Carmem Lúcia quer garantir a liberdade de voto para presos preventivos

A ministra Carmen Lúcia, nova presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), visa um objetivo para as futuras eleições do país: garantir a liberdade de voto aos detentos provisórios do Brasil, ou seja, aqueles que não foram condenados e estão em prisão temporária, preventiva ou flagrante, teriam direito a escolher seus representantes no Estado.

Cármen se reuniu nesta terça-feira (4) com os presidentes de 24 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). A real missão encorajada pela ministra é fiscalizar uma possível interferência do crime organizado nas eleições.

É de conhecimento geral que esse grupo tem grande influência nas cadeias do Brasil e, principalmente, infiltrados por lá.


Sem pressões ao eleitor

Segundo informações apuradas pela CNN, Carmen Lúcia tem dito a auxiliares próximos que é preciso atenção para que ninguém seja coagido a votar.

O objetivo dos criminosos ao conquistar de forma ilegítima é favorecer políticos corruptos que estão ligados à milícia ou às próprias facções, aumentando o poder do grupo criminoso no Brasil.

Eleições nos presídios

O direito ao voto nem sempre foi concedido aos presos provisórios, essa é uma medida adotada apenas em 2010. Além deles, os adolescentes a partir de 17 anos que estão cumprindo medidas socioeducativas podem fazer sua contribuição eleitoral, diferentemente dos presos condenados, que têm sua liberdade cassada junta ao voto.

Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), os presos provisórios são 44% da população carcerária no Brasil, composta por um total de 909 mil pessoas. Juntando os números, cerca de 404 mil eleitores aptos.

Carmen Lúcia


Camen Lúcia na Cerimônia de Premiação do 20º Prêmio Innovare (Foto/Divulgação/ Rosinei Coutinho/SCO/STF)

A ministra é a primeira mulher a presidir a Corte Eleitoral duas vezes. Sua posse mais recente foi marcada por um discurso firme, no último dia 3 de junho. “A mentira continuará a ser duramente combatida. O ilícito será investigado e, se provado, será punido na forma da legislação vigente. O medo não tem assento em alguma casa de Justiça”, afirmou a presidente.

Carmen permanece no poder até junho de 2026, e em sua lista de atribuições estão coordenar as Eleições Municipais de 2024 e iniciar os trabalhos de preparação do próximo pleito geral.