Brasil busca inclusão digital com taxação de Big Techs e expansão do 5G

O Governo brasileiro anunciou um investimento de R$27,9 bilhões em inclusão digital e conectividade dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A implementação de redes 5G nas periferias urbanas é vista como uma forma de proporcionar uma internet de mais qualidade e preços justos para classes D e E.

Taxaçao das Big Techs

Durante o evento “Tecnologia das Comunicações”, Juscelino Filho, ministro das comunicações, enfatizou a importância das big techs como Google, Apple, Facebook e Amazon, em contribuir para o financiamento de políticas públicas de inclusão digital. O ministro afirmou que essas empresas devem participar de maneira justa, para alcançar áreas mais remotas do Brasil.

Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, ressaltou que a discussão sobre a taxação das big techs é uma realidade em países como Itália, Espanha e Alemanha. Ele enfatizou a necessidade de uma justiça tributária que distribua recursos de forma igualitária, mencionando o debate na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o tema.


Juscelino Filho Ministro das Comunicações (Foto: Reprodução/Shizuo Alves/X/@ministeriodascomunicações)

Desafios na infraestutura

Segundo dados do governo mais de 23 milhões de brasileiros acima dos 10 anos enfrentaram dificuldades com tecnologia como internet, redes sociais e apps para celular. Para mitigar essa disparidade digital, especialistas sugerem que a taxação de empresas de serviços digitais podem ser uma solução eficaz.

Hermano Tercius, secretário de Telecomunicações, informou que além dos desafios da infraestrutura, ainda existe o desafio da falta de habilidades digitais, pois muitas pessoas não acessam a internet, por não saberem usar as tecnologias, por falta de infraestrutura adequada.

Vale mencionar que a PL 2630/2020, a conhecida “PL da Fake News”, traz também a pauta sobre a regulação das redes sociais, e continua a enfrentar resistência na Câmara dos Deputados. O deuputado Orlando Silva, relator do projeto, defende a necessidade de avançar com essa PL, para que possa combater a desinformação sem comprometer a liberdade de expressão.

Nova atualização no sistema do iPhone traz concorrentes da AppStore e Safari

Com a nova versão do iOS, a empresa permitirá a existência de lojas de aplicativos concorrentes dentro de seu celular. Após regras recentes da Lei dos Mercados Digitais na União Europeia, será possível ver marketplaces alternativos, diferentes da AppStore. Além disso, será viável alterar o navegador da web padrão, o Safari. Entretanto, a Big Tech alerta que esses elementos “intrusos” podem ser menos seguros, mesmo com inovadoras “ferramentas antimalware, feitas para consumidores e desenvolvedores” e com os processos de aprovação que os analisarão.

Proteção de dispositivo roubado

Em relação à proteção “anti-ladrão”, lançada em janeiro de 2023, inéditos programas chegarão. Os usuários poderão ativar o atraso de segurança quando as configurações desse aspecto forem mudadas. Antes, essa opção podia ser ativada só quando o telefone estivesse longe de “áreas protegidas”.

Emojis, podcasts e Siri

Na era da fluidez das interações, a informalidade se mostra cada vez mais presente nas conversas. E nesse campo, a Apple também está inovando. Serão disponibilizados 118 ícones singulares para textos e postagens em redes sociais. Os emojis incluem um rosto balançando a cabeça de cima para baixo e de um lado para o outro, além de uma fênix, um limão e outros com identificações familiares.

Outra novidade está no Apple Podcasts. Espera-se que a empresa permita o acesso a transcrições dos episódios radiofônicos. Dessa forma, daria para pular o áudio para determinada parte, baseado no texto mostrado. A Siri, assistente virtual do iPhone, também sofrerá alterações com o iOS 17.4: o bot de inteligência artificial poderá ler mensagens em outros idiomas. Antes, ela era capaz apenas de decifrar aquele definido como padrão. 


iPhone 15 foi o último smartphone lançado pela Apple, com 4 versões diferentes (Foto: reprodução/ Apple)

Segundo a companhia, todas essas mudanças estão na esteira da decisão de apoiar os desenvolvedores, com novas escolhas na distribuição dos aplicativos e no processamento de pagamentos. Mark Gurman, da Bloomberg, acredita se tratar de uma revolução total e global da empresa, mesmo com exigências vindas diretamente da UE.