Trump envia a Guarda Nacional à LA no 3º dia de protestos  

Los Angeles segue no terceiro dia de protestos, que se iniciaram contra as prisões e deportações de imigrantes determinadas pelo Governo Americano. Contrariando seu opositor do Partido Democrático e atual Governador da Califórnia, Gavin Newsom, Trump enviou a Guarda Nacional na tentativa de conter a escalada dos conflitos.   

Ordem restaurada

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em sua rede social Thuth Social que o Governador do Estado da Califórnia e a Prefeita da Cidade de Los Angeles, Karen Bass “não conseguem fazer o seu trabalho” e que, portanto, o governo federal faria uma intervenção, para controlar a situação conflituosa, que já vem se arrastando há 3 dias sem solução.

Um Decreto Federal assinado por Trump autorizou o envio de 2 mil soldados da Guarda Nacional, esquadrão invocado apenas em emergências, que adentrou às ruas da cidade, portando spray com gás de pimenta e bombas de borracha, enfrentando, ao lado das tropas da polícia local, os tumultos, os quais, segundo Trump, foram provocados por manifestantes “encrenqueiros e revolucionários”.


Guarda Nacional Americana nas ruas de LA (Vídeo: reprodução/X/@Metropoles)


A tensão chegou ao cume na tarde de ontem (8/6), após manifestantes interditaram o trânsito de uma das vias expressas mais importantes do centro da cidade, a rodovia 101.

Reações contrárias  

Em defesa aos imigrantes que vivem atualmente na cidade, Karen Bass postou em sua rede social X:

“Moradores de Los Angeles — não se envolvam em violência e caos. Não deem à administração o que ela quer”.

O Democrata Newsom alegou que as ordens do Presidente Donald Trump foram dadas exclusivamente para fabricar caos e violência, postando em sua rede social X:

“Era exatamente isso que Donald Trump queria. Ele incitou os incêndios e agiu ilegalmente para federalizar a Guarda Nacional. A ordem que ele assinou não se aplica apenas à Califórnia. Ela permitirá que ele vá a QUALQUER ESTADO e faça a mesma coisa. Estamos processando-o”.

Ambos pertencem ao Partido Democrata, partido rival ao Republicano do qual pertence Donald Trump.

Homem que explodiu em frente ao STF, teria utilizado extintor de incêndio no atentado

Na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Cruz tentou atentar contra o STF, explodindo bombas na Praça dos Três Poderes. De acordo com imagens divulgadas de filmagens feitas pelas câmeras de segurança do Supremo, ele teria utilizado um extintor cheio de gasolina e um pano para tentar causar um incêndio na Estátua da Justiça .

Laudo

Conforme o laudo pericial divulgado, ao tentar o ataque, Francisco teria sofrido traumatismo cranioencefálico, e ainda foi acometido com queimaduras graves no rosto, por conta da explosão da bomba que ele carregava. Sua mão, devido ao impacto ocorrido no momento da explosão, também ficou destruída. Especialistas informaram a existência de características pirotécnicas no artefato utilizado por ele. Tinha semelhanças com rojões.

Imagens

Além de terem identificado os objetos utilizados por Francisco, no momento em que estava tentando explodir a Estátua da Justiça; as câmeras também identificaram um casal tentando fugir no momento da explosão. Pelo que foi mostrado nas imagens, uma moça estava correndo e logo atrás vinha um homem que recuou ao chegar próximo do carro. A testemunha Laiane Costa relatou que o autor do atentado acendeu a bomba, olhando para as pessoas que estavam ao seu redor.


Polícia vigia a Praça dos Três Poderes, após homem atentar contra o STF, no dia 13 de novembro (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images embed)


Testemunhas

Ainda de acordo com Laiane Costa, Francisco teria passado pelas pessoas e dado joinha, como se ele estivesse avisando o que iria acontecer a seguir. Uma das moças que estavam presentes no local, também lamentou, dizendo que ao olhar para aquele corpo no chão, se sentiu triste em não poder ter ajudado. Crime ocorreu na última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes .

O STF está investigando, para descobrir qual eram os planos de Francisco naquele dia para poder entender de fato o que aconteceu.

Reino Unido declara ser contra ofensiva israelense em Rafah

David Cameron, o atual secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, declarou que não apoia a investida israelense em Rafah, cidade localizada ao sul da Faixa de Gaza que serve de refúgio para milhares de palestinos fugindo do conflito Israel-Hamas. Mas também declarou neste domingo (12) que é contra acabar com as vendas de armas ao exército israelense, pois isso “tornaria o Hamas mais forte e tornaria menos provável um acordo de reféns”.

O posicionamento britânico

A pressão para que o Reino Unido pare de fornecer armas a Israel foi retomada no mês passado, depois de três cidadãos ingleses terem sido mortos durante um ataque a um comboio de ajuda humanitária em Gaza. Na época, Cameron citou um ataque do Irã a Israel, o que ajudou a escalar os conflitos na região e a acirrar a hostilidade entre os dois países.

O secretário afirma que os esforços estão concentrados em levar ajuda humanitária a Gaza, assim como maximizar a pressão britânica e que o resultado ajudará as pessoas. O secretário se mostra otimista na libertação de reféns, incluindo cidadãos britânicos.


O governo britânico fornece armamentos a Israel e o secretário britânico afirma que não irão cessar a venda ao país (Foto: reprodução/ WPA Pool/Getty Images embed)


O posicionamento do Reino Unido é diferente da do governo norte-americano, com inclusive o presidente Joe Biden ameaçando suspender as entregas de armas a Israel caso haja uma incursão em grande escala em Rafah. Uma promessa que foi cumprida no início desta semana, já que os Estados Unidos têm receio de que elas sejam usadas numa cidade que abriga milhares de refugiados palestinos.

David Cameron comentou que o Reino Unido fornece apenas 1% dos armamentos de Israel, enquanto os Estados Unidos, o maior apoiador de Israel, são “um enorme fornecedor estatal de armamentos”, deixando os dois países “numa posição “totalmente diferente”. 

A investida na cidade de Rafah

De acordo com a UNRWA, subsidiária da Organização das Nações Unidas, cerca de 300 mil palestinos já fugiram da cidade de Rafah, considerada por Israel o último reduto do grupo terrorista Hamas, com quem o país está em guerra desde de outubro de 2023. A entidade afirma que os palestinos refugiados estão sendo deslocados à força, causando implicações humanitárias, já que estas pessoas não têm para onde ir.


A cidade de Rafah é considerada o último refúgio para palestinos durante a guerra Israel-Hamas (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images embed)


A incursão terrestre do exército israelense teve início na última terça-feira (07), quando o país assumiu o controle do lado palestino na travessia de Rafah, que conta com mais de 1 milhão de refugiados da guerra Israel-Hamas. Segundo a Reuters, os tanques israelenses bloquearam o acesso e realizaram ataques contra alvos do Hamas durante a semana inteira. A operação afetou a entrada de ajuda humanitária pelo Egito, assim como as ordens de evacuação foram emitidas pelo governo israelense. Mas a passagem de Kerem Shalom foi, felizmente, reaberta na quarta (08), possibilitando o auxílio aos refugiados ser retomado. Nações como os Estados Unidos, Catar e Egito trabalham na negociação de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo Hamas, mas até o momento, as conversas não foram bem sucedidas.

Joe Biden bloqueia entrega de bombas a Israel em ato considerado simbólico

Nesta terça-feira (7), foi divulgada a informação de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, suspendeu o envio de 3.500 bombas a Israel para evitar que fossem destinadas a ataques a Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza. A cidade serve de refúgio para os cidadãos palestinos e estima-se que Rafah abrigue mais de um milhão de pessoas.

Decisão de Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, suspende o fornecimento de bombas a Israel, uma vez que muitas delas foram usadas para matar civis em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, que abriga mais de 1,4 milhão de palestinos, entre moradores locais e desabrigados.

O recado foi dado junto com essa rara admissão de que bombas americanas mataram civis palestinos. O ato de Biden é simbólico, já que é a primeira vez que o político demonstra em ações a insatisfação em relação ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após o governo não responder às preocupações de Washington sobre Rafah.

“Deixei claro a Bibi [Netanyahu] e ao gabinete de guerra que não terão o nosso apoio se, de fato, atacarem esses centros populacionais. Não nos distanciamos da segurança de Israel. Nós nos distanciamos da capacidade de Israel de travar guerra nessas áreas”

A preocupação do estado de Biden é de que bombas mais pesadas causariam uma catástrofe em Rafah por ser uma área urbana densamente povoada. Essa é a primeira vez que o repasse de armas é usado pelo governo americano para tentar influenciar na abordagem israelense na Faixa de Gaza. Tanto Israel quanto Estados Unidos tentaram chegar a um acordo para que não houvesse a suspensão das armas, porém a decisão de Israel de atacar Rafah pesou profundamente.

Ataques à Rafah

Nesta terça-feira (7), a cidade de Rafah sofreu com ataques aéreos israelenses que deixaram 15 mortos segundo informações de hospitais Abu Yousef e Al Kuwaiti, localizados no sul da Faixa de Gaza. A Defesa Civil da Palestina afirmou que equipes resgataram corpos de várias casas atingidas pelos aviões israelitas.


Rafah, cidade ao sul de Gaza, sofre com ataques aéreos israelenses (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Os ataques ocorreram mesmo após a oposição clara do presidente dos EUA, Joe Biden, a respeito dos ataques a Rafah. A pressão para a interrupção dos atques israelenses à cidade de Gaza segue sendo uma das advertências americanas sobre a violência na qual mais de 34 mil pessoas já morreram diante.