despesa legal, para efetuar os pagamentos adiantados a Stormy Daniels. A origem do dinheiro viria do, até então, advogado de defesa, Michael Cohen. Hoje, declarado como inimigo e testemunha de acusação.

Trump segue acusado de outros crimes

O ex-presidente segue com outros julgamentos, também indiciados como tentativas de reverter o resultado das eleições de 2020, e por, em sua gestão, ter levado documentos de cunho confidencial da Casa Branca para a residência, ao fim do mandato.