Em meio à baixa demanda, Ferrari adia lançamento de novo modelo elétrico

Uma das mais conhecidas e renomadas marcas do mercado automobilístico, a italiana Ferrari acabou adiando seu novo lançamento, um veículo elétrico. Conhecida pelos seus motores a combustão e seus icônicos veículos esportivos e de luxo, a montadora italiana estaria desenvolvendo um projeto de um veículo elétrico, com previsão de lançamento inicial para 2026, que acabou sendo adiado para 2028.

De acordo com a Reuters, o motivo do adiamento no lançamento do veículo seria por conta da baixa demanda que o mercado de veículos elétricos de luxo de alto desempenho vem apresentando. A Ferrari trabalha com a comercialização de veículos com motorização híbrida desde o ano de 2019, quando a marca italiana introduziu ao mercado a Ferrari SF90 Stradale. O veículo foi o primeiro híbrido da marca a contar com produção em série.


Ferrari SF90 Stradale, modelo com motorização híbrida da marca italiana. (Foto: reprodução/Martyn Lucy/Getty Images Embed)


A chegada dos veículos elétricos

A Ferrari está desenvolvendo um veículo elétrico que deverá ser apresentado ao público nos próximos meses. O plano da marca italiana é introduzir a motorização elétrica em seus modelos esportivos e de luxo. Por conta da baixa procura, um segundo modelo elétrico da marca acabou sendo adiado.

A nova era da marca consiste na introdução dos veículos livres de emissão de CO², com um planejamento de lançamento em três estágios. A tendência é que o estágio final seja concluído apenas na primavera do próximo ano. A marca espera fazer a revelação no Capital Markets Day 2025, que acontece em outubro.

Por que não comprar um elétrico

Alguns fatores fazem com que os compradores da marca italiana não estejam à procura de adquirir um veículo esportivo elétrico. O principal fator se deve ao seu ronco, pois por ser um veículo elétrico, não emitirá o mesmo som que a exaustão de um veículo à combustão, por exemplo. 

Outro ponto que deve ser levado em consideração por quem planeja adquirir um veículo esportivo elétrico, é que suas baterias são muito pesadas e limitam a potência do veículo. O adiamento por parte da Ferrari permitirá a empresa realizar estudos quanto a parte tecnológica e implementar melhorias esportivas em seu novo lançamento.

Honda e Nissan iniciam negociações para fusão e unem forças na competição global de veículos elétricos

A Honda e a Nissan iniciaram discussões para uma possível fusão, com o objetivo de unir seus recursos e fortalecer sua competitividade frente aos principais fabricantes de veículos elétricos globais, conforme divulgado pelo jornal japonês Nikkei nesta terça-feira (17).

As montadoras estão avaliando a criação de uma holding única e devem formalizar a decisão em breve, com a assinatura de um memorando de entendimento, que dará origem à nova entidade resultante da fusão, segundo o veículo.


Divulgação de carro elétrico Honda Pure em Xangai (Foto: reprodução/
NurPhoto/Getty Images Embed)


A importância da fusão no mercado atual

A fusão entre a Honda e a Nissan tem grande importância no mercado automobilístico, especialmente no setor de veículos elétricos. A fusão permitirá que as duas montadoras formem uma aliança estratégica para competir de forma mais eficaz com os maiores do mercado de veículos elétricos. Ao operar sob uma única entidade, a Honda e a Nissan podem ampliar sua escala de produção, o que pode resultar em economias de escala. Isso torna os veículos elétricos mais acessíveis para um público mais amplo e fortalece a competitividade da nova fusão, principalmente em mercados emergentes e em desenvolvimento.

Principais impactos ambientais

A transição para a eletrificação do transporte reduz a dependência de combustíveis fósseis e ajuda a mitigar os impactos das mudanças climáticas. Os veículos elétricos são conhecidos por suas menores emissões de carbono, especialmente quando utilizados em regiões com uma matriz energética limpa, contribuindo diretamente para a redução das emissões de CO2 no setor de transporte, que é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa globalmente.

A criação de uma holding única pode resultar em economias de escala que tornam a produção de veículos elétricos mais eficiente e menos dispendiosa. Isso pode incentivar uma maior adoção de carros elétricos, contribuindo para uma diminuição geral da emissão de gases poluentes, como o CO2 e os óxidos de nitrogênio, comuns em veículos movidos a gasolina e diesel.

Xiaomi inicia entregas de seu primeiro carro com alta demanda

Conhecida pela fabricação de celulares, a gigante chinesa Xiaomi informou na última quarta-feira (3) que recebeu mais de 100 mil encomendas sobre seu primeiro carro e que já iniciou as entregas.

Primeiro lote e alta demanda

O primeiro lote de entregas é limitado a 5000 carros, dos quais já estavam produzidos, e é chamado de “Founder’s Edition”. Os primeiros compradores irão receber o carro equipado com pacotes adicionais.

Na última semana, a Xiaomi informou aos compradores, que o tempo de espera do carro poderia durar cerca de 4 a 7meses, sinalizando forte demanda de pedidos. O que anima os compradores é o preço em que o carro entre no mercado já lotado de veículos elétricos, custando US$ 30 mil para o modelo básico, o que já o torna mais barato que o Model 3 da Tesla na China.


Pessoas avaliando o novo Xiaomi SU7 (Foto: reprodução/Getty images embed)


O SUV da Xiaomi possui uma tecnologia chamada de “Motor superelétrico” fornecendo uma aceleração que promete ser mais rápida que da Tesla e da Porche. Segundo CEO da Xiaomi, o SUV possui uma tecnologia que irá simular sons, permitindo que o usuário tenha uma direção personalizável, e assim sentir que esta dirigindo um carro esportivo.

Planos ambiciosos para o futuro

Durante um evento em Pequim, Lei Jun, presidente-executivo e fundador da empresa, a estreia oficial do carro Xiaomi, marca uma verdadeira revolução dos carros inteligentes e a origem de uma grande empresa na China, assim como a Tesla.

No dia do lançamento de seu carro elétrico, durante a apresentação, Lei Jun afirmou que o carro fecha definitivamente o ecossistema Humano X Carro X Casa, sistema que promete unificar tudo, tornando a vida dos usuários mais fácil, conectando toda a tecnologia, carro, telefones e eletrodomésticos.

Lei Jun, informou planos ambiciosos para o futuro, em uma conferência anterior ao lançamento, o CEO da empresa declarou que a Xiaomi irá se torna uma das 5 maiores fabricantes de automóveis do mundo entre 15 e 20 anos.

Elon Musk já perdeu US$ 50 bilhões em 2024, e agora aumenta o preço dos seus carros elétricos

De acordo com o índice da Bloomberg, que monitora a fortuna de bilionários, o ano começou mal para Elon Musk, empresário que perdeu US$ 50 bilhões (R$ 250 bilhões) durante os primeiros meses de 2024. Isso ocorreu devido à queda nas ações da Tesla Inc., cujos carros elétricos tiveram vendas fracas demais para seus investidores.

A desvalorização configurou uma perda de cerca de 22% no seu patrimônio, o deixando com um total de US$ 180 bilhões (R$ 900 bilhões). Já nas ações da Tesla especificamente, a queda foi de 34%, o que levou à implementação de medidas para combater a situação precária.

Entre as decisões realizadas, a empresa de Elon Musk anunciou na última sexta-feira (15) que será realizado um reajuste de preço nas vendas da linha Model Y, o que deve ocorrer nos Estados Unidos e na Europa.


Elon Musk é conhecido também por emitir comentários polêmicos e controversos (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images Embed)


Reajuste da Tesla

Nos Estados Unidos, o reajuste será de US$ 1 mil, e ocorrerá a partir do dia 1º de abril. Já na Europa e Oriente Médio, os preços devem subir em 2 mil euros ou “o equivalente da moeda local”, já a partir da próxima sexta-feira (22 de março).

Em grande parte, o objetivo é tentar ganhar mais com cada venda do Model Y, apostando na continuidade da base de consumidores mesmo com o preço menos acessível. De acordo com a agência Dow Jones, a decisão já tem a aprovação de alguns investidores, com o valor das ações subindo cerca de 4% após o anúncio.

Outros bilionários

Como resultado da desvalorização do patrimônio de Elon Musk, o empresário deixou de ser o homem mais rico do mundo — e agora, está com grande risco de deixar o pódio inteiramente.

Há alguns dias, a Forbes indicou em seus rankings de bilionários os seguintes CEOs:

  • Bernard Arnault, da LVMH (US$ 230 bilhões)
  • Jeff Bezos, da Amazon (US$ 199 bilhões)
  • Elon Musk, da Tesla, SpaceX, e X (US$ 180 bilhões)

Naquele momento, Elon já parecia prestes a ser ultrapassado pelo dono da Meta (Facebook, Instagram), Mark Zuckerberg, e ser rebaixado para a quarta pessoa mais rica do mundo. Porém, com a recuperação parcial das ações da Tesla, é provável que o empresário volte à posição de número 2, como algumas listas já indicam, ultrapassando Jeff Bezos.

Ao que tudo indica, os resultados imediatos da mudança de preço devem dar o veredito final nas ações das empresas de Elon Musk, que tendem a ser voláteis com relação aos seus anúncios.