Surto de norovírus no cruzeiro Queen Mary 2 adoece mais de 200 passageiros

Mais de 200 passageiros do cruzeiro Queen Mary 2, operado pela Cunard Line, enfrentaram um surto de norovírus durante a viagem iniciada em março. A embarcação partiu de Southampton, na Inglaterra, com destino às Américas, incluindo Nova York e o Caribe, mas os planos de muitos viajantes foram abalados pelos sintomas gastrointestinais que ocorreu em quase 10% dos hóspedes.

Entenda a dimensão do surto

De acordo com o monitoramento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), 224 dos 2.538 passageiros relataram sintomas como diarreia e vômito, representando 8,8% do total de viajantes a bordo. Além disso, 17 tripulantes também foram afetados. O agente causador foi identificado como o norovírus, uma das principais causas de gastroenterite viral em diversas faixas etárias.

Diante da situação, a tripulação do navio adotou medidas rigorosas de controle, incluindo a desinfecção intensiva de áreas comuns e o isolamento dos passageiros e tripulantes doentes. Em comunicado ao USA Today, um porta-voz da Cunard Line afirmou que a empresa adotou medidas mais rigorosas de segurança sanitária para proteger passageiros e tripulação e conter a propagação do vírus.


Queen Mary 2 (Foto: reprodução/Ken Jack/Getty Images Embed)


Saiba o que é o norovírus e seus riscos

O norovírus é altamente contagioso e se espalha principalmente por meio do contato direto entre pessoas, superfícies contaminadas ou pelo consumo de alimentos e água contaminados. Seus sintomas aparecem entre 12 e 48 horas após a exposição e costumam durar de um a três dias. Embora geralmente seja uma infecção autolimitada, pode levar à desidratação grave em alguns casos, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com imunidade comprometida.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças reforçam a importância da higiene rigorosa para evitar surtos em espaços fechados como cruzeiros. Além disso, navios de grande porte têm a obrigação de notificar autoridades sanitárias sobre ocorrências como essa.

Prevenção e medidas adotadas

Dentro do Queen Mary 2, a rotina dos passageiros mudou rapidamente. O medo e a incerteza tomaram conta dos corredores, e a equipe médica do navio trabalhou incansavelmente para atender os doentes. Aqueles que apresentavam sintomas foram isolados em suas cabines, recebendo monitoramento constante e todos os cuidados necessários. Para conter a disseminação, foram reforçadas as medidas de higiene e desinfecção de espaços compartilhados.

As autoridades de saúde continuam monitorando a situação de perto, revisando os protocolos e assegurando que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger passageiros e tripulantes. Enquanto isso, aqueles que passaram pelo susto tentam retomar o clima de lazer a bordo, mesmo com a lembrança do imprevisto que marcou a viagem.

Vírus da gripe aviária passou por mutações no primeiro caso grave em humanos nos EUA

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informaram, nesta quinta-feira (26), que a análise de amostras do primeiro caso grave de gripe aviária no país, ocorrido recentemente, revelou mutações não detectadas em amostras de aves infectadas em um rebanho no quintal da residência do paciente.

Mutações no vírus de gripe aviária

Os Estados Unidos confirmaram, na semana passada, o primeiro caso grave de gripe aviária no país, envolvendo um homem com mais de 65 anos e residente na Louisiana, que estava enfrentando sérios problemas respiratórios. O paciente foi infectado com o genótipo D1.1 do vírus, que recentemente foi identificado em aves selvagens e domésticas no território norte-americano.

Esse genótipo é diferente do B3.13, que já havia sido encontrado em vacas-leiteiras, humanos e algumas aves domésticas em várias regiões dos EUA. As mutações detectadas no paciente são raras, mas já foram observadas em infecções graves em outros países, incluindo um caso semelhante no Canadá.

O CDC informou que, até o momento, não houve registro de transmissão do vírus para outras pessoas a partir deste caso na Louisiana.

O que é e como se prevenir

A gripe aviária é uma infecção viral que afeta principalmente aves, mas em casos raros pode ser transmitida para seres humanos, geralmente por contato próximo com aves infectadas. O vírus H5N1, responsável por surtos em aves ao redor do mundo, tem gerado preocupação devido à possibilidade de mutações que o tornem mais transmissível entre humanos. Embora a maioria dos casos em humanos seja leve, infecções graves podem causar sérios problemas respiratórios e até a morte.


Vídeo sobre H5N1 (Vídeo: reprodução/Youtube/BBC News Brasil)

A gripe aviária em humanos pode variar desde sintomas leves até formas graves da doença. Os sintomas iniciais geralmente incluem febre, tosse, dor de garganta, dor muscular e fadiga, semelhantes aos de outras infecções respiratórias. Em casos mais severos, a doença pode evoluir para dificuldades respiratórias graves, como falta de ar e pneumonia, além de dor no peito e até insuficiência respiratória.

Para a população em geral, a principal recomendação é evitar o contato direto com aves doentes ou mortas, especialmente em áreas afetadas por surtos. Além disso, é fundamental lavar as mãos frequentemente e cozinhar bem os produtos avícolas antes do consumo.