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O ator José Loreto foi escalado para interpretar o vocalista Chorão, da banda Charlie Brown Jr., em uma cinebiografia que promete revelar o lado mais pessoal e emocional do ícone do rock nacional. O longa será inspirado no livro “Se não eu, quem vai fazer você feliz? Minha história de amor com Chorão”, lançado em 2018 por Graziela Gonçalves, viúva do artista. A obra, que já ultrapassou 140 mil exemplares vendidos, serve como base para a narrativa que chegará às telonas ainda nos próximos anos.
Bastidores e preparação do elenco
A produção ficará sob comando dos cineastas Hugo Prata e Felipe Novaes, que já trabalharam juntos no documentário “Chorão: Marginal Alado”, lançado em 2019. O roteiro será assinado por Duda de Almeida. O projeto é encabeçado pela Bravura Cinematográfica, em parceria com a Globo Filmes e a Telecine, e será distribuído pela Downtown Filmes. As gravações estão programadas para começar ainda em 2025.
O foco da trama será a intensa trajetória amorosa de quase duas décadas entre Chorão e Graziela, marcada por altos e baixos que influenciaram diretamente na criação de diversas músicas da banda. A relação dos dois será o fio condutor da história, que também pretende explorar aspectos pouco conhecidos da vida pessoal do cantor.
Livro de Graziela Gonçalves, “Se não eu, quem vai fazer você feliz?” (Foto: reprodução/Instagram/@editoraparalela)
Loreto, que demonstrou interesse pelo papel antes mesmo da confirmação oficial, já iniciou os preparativos para encarnar o personagem. Entre os treinos físicos, o ator tem se dedicado ao skate, esporte que fazia parte do universo e da estética de Chorão. Além disso, figurinos e trejeitos do cantor estão sendo incorporados ao processo de construção do personagem.
José Loreto em treino de skate (Foto: reprodução/Instagram/@joseloreto)
O legado de Chorão
Chorão, cujo nome verdadeiro era Alexandre Magno Abrão, foi um dos artistas mais emblemáticos da música brasileira dos anos 1990 e 2000. Fundador do Charlie Brown Jr., em Santos, litoral paulista, ele morreu em 2013, aos 42 anos, vítima de uma overdose. Sua trajetória artística, marcada por intensidade, conflitos e autenticidade, será levada ao cinema com a promessa de emocionar fãs e espectadores.
A expectativa em torno da produção é alta, especialmente entre admiradores do cantor e da banda, que marcou uma geração com sua mistura única de rock, skate, atitude e sentimento. Com direção experiente e uma história poderosa, o filme tem tudo para se tornar um retrato marcante de uma das figuras mais inesquecíveis da cena musical brasileira.
Na noite deste sábado (22), a Cidade do Rock entregou aos fãs do rock nacional o “Pra Sempre Rock”, uma coletânea de shows com os grandes nomes nacionais do rock and roll. Com as apresentações de Pitty, Capital Inicial, Detonautas, Nx Zero, Rogério Flausino e Toni Garrido. O evento promete reviver os tempos dourados do Rock in Rio com os grandes nomes do rock and roll brasileiro.
Capital Inicial
Falando em grandes nomes, a abertura dos gigantes do rock ficou a cargo da banda Capital Inicial, que iniciou com a clássica canção sobre a adolescente rebelde que deixa a casa dos pais, a intitulada “Natasha”. Não decepcionando ninguém, o grupo seguiu com “Primeiros Erros”, deixando o público bem a vontade para reviver uma canção que já acompanhou muitos jovens no retorno da escola.
Dino Ouro Preto no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)
Mesmo com a confusão significativa nos horários e o atraso de horas — afinal, o mundo dos roqueiros estava previsto para começar por volta de 00h, mas iniciou às 2h —, o público parecia disposto a engajar o show dos donos do hit sobre os erros pretéritos. Havia energia de sobra para cada um cantar “A sua Maneira”, da única maneira possível: aos gritos, pulos e com o coração.
Tornando o momento ainda mais significativo, Dinho Ouro Preto, vocalista da banda, abraçou o público — em tom literal — quando se entregou ao mar de pessoas cantando com mais proximidade uma música tão marcante aos fãs do rock nacional.
Toni Garrido
Com abertura do Capital Inicial, Toni Garrido assumiu a noite do rock. Com energia contagiante, Garrido já tomou o palco com um pedido: todos pulando, ele queria o público pulando enquanto cantava “Onde Você Mora?”.
Em seguida, o cantor, que foi vocalista da banda Cidade Negra, tocou ao público “A sombra da Maldade”. Prosseguindo com a canção “A Estrada”.
É perceptível que a energia do público, que começou contagiada pelo Capital Inicial, foi se perdendo gradualmente. Em hipótese pelo estilo musical ou talvez pelo horário, mas era evidente que Garrido estava com certa dificuldade para energizar o público e mante-los na atmosfera de seu show.
Terceirizando um sucesso Nando Reis, popularizado em dueto entre o ruivo e Marisa Montes, Toni Garrido se movimentou pelas extremidades do Palco Mundo, levando ao público um gostinho do romance Marisa e Nando, nos anos 90.
Pitty
Com a intimidade de quem se sente a vontade, a roqueira Pitty foi o terceiro nome a subir no palco, encontrando todo o carinho dos fãs e os levando a loucura quando a cantora equalizou com “Equalize”. Dedicado em acompanhar a artista, os fãs pareciam uniformes com Pitty, hipnotizados na canção enquanto acompanhavam a letra.
Com uma escolha quase em storytelling, a baiana entregou “Na sua estante”, um clássico de sua trajetória musical e um dos grandes sucessos dos anos 2000, e permanece na memória dos fãs até os dias atuais.
“São 40 anos de Rock in Rio e eu lembro dessa menina lá na Bahia vendo isso pequena, numa TV que nem pegava direito e imaginando um lugar onde as pessoas pudessem realmente viver a música. É muito bom estar aqui nesse palco hoje.”, contou Pitty.
Pitty prosseguiu sua setlist com a canção de desabafo para os desvalorizados: “Me adora”, entregou aos fãs uma história quase narrada pela própria cantora em um pedido de mantimento dos bons tempos após uma decepção amorosa, mantendo a reputação e integridade do que um dia foi amor.
Pitty no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)
Como de costume, o show de Pitty segurou bem a empolgação do público, se desenrolando cuidadosamente com as canções escolhidas a dedo.
Rogerio Flausino
Flausino recebeu o palco das mãos de Pitty. Com violão e microfone no suporte, o líder do Jota Quest, começou sua participação com “Dias Melhores”, canção já tatuada na memória de qualquer fã de rock, o que contribuiu para sustentar o público desinibido que Pitty deixou.
Rogério Flausino, do Jota Quest, se apresenta no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)
Surpreendo, Flausino cantou “Amor Maior”, recebendo o apoio do público e dos famosos, onde foi possível ver desde Gio Lancelot até Camila Queiroz e Kleber Toledo, que curtiram o show agarradinhos cantando os sucessos ao som da voz de Rogerio, que representava sua banda, Jota Quest.
“Isso aqui é uma festa da música brasileira e hoje é o nosso dia!”
Com facilidade, o vocalista resgatou a disposição do público puxando o famoso “pogo” — termo usado quando o público de um show pulam todos ao mesmo tempo, no mesmo lugar —, e a responsável por isso foi a canção “Do seu lado”, que revive o refrão “o amor é o calor que aquece a alma”.
Detonautas
O roque clube comandou o palco mundo assim que o atual Jota Quest o deixou, abrindo seu show com a canção “Quando o sol se for”, um clássico do grupo fundando 1997 e que coleciona sucessos no cenário do rock nacional desde então.
Detonautas no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)
Com o pedido especial que o público iluminasse o momento com a lanterna de seus celulares, Detonautas cantou “Olhos Certos”, trazendo todo o sentimento que compõe a banda em uma fiel demonstração que há muito amor empregado em um estilo musical tipicamente tido como agressivo.
NX Zero
O grupo, que estava presente na playlist de muitos adolescentes emos dos anos 2000, dividiu o palco com o roque clube cantando “Outro Lugar”, composição de Detonautas.
Com aval dos vocalistas, o público abriu a famosa roda punk e em meio ao mosh contagiante curtiram o show de rock da maneira mais tradicional possível: com terremoto de roqueiros indo uns contra os outros em um ato de liberdade e representação.
Não distante da energia avassaladora do público, Di Ferreiro e Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, dominaram o Palco Mundo, tornando o espaço pequena para toda a movimentação dos artistas.
Detonautas e NX Zero (Vídeo: reprodução/Instagram/@rockinrio)
Agora sozinhos no comando do show, o NX Zero reviveu a época alternativa cantando “Só rezo”. Com instrumentária pesada, o grupo segurou a nostalgia na ponta dos solos de guitarra e vocais pesados de Di Ferrero.
Trazendo à tona uma onda de sentimentos indescritíveis, a banda cantou “Cedo ou Tarde”, invadindo o palco e o público com memórias passadas. Ao olhá-los de perto, a sensação era de observar um grupo de pessoas revivendo algum momento de sua trajetória da maneira mais irremediável possível.
Di Ferrero, do NX Zero, no Rock in Rio 2024 (Foto: reprodução/Multishow)
Os fãs ainda tiveram a surpresa de ouvir o refrão em rap na voz de Chorão, o ex-vocalista do Charlie Brown Jr. Uma homenagem do NX Zero ao cantor com quem gravaram uma versão da canção que foi ao ar em 2013.
De volta ao palco, Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, embalou o público com Di Ferrero ao som de “Razões e Emoções”.
NX Zero fecha a noite (Vídeo: reprodução/Instagram/@rockinrio)
Com chave de ouro
Para encerrar a noite dos grandes nomes do rock and roll com chave, o público recebeu de presente os artistas que passaram no “Pra Sempre Rock” cantando “Por Enquanto”, canção de Cássia Eller.
Acompanhar muitos dos gigantes do rock nacional em uma única noite se tornou um dos pontos mais altos do sábado na Cidade do Rock, resgatando as origens do evento que se iniciou em nome do rock e foi se moldando com as tendências temporais. O reencontro do rock and roll com nomes nacionais e um público disposto a companha-los foi sem dúvidas uma dádiva aos amantes do estilo musical que atravessa gerações e sobrevive entre as muitas tendências que se perderam ao longo dos anos.
Após 11 anos do falecimento de Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Junior, chegará aos cinemas uma cinebiografia sobre sua vida com sua esposa Graziela Nunes, história do filme será adaptada no libro “Se não eu, quem vai fazer você feliz”, escrito pela própria Graziela e lançado em 2018.
Dirigido por Felipe Novaes
Ainda sem data para lançamento, o filme contará com a direção de Hugo Prata e Felipe Novaes, os mesmos que estiveram a frente do documentário “Chorão: Marginal Alado”, disponivel na Netflix. O filme contará com roteiro de Duda de Almeida (Sintonia). Ainda sem informações sobre o elenco.
Alexandre Magno Abrão, conhecido por Chorão, nasceu em 9 de abril em 1970 na cidade de Tremembé- SP, alcançou a fama como vocalista da banda Charlie Brow Jr, e veio a falecer em 6 de março de 2013, no estado de São Paulo, o cantor sobre uma overdose de cocaína, com apenas 42 anos.
O Legado deixado por Chorão
Chorão era conhecido por sua personalidade carismática e por suas letras que abordavam temas sociais, reflexões sobre a vida e experiências pessoais. Sua música era uma mistura de rock, rap e reggae e outros estilos, o que contribuiu para o sucesso da banda “Charlie Brow Jr” entre o final da década de noventa e o inicio dos anos 2000.
(reprodução/mais tocadas no Spotify/Charlie Brown Jr)
Juntamente com sua banda, Chorão lançou vários álbuns de sucesso, como “Transpiração Contínua Prolongada” (1997), “Tamo Aí na Atividade” (2004), entre outros. Algumas das músicas mais famosas incluem “Só os Loucos Sabem”, “Dias de Luta, Dias de Glória” e “Proibida Pra Mim”.
Infelizmente sua carreira foi interrompida tragicamente, ao ser encontrado morte em seu apartamento em SP, sua morte prematura chocou o Brasil e deixou uma lacuna no cenário musical brasileiro, além do legado deixado, Chorão continua vivo na memória dos fãs e na influencia que eles tiveram sobre várias gerações de músicos brasileiros, fazendo com que suas músicas continuem a ser ouvidas e celebradas.