CEO da Disney responde as críticas relacionadas a “lacração”

Robert Allen “Bob” Iger, de 73 anos, é norte-americano e CEO da Disney a algumas críticas de diversos internautas que dizem que a empresa tem uma agenda identitária, que leva o nome popular de “lacração”. A cultura chamada por “woke”, que na maioria das vezes é associada as produções do Marvel Studios, porém, para Iger, as pessoas que criticam nem sempre sabem o que estão comentando.

Confira o que comentou Iger

Ao Hollywood Reporter o CEO disse: “O termo é usado de forma bastante literal, sem trocadilhos a esse respeito”, ele ainda continuou a pontuar que acha que as pessoas nem entendem o real significado.

E acrescentou por fim que “acho que o barulho está diminuindo. Venho pregando isso há muito tempo na empresa antes de sair e, desde que voltei, nosso objetivo número um é entreter. Nossos filmes e séries precisam ser divertidos, e permitir que a Disney tenha um impacto positivo no mundo. Se for promovendo a aceitação e a compreensão de pessoas de todos os tipos diferentes, ótimo”.

Novidades sobre compartilhamento de senhas

Iger revelou recentemente quando acontecerá o bloqueio dos streamings compartilhados deve ocorrer. Ele deu mais detalhes sobre o polêmico tema bloqueio de compartilhamento de senhas nos streamings da Disney comentando “lançará a primeira incursão real no compartilhamento de senhas”, em meados de junho de 2024, e o lançamento de maneira completa está planejado para acontecer em setembro, cerca de um ano após o anúncio.


Streaming da Disney terá bloqueio de compartilhamento. (Foto: reprodução/GettyImages Embad)


Vale lembrar que outro streaming a Netflix já utiliza uma forma bastante parecida desde maio do ano passado.

Conheça Bob Iger

Foi nomeado presidente da Disney em 2000, cargo esse que foi extinto da empresa em 2012, no mesmo período que ele se tornou presidente do Conselho de Administração.  Muitos anos depois em novembro de 2022 Bob retornou a direção executiva da companhia já mencionada, depois da demissão não programada do executivo que foi apontado como seu sucessor, Bob Chapek.

Investidores exigem que Disney apresente estratégia de inteligência artificial

Nesta segunda-feira (26), a Blackwells Capital afirmou que a Walt Disney deve apresentar uma estratégia para o uso de inteligência artificial, com base em análise que indica um possível aumento de até 129% nas ações da grande empresa de entretenimento caso a tecnologia seja implementada.

A Disney deve produzir uma estratégia de inteligência artificial e compartilhar elementos dessa estratégia com seus acionistas,” disse Blackwells, que é um dos principais acionistas da gigante norte-americana.

Em resposta, o porta-voz da Disney preferiu não responder com um comentário imediato, mas é esperado que a empresa tome uma decisão sobre a tecnologia brevemente, devido ao interesse global pela pauta, e a pressão dos investidores.


Bob Iger, o CEO atual da Disney (Foto: reprodução/NBC/IGN)

Inteligência Artificial

Desde o começo do ano passado até o momento, foram adicionados cerca de US$ 5,3 trilhões na valorização das maiores empresas de tecnologia e informação do mundo, um aumento em grande parte atribuído por analistas ao interesse crescente na tecnologia de inteligência artificial, que hoje atrai muitos investidores. Para os acionistas da Disney, entrar nesta onda é apenas uma questão de tempo.

O impacto da inteligência artificial na Disney é [de acordo com projeções], no mínimo, comparável ao impacto em grandes empresas de tecnologia,” afirmou a Blackwells Capital. “O potencial da Disney nos espaços de IA e computação espacial não pode ser subestimado.

Até o momento, a Disney tem adotado a tecnologia de forma comparativamente moderada para uma empresa de sua escala, deixando de empregar milhares de funcionários e contratando especialistas que trabalham com a IA, mas sempre com a fala do CEO Bob Iger dizendo que prefere não depender da tecnologia, e sim da criatividade de seus artistas. No entanto, com a pressão de Blackwells, um de seus maiores investidores, é possível que a empresa de entretenimento mude a sua opinião oficial no debate gerado pela ferramenta polêmica.

Sugestões

Blackwells Capital é liderada por Jason Aintabi, que deve buscar assentos na diretoria da Disney em uma votação do dia 3 de abril, em que os acionistas da empresa podem decidir o rumo futuro da empresa. Entre os argumentos dados, Blackwells afirmou que as ações da Disney podem subir de US$ 107,74 para US$ 246,96, apelando para o interesse principal dos acionistas.

Entre outros comunicados de Blackwells para Disney, também se encontram sugestões como a separação dos ativos de parques e hotéis para um fundo de investimento imobiliário, e a contratação de um diretor corporativo de tecnologia para ajudar na imaginada transformação da empresa.

Ainda não se sabe o intuito da implementação da IA na Disney, e em qual escala ela está sendo imaginada. Entre as várias possibilidades, é possível implementá-la somente para melhorar serviços existentes como o Disney+ e o agendamento de parques e hotéis, ou a implementação na própria produção de conteúdo, utilizando a ferramenta para redigir as narrativas de novos filmes e criar novos personagens.