Nvidia apresentará uma prévia de novos chips de IA na próxima segunda-feira

Jensen Huang, presidente executivo da Nvidia, irá introduzir ao público uma prévia de novos chipsets para inteligência artificial. Programada para a próxima segunda-feira (18), a apresentação será realizada no Vale do Silício e contará com outros produtos da marca. 

O evento faz parte da conferência anual de desenvolvedores da empresa, sendo a primeira que será feita presencialmente depois da pandemia de Covid. Referência em fabricação de placas de vídeo e atualmente no segmento de inteligência artificial, a Nvidia estima que 16 mil pessoas participem  da conferência, quase o dobro da última edição realizada em 2019.

Nvidia versus Apple na disputa por lucratividade

A gigante das GPUs tem crescido cada vez mais. No final de fevereiro, por exemplo, estava avaliada em mais de US$ 2 trilhões e se aproximando ainda mais da marca de Apple. A diferença entre elas é de apenas 400 bilhões. Ambas ficam atrás da Microsoft, líder do mercado de ações na Wall Street. 

Muito desse aumento é atribuído aos chips já comercializados para IA e computação em geral, mas podem aumentar drasticamente ainda neste ano. Segundo especialistas, há uma expectativa de crescimento de 81%, algo na casa dos US$ 110 bilhões, se as empresas terceiras investirem em chipsets para conduzir bots de conversa, geradores de imagens e outros sistemas que utilizam inteligência artificial como função principal. 


CUDA é uma das novas tecnologias que devem ter novidades no evento (Reprodução/Nvidia)

Entretanto, há uma preocupação quanto à sustentabilidade desse aumento ao longo do tempo. De acordo com Stacy Rasgon, analista na empresa de finanças Bernstein, o crescimento gradual é preocupante e levanta questões sobre a capacidade da Nvidia de mantê-lo. Se houver lançamentos constantes, pode ser que isso seja possível. “Quanto mais novos produtos forem lançados com maior desempenho e preços mais altos, maior será a margem de manobra”, defendeu. 

China está receosa quanto à defasagem de chipsets

A Huawei, multinacional sediada na China e provedora de equipamentos de rede e eletrônicos, desbancou a Nvidia em solo chinês em 2020. Por conta do corte que Washington realizou com a China, ao dificultar que chipsets da Nvidia fossem vendidos no território, não há notícia de novos chips equivalentes ao H100 lançado em 2022. 

Com o lançamento de um novo hardware da Nvidia, o possível B100, a China pode ficar ainda mais para trás na competição por chips de IA. 

Novas atualizações quanto à plataforma CUDA, arquitetura responsável para ampliar performance, deve ser apresentada também no evento da próxima semana.

NVIDIA inicia testes de dois novos chips para inteligência artificial na China

A NVIDIA, empresa americana de unidade de processamento gráfico e inteligência artificial, começa a disponibilizar dois de seus novos chips voltados à IA em território chinês. A declaração partiu de Jensen Huang, presidente-executivo da marca, para a agência de notícias Reuters, na última quarta-feira (21), após divulgação de resultados trimestrais.

A contrapartida de aquecer o mercado asiático surge da dificuldade imposta pelas delimitações de exportações dos Estados Unidos. Washington aumentou o controle de exportação da big tech ao país oriental, principalmente de hardware de construção avançado.

Chips focados para inteligência artificial

Segundo boletim da SemiAnalysis divulgado em novembro, empresa especializada em IA, três dos novos chipsets NVIDIA eram especificados para inteligência artificial, sendo eles H20, L20 e L2. Ambos deveriam circular na China, mas ainda não foi confirmado. 

Além disso, têm como característica uma arquitetura de computação reduzida para suprir as restrições estabelecidas pelas leis americanas.


Presidente-executivo Jensen Huang em conferência sobre inteligência artificial (Foto: reprodução/NVIDIA)

Em relação ao primeiro chip, o H20, o valor estipulado era similar ao produto da Huawei, rival da NVIDIA. Além disso, de acordo com relato da Reuters do ano passado, o lançamento original do produto era para novembro, o que não ocorreu devido à falha para integração do chipset. 

Expectativa quanto à recepção

O presidente acredita que a baixa nas vendas acontece principalmente pela negligência da NVIDIA em apostar na China, fato que pretendem corrigir agora e que também revela certo otimismo. Segundo Huang, a empresa espera que os chips consigam atender com sucesso o mercado e que também abra possibilidade de competição.

O executivo não revelou a nomenclatura dos novos chipsets ou os clientes atendidos.

Até o dia 28 de janeiro, a NVIDIA tinha registrado U$1,9 bilhão de vendas na China, contando com Hong Kong