BBB 25: Vitória Strada revela luta contra vício em cigarro eletrônico

Vitória Strada surpreendeu os telespectadores do “Big Brother Brasil 25” ao falar sobre sua dificuldade para deixar o vício em cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape. A atriz disse ter subestimado os riscos do dispositivo e contou sobre o esforço necessário para superar a dependência.

Vitória disse que, no início, via o uso do cigarro eletrônico como um hábito sem importância. Contudo, ao tentar interromper o consumo, percebeu o quanto estava dependente.

“Eu achava que era só um hábito bobo, mas quando tentei parar, percebi que estava muito mais dependente do que imaginava. Foi mais difícil do que qualquer outra coisa que já enfrentei”, admitiu ela em uma conversa com outros participantes.


Durante o confinamento, Vitória Strada passou a usar o cigarro convencional (Foto: reprodução/Globoplay)

Riscos do cigarro eletrônico

Conforme o médico pneumologista Dr. Flávio Arbex, caso não tivesse conseguido interromper o vício, Strada poderia desenvolver problemas bem mais sérios para a saúde. “Eles podem causar inflamações pulmonares, doenças cardiovasculares e até câncer a longo prazo”, afirmou o especialista.

Ele também acrescentou que alguns cigarros eletrônicos possuem concentrações muito altas de nicotina, equivalentes ao consumo de trinta maços de cigarro em poucos dias. “Essa alta concentração é o que torna os vapes extremamente perigosos. Toda nicotina é viciante, mas a dose alta presente nos cigarros eletrônicos potencializa esse risco”, sinalizou o especialista.

Maneiras para abandonar o vício e conscientização

Segundo o pneumologista, para interromper o vício é importante buscar ajuda médica para que o profissional da saúde avalie o nível de dependência e assim, determinar o melhor tratamento.

Outra alternativa indicada é a terapia comportamental, que possibilita entender os gatilhos emocionais e comportamentais que levam ao uso do cigarro eletrônico.

Além disso, é fundamental incluir atividades físicas e hábitos saudáveis na rotina, pois ajudam a diminuir os sintomas de abstinência e melhorar a qualidade de vida.

O médico diz que o relato de Vitória Strada foi essencial para iniciar discussões nas redes sociais a respeito das consequências do vício. Para ele, é necessário alertar sobre os perigos desses dispositivos, principalmente pelo risco de dependência e consequências muito mais graves que o cigarro convencional pode causar.

Ana Castela recusa cigarro eletrônico durante show: “Eu jogo fora”

Ana Castela, (21) chamou atenção por recusar um cigarro eletrônico oferecido por um fã durante um show no Rio Grande do Sul no último final de semana. A sertaneja caminhava perto do público quando foi surpreendida por um fã que ofereceu um cigarro eletrônico. “Eu jogo fora se você me der, eu jogo fora!”, declarou a cantora durante o show.

Um vídeo do momento tem viralizado nas redes sociais, muitos fãs elogiaram a reação da cantora. Ana já se posicionou outras vezes contra o uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape.


Ana Castela recusa cigarro eletrônico oferecido por um fã (Reprodução/X/@poponze)


Cigarro eletrônico

Em junho, um vídeo da cantora de 21 anos viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Ana aparece recolhendo os cigarros eletrônicos dos seus amigos. Ela fez um alerta sobre os perigos do cigarro eletrônico para a saúde e pediu para os amigos pararem de usar o dispositivo: “Agora, pode não fazer mal. Mas no seu futuro, sim, fazer muito mal. Tem pessoas que morrem por causa disso e não quero que as pessoas que eu amo morram”, desabafou Ana Castela.


Ana Castela faz alerta sobre os danos causados pelo uso do cigarro eletrônico (Reprodução/X@vaidesmaiar)


Os cigarros eletrônicos surgiram há alguns anos como uma alternativa ao cigarro tradicional e rapidamente se tornaram populares entre os jovens. Apesar de ter sido apresentado como um produto que causa menos danos à saúde, estudos recentes revelaram que o uso do dispositivo pode causar sérios riscos à saúde.

O cigarro eletrônico contém substâncias toxicas que, ao serem inaladas, podem causar danos irreversíveis ao sistema respiratório. A Organização Mundial de Saúde revelou que o uso do dispositivo aumenta em 20% as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas e pulmonares.

Ana Castela

O posicionamento de Ana Castela contra o uso do cigarro eletrônico é muito importante para conscientizar os jovens sobre os danos que o dispositivo causa à saúde. A sertaneja tem ganhado destaque no cenário musical, seu estilo que mistura sertanejo e pop conquista o público jovem e Ana tem usado sua influência para transmitir mensagens importantes para o seu público.

Consulta da Anvisa gera polêmica sobre proibição de cigarros eletrônicos

Uma recente consulta pública feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou uma divisão significativa na opinião pública brasileira em relação à proibição dos cigarros eletrônicos. Os resultados apontaram que apenas 37,4% das contribuições apoiaram a proposta da Anvisa de manter o veto aos aparelhos, levantando um debate cada vez mais acirrado.

Ao longo de dois meses, a consulta pública atraiu 13.930 manifestações, a maioria delas vindo de pessoas físicas, totalizando 97,73% das respostas. Dos participantes, 37,4% expressaram apoio à proposta da Anvisa, enquanto 58,8% apresentaram outras opiniões e 3,7% optaram por não responder.


Mais de 50% das pessoas foram contrárias à proibição dos cigarros eletrônicos (Foto: reprodução/Sérgio Lima/Poder360)

Repercussão

A análise das respostas também revelou que 57,7% dos participantes consideraram que a proposta da Anvisa teria impactos negativos, enquanto 37,1% viram repercussões positivas e 5,1% indicaram que haveria tanto impactos positivos quanto negativos.

A divisão também foi evidente entre diferentes segmentos sociais: profissionais da saúde (61,3%), outros profissionais (50,3%), entidades de defesa do consumidor (54,5%) e outros (55,9%) foram os que mais concordaram com a manutenção da proibição, enquanto apenas 33,3% dos cidadãos apoiaram o veto.

Argumentos e considerações

O debate sobre os cigarros eletrônicos tem sido mais frequente no país, com opiniões e argumentos conflitantes. Por um lado, entidades médicas como a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defendem a proibição, alertando para o risco de uma nova geração de dependentes em nicotina. Por outro lado, críticos argumentam que a proibição é ineficaz, considerando a circulação clandestina desses dispositivos.

Esses resultados vêm à tona em um momento em que o debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil está se intensificando, com propostas legislativas e pressões de diversos grupos de interesse.

Enquanto há setores que defendem a continuidade da proibição, baseando-se em preocupações relativas à saúde pública e ao potencial de dependência, há também aqueles que levantam dúvidas sobre a abordagem proibitiva em torno dos mercados clandestinos.

Campanha sobre os malefícios do cigarro eletrônico ilumina o Cristo Redentor

No último domingo (10) o monumento do Cristo Redentor na cidade do Rio de Janeiro ganhou uma iluminação verde especial. O motivo da ação foi a campanha contra o uso dos cigarros eletrônicos, os famosos pods ou vapes. A iniciativa veio da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), juntamente com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor. Segundo a SBPT, o alerta tem como objetivo conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos e a importância de manter a sua criminalização.

O que são os cigarros eletrônicos


Cigarros eletrônicos (foto: reprodução/site/Folha-UOL)

Os cigarros eletrônicos, também são conhecidos como vape, vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Esse tipo de cigarro tem quantidade variável de nicotina além de outras substâncias tóxicas. Então, se engana quem pensa que eles são uma opção melhor do que o cigarro convencional. Na verdade, a substância emitida pelo mesmo é prejudicial tanto para quem faz o uso do dispositivo quanto para quem é exposto a fumaça emitida por ele. Existem até mesmo alguns produtos do tipo que alegam não conter nicotina, mas na realidade ainda possuem a substância em sua composição.

O número de usuários de cigarro eletrônico quadruplicou no Brasil nos últimos tempos. Em quatro anos o número de usuários foi de 500 mil em 2018, para 2,2 milhões em 2022, segundo o IPEC. Em Julho, a diretoria da Anvisa decidiu manter a proibição dos cigarros eletrônicos, por votação unânime. Vender o produto é proibido por lei desde 2009 no Brasil, mas ele ainda é facilmente encontrado.

O uso desses dispositivos degringolou até mesmo para o surgimento de uma nova doença, chamada de Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, podendo até mesmo levar o paciente à morte, pois causa insuficiência respiratória.

Mais sobre a campanha de conscientização

Segundo o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar, a saúde e bem estar da população é inegociável e não deve ser relativizada. O mesmo acredita que aderindo a campanha pode influenciar positivamente, conscientizando sobre o tema. Tal ação também faz parte da campanha da SBPT, que desde outubro de 2023 faz oposição ao projeto de lei 5008/2023, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que propõe a liberação do comércio do cigarro eletrônico no Brasil.

A pneumologista Margareth Dalcomo diz que “Hoje o que nós temos visto são adolescentes e crianças já completamente adictas desses dispositivos de fumar”. A médica e professora ainda completa afirmando que os países que tomaram a decisão de liberar para maiores de 18 anos com o argumento da redução de danos, como o Reino Unido, estão revendo essa posição já que as pessoas tendem a largar um vício para adquirir outro.

Desde 2009, o comércio dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) são proibidos pela Anvisa. Porém, a falta de fiscalização no Brasil faz com que ainda assim eles ainda sejam de fácil acesso, fazendo com que crianças e adolescentes sejam as novas vítimas da dependência de nicotina. E assim, pacientes com graves quadros respiratórios estão sendo cada vez mais frequentes na nova geração.