Saiba como vai ser aplicado o modelo cívico-militar nas escolas de SP

O governo do estado de São Paulo emitiu que irá implementar em 100 unidades escolares o regimento cívico-militar. A ordem será aplicada no segundo semestre de 2025, tendo sido uma medida incluída no Projeto Complementar 1.398 e sancionada em maio de 2024.


Anúncio das escolas cívicas-militares do governador de São Paulo (Foto: reprodução/X/tarcisiogdf)

Adicionada pelo governador, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), a inserção do modelo cívico-militar nas escolas estaduais será dividida em dois núcleos de administração: civil e militar. A parte civil será responsável pelo planejamento pedagógico das instituições e o setor administrativo, enquanto que o segmento militar cuidará da segurança da escola.

Escolha de policiais militares

O processo seletivo para a escolha dos militares nas unidades de ensino será aplicado para policiais militares do estado de São Paulo. As unidades terão ao menos um policial militar da reserva em suas dependências, tendo sua atuação por meio de contratos temporários que não ultrapassem cinco anos. 

O quadro de monitores também será escolhido por policiais militares da reserva, todas as suas funções ainda serão designadas pelos coordenadores policiais militares da reserva, planejadas pela Secretaria da Educação. Todos os estudantes deverão estar com o uniforme padronizado das escolas cívico-militares, com o objetivo de proteção e identificação dos próprios alunos da unidade escolar  

Os docentes que já estavam empregados nas escolas transformadas em unidades cívico-militares terão seus direitos garantidos conforme a legislação vigente. O projeto também estabelece que os policiais militares da reserva designados para atuar nas escolas estaduais sob o modelo cívico-militar “não serão considerados” como profissionais da educação básica.

Antecipação do novo projeto

O  projeto das escolas cívico-militares foi antecipado pelo governador Tarcísio de Freitas, já que estavam previstas apenas para o ano de 2026. Adiantadas para o segundo semestre de 2025, a decisão também considerou o apoio da comunidade escolar para a aplicação do novo modelo administrativo das escolas públicas.

Estado de emergência: protestos deixam 4 mortos e TikTok é proibido em Nova Caledônia

Nesta quarta-feira (15), a França declarou estado de emergência no arquipélago de Nova Caledônia, território francês que abrange dezenas de ilhas no oceano pacífico. A população não quer que uma mudança na lei eleitoral permita que quem chegou depois do recenseamento de 1998 possa votar.

As autoridades locais atrelaram ao TikTok a divulgação e organização de uma onda de tumultos através de contas das pessoas envolvidas nos atos na França continental no ano passado, atraindo pessoas violentas. Decidiram, então, proibir o aplicativo preventivamente. A plataforma não se pronunciou sobre o assunto.

Estado de emergência


Protesto contra reforma da lei eleitoral na Nova Caledônia (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Com 4 mortes e centenas de feridos, o estado de emergência entrou em vigor hoje às 15h no horário de Brasília (5h da quinta-feira, no horário do território francês). A medida dá maiores poderes pro Estado para manter a ordem, como: impôr proibições de trânsito, prisões domiciliares e buscas, segundo Prisca Thévenot, porta-voz do governo.

Violência é intolerável e será objeto de uma resposta incansável para garantir a restauração da ordem“, disse o Palácio do Eliseu (sede do governo francês).

O exército já está atuando nos Portos e Aeroportos da Nova Caledônia, com intenção de garantir a segurança.

Os protestos

Tudo começou logo quando a Assembleia Nacional, a Câmara dos deputados francesa, colocou em pauta a reforma do censo eleitoral, nesta segunda-feira.

No arquipélago reside o povo Kanak, os habitantes originais, recenseados em 1998. Desde esse fato, para participar de votações no território, é necessário está nesse registro ou descender de alguém que esteja.

Os independentistas, ou seja, aqueles que defendem que a Nova Caledônia não seja mais um território francês, afirmam que a autorização para quem começou a residir no arquipélago depois de 1998 levará à redução da influência proporcional do povo originário que têm poderes nas instituições locais transferidos por Paris.

Incêndios, saques a empresas… Foram alguns dos crimes cometidos durante os protestos, um grave problema de ordem pública que mesmo assim, não intimidou as autoridades francesas.

Os deputados aprovaram o texto de reforma, que já havia passado pelo Senado em abril. O próximo passo será passar por uma votação conjunta das duas câmaras e obter mais de 60% de votos a favor para ser aprovada definitivamente, já que se trata de uma reforma constitucional. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que convocaria essa reunião antes do fim de junho, mas foi aberto a outras alternativas, desde que os apoiadores da separação e favoráveis à permanência da França concordem entre si sobre uma nova opção.