Isis Valverde faz sua estreia no tapete vermelho de Veneza

Com um vestido deslumbrante da grife Armani Privé, combinado à sofisticação da Alta Joalheria da Tiffany — brincos em ouro branco com diamantes e um bracelete de ouro branco cravejado com diamantes pavé —, Isis Valverde brilhou no tapete vermelho do Festival de Veneza neste sábado (30). A atriz brasileira, que vem construindo sua trajetória internacional com passos estratégicos, não escondeu a emoção de estar presente em um dos palcos mais prestigiados do cinema mundial. “Uma honra estar em Veneza para assistir (e ver de perto) um dos meus diretores favoritos, Guillermo del Toro, ele é fantástico!”, afirmou, minutos antes do grande momento.

Marco para o cinema

A estreia de Isis no festival representa não apenas uma realização pessoal, mas também um marco para o cinema brasileiro, cada vez mais reconhecido e valorizado no cenário internacional. Em 2025, essa presença se fortalece ainda mais com Fernanda Torres integrando o júri oficial da Mostra — um feito inédito que simboliza o avanço e a força das produções e atuações nacionais no exterior.


Isis Valverde (Reprodução/ Christy Barley @christybarley/ Getty Images embed)


O filme escolhido para a ocasião não poderia ser mais emblemático. Frankenstein, dirigido por Guillermo del Toro, é considerado um dos projetos mais pessoais e aguardados do cineasta mexicano.


Isis Valverde (Reprodução/ Christy Barley @christybarley/ Getty Images embed)


O longa reúne um elenco de destaque, com Jacob Elordi e Oscar Isaac nos papéis principais, e chega à competição em Veneza com forte expectativa da crítica e do público.


Isis Valverde (Reprodução/ Christy Barley @christybarley/ Getty Images embed)


A obra tem lançamento mundial previsto para outubro nos cinemas e novembro na Netflix, ampliando seu alcance global.

Significado especial

Para Isis, a oportunidade de acompanhar a estreia desse filme possui significado especial. Admiradora declarada de Del Toro — seu clássico O Labirinto do Fauno (2006) figura entre os cinco filmes preferidos da atriz —, a experiência em Veneza reforça sua conexão com uma cinematografia marcada pela fantasia, pelo drama e por narrativas intensas.

A presença da atriz brasileira na Mostra, aliada ao lançamento de Frankenstein, destaca a importância estratégica do festival como espaço de intercâmbio cultural. Ao mesmo tempo, em que celebra o retorno triunfal de Del Toro, vencedor do Oscar por A Forma da Água (2017), o evento evidencia a inserção cada vez mais sólida do Brasil no circuito internacional.

Fernanda Torres vence categoria de Melhor Atriz no Gold Derby Film Awards

Não há descanso para a dominação mundial. Favorito da temporada de premiações internacionais, o filme brasileiro dirigido por Walter Salles levou mais estatuetas para casa na premiação norte-americana Gold Derby Film Awards, que anunciou seus vencedores nesta terça-feira (11). Fernanda Torres, no ápice de sua carreira, desbancou outras favoritas e levou mais uma estatueta de Melhor Atriz, no período que antecede outra grande premiação: o Oscar.

Recuperando o ouro na “gringa”

O longa-metragem de Walter Salles continua angariando estatuetas, além de críticas positivas de figuras gigantes da indústria cinematográfica — o cineasta Almodóvar é um dos exemplos —, e do apoio incondicional da América Latina, que se regojiza pelo reconhecimento tardio concedido a um filme brasileiro. 

Após a conquista de um prêmio Goya na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano, “Ainda Estou Aqui” venceu em mais quatro categorias na premiação Gold Derby Film Awards, feita pelo site estadunidense especializado em previsões, servindo como termômetro dos favoritos da temporada. Baseado em voto popular, a votação contou com 10 mil usuários que elegeram os vencedores. O musical “Wicked”, estrelado por Ariana Grande, também foi um dos favoritos deste ano, levando um total de 11 prêmios.


Encontro de Fernanda Torres e Ariana Grande no tapete vermelho do Festival de Cinema Internacional de Santa Barbara (Foto: reprodução/Tibrina Hobson/Getty Images Embed)


Obrigado por me escolherem entre grandes atuações femininas neste ano e esse pequeno filme tocou muito as pessoas. Eu quero dedicar esse prêmio a essa mulher incrível, Eunice Paiva, que eu tive a chance de vivenciar”, comentou Fernanda Torres em seu discurso de agradecimento. 

Essa é a segunda vez que um filme em língua não inglesa vence em várias categorias da premiação — esse feito só tinha sido alcançado pelo filme coreano “Parasita”, que também contabilizou diversas vitórias. Dentre os prêmios, “Ainda Estou Aqui” venceu em Melhor Atriz, pela interpretação de Eunice Paiva feita por Fernanda Torres, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Internacional. 

A corrida sangrenta pelo Oscar

Com a corrida pelo prêmio mais cobiçado da indústria em voga, as campanhas estão sendo acompanhadas de perto por vários internautas. As polêmicas, claro, estão surgindo a todo momento, já que “Emilia Pérez”, a favorita do Golden Globe e principal ‘rival’ de “Ainda Estou Aqui”, está no olho do furacão pelas escolhas de elenco e a exploração da história do povo mexicano caricatamente. As declarações da atriz Karla Sofía Gascón, primeira mulher trans a receber tal indicação, só cavaram uma cova ainda mais funda para o filme ser ridicularizado por aliados importantes durante a campanha que antecede a premiação. 

A colega de elenco, Selena Gomez, declarou que ‘’a mágica do filme se perdeu’’, enquanto Fernanda Torres, citada em uma rivalidade forçada, repudiou a cultura do cancelamento e se diz ‘’chocada’’ com o que está acontecendo nesta reta final da corrida pela estatueta dourada. Vale lembrar que o filme baseado na história real da família Paiva está concorrendo nas categorias de Melhor Atriz, Melhor Filme em Língua Não Inglesa e, pela primeira vez na história, Melhor Filme. 

Antes da cerimônia do Oscar, que será realizada no dia 2 de março, a temporada ainda conta com o BAFTA e o Prêmio do Sindicato dos Atores na esteira de premiações importantes deste ano.