O DJ Calvin Harris, de 41 anos, entrou com um pedido de arbitragem no Tribunal Superior da Califórnia, em Los Angeles, acusando seu antigo consultor financeiro, Thomas St. John, de desviar cerca de US$ 22,5 milhões (aproximadamente R$ 120 milhões na cotação atual). Segundo Harris, o dinheiro teria sido destinado a um projeto imobiliário em Hollywood, que ele classifica como “desonroso”. As informações foram divulgadas pela revista People nesta segunda-feira (15).
De acordo com a ação, St. John e supostos co-conspiradores teriam explorado a confiança de Harris, cujo nome verdadeiro é Adam Richard Wiles, durante o período em que trabalharam juntos, de 2012 a abril de 2025. O documento detalha que, em 2020, o consultor iniciou o CMNTY Culture Campus, projeto de 42 mil m² no centro de Hollywood, destinado a músicos, engenheiros de som, artistas e outros profissionais criativos, com estúdios, lounges e escritórios.
Investimento e fundo sem retorno
Em 2021, St. John começou a buscar investidores, e em 2023, alegadamente sem recursos para tocar o projeto, solicitou a Harris um aporte de US$ 22,5 milhões. O valor seria dividido em um empréstimo de US$ 10 milhões para a empresa controladora do empreendimento, e US$ 12,5 milhões em investimento de capital. Segundo a acusação, o DJ recebeu apenas formulários enganosos e informações incompletas sobre o destino dos recursos.
DJ Calvin Harris (Foto: reprodução/Jo Hale/Getty Images Embed)
Os advogados de Harris afirmam que o investimento nunca gerou retorno, e que os responsáveis não iniciaram nenhuma construção. “Na melhor das hipóteses, trata-se de um desperdício; na pior, uma fraude completa”, diz o documento, que também relata mudança no projeto em 2024 para moradias residenciais, sem consulta prévia ao DJ.
Defesa nega irregularidades
Por outro lado, a defesa de St. John alega que Harris é apenas um dos vários investidores do novo projeto, que prevê 750 apartamentos, incluindo 90 unidades populares, além de áreas comerciais e criativas. A advogada Sasha Frid afirmou à Variety que o DJ buscou voluntariamente a oportunidade e que o atraso é consequência das condições do mercado, negando qualquer irregularidade.
Enquanto isso, Harris continua a buscar esclarecimentos sobre seus fundos. O pedido de arbitragem aponta que o empréstimo de US$ 10 milhões deveria ser quitado até janeiro de 2025, mas até o momento não houve pagamento dos valores ou juros, e as respostas recebidas sobre os investimentos teriam sido “escassas e contraditórias”.
