EUA enviam forças militares à America Latina para combater cartéis de drogas

Os Estados Unidos mobilizaram forças aéreas e navais para o Mar do Caribe Meridional com o objetivo de enfrentar cartéis de drogas latino-americanos. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (14) por duas fontes à agência Reuters.

Operação

De acordo com uma das fontes, a operação “visa lidar com ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de organizações narcoterroristas especialmente designadas na região”. Detalhes adicionais não foram divulgados, mas a ação já havia sido discutida anteriormente pelo então presidente Donald Trump, que defendia o uso das Forças Armadas contra quadrilhas de tráfico classificadas como organizações terroristas globais.


Sinaloa, estado do México (Foto: reprodução/divulgação/euronews)

Objetivo da ofensiva e alvos

A repressão aos cartéis integra a estratégia central do governo norte-americano, que busca reforçar a segurança, conter a imigração e proteger a fronteira com o México. Desde o início do governo Trump, segundo a presidente mexicana Claudia Sheinbaum, cerca de 39 mil mexicanos foram deportados anualmente para o país de origem.

Nos últimos meses, Washington já havia enviado pelo menos dois navios de guerra para auxiliar nas ações de segurança de fronteira e combate ao narcotráfico. Entre os principais alvos da nova ofensiva estão o Cartel de Sinaloa, no México, e o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua, ambos classificados como organizações terroristas globais em fevereiro.

Além do deslocamento de tropas, as Forças Armadas dos EUA têm intensificado a vigilância aérea na região para coletar informações estratégicas e planejar operações contra as atividades ilícitas dessas organizações. Trump também chegou a oferecer o envio de militares ao território mexicano para reforçar o combate ao narcotráfico, proposta que foi recusada pelo governo do México. A movimentação militar no Caribe indica que o combate aos cartéis segue como prioridade na agenda de segurança norte-americana.

A mobilização reforça o posicionamento dos Estados Unidos em tratar o combate ao narcotráfico como questão estratégica de segurança nacional, estendendo sua presença militar na região e sinalizando que a pressão sobre cartéis e grupos criminosos latino-americanos deve se intensificar nos próximos meses.