Jaqueta napoleônica volta às tendências para 2026

Recentemente, a jaqueta napoleônica — inspirada nos uniformes do império de Napoleão Bonaparte — voltou ao centro das tendências nas passarelas e nas redes sociais. A peça se tornou um clássico originalmente no século XX, muito usada por estrelas do pop como Michael Jackson, Freddie Mercury e Jimi Hendrix, e ressurgiu no movimento indie e no cenário punk/emo durante os anos 2000 e 2010, reforçando seu apelo atemporal.

Assim como a jaqueta militar, esse outro modelo de peça retorna ás tendências do momento – agora, reinterpretada para o ano de 2026, a jaqueta surge reacendendo o espírito do século XIX de forma contemporânea, trazendo ainda a sua característica marcante de uma silhueta bem estruturada, marcada e cheia de personalidade.

Novo fôlego da jaqueta napoleônica

A peça ganhou novas leituras em modelagens modernas usadas por celebridades e modelos, atualizando seu visual originalmente utilitário. Um dos exemplos mais comentados é a versão colete escolhida por Jenna Ortega para a Paris Fashion Week 2026, que transforma o look em uma proposta ideal para o verão — leve, descomplicada e ainda assim imponente, preservando a essência da jaqueta.


Jenna Ortega na Paris Fashion Week 2026 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Arnold Jerocki)


Outras formas de estilizar a jaqueta chamam a atenção dos apaixonados por moda, incluindo o poder da peça em apimentar até mesmo os combos básicos como regata com jeans, substituindo a jaqueta de couro, ou o trench coat. Além disso, vemos versões em tamanhos e tecidos diferentes ganhando o coração do público e espaço no streetwear.


Vídeo sobre diferentes estilizações da jaqueta napoleônica (Vídeo: reprodução/Instagram/@manu.werneck)


As diferentes modelagens e finalizações da peça reiteram que o seu retorno vem com uma vibe bem mais moderna e livre, focando na presença que ela possui e tornando possível que ela seja adaptada pra diversos locais e eventos diferentes.

Porque o revival acontece agora

O modelo — tecnicamente chamado de hussar jacket e inspirado na cavalaria húngara — voltou a ocupar as passarelas de Paris e Milão em marcas como Ann Demeulemeester, Alexander McQueen, Balmain e Kenzo. Até a Dior Men, em sua nova fase com Jonathan Anderson, flertou com a estética imperial ao propor golas rendadas, redingotes e uniformes com botões dourados. Mas a pergunta persiste: por que a peça retorna justamente agora?


Modelo usando a coleção Primavera-Verão da Dior (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Bertrand Guay)


O revival de Napoleão na moda não é coincidência. Assim como no início do século XIX, vivemos um momento de restauração simbólica e política — um período em que um mundo em ebulição faz com que vestir-se como um general se torne uma forma de reafirmar controle. O retorno da jaqueta não celebra o império, nem funciona como fantasia histórica, mas revela seu papel como representação social: a imagem de que o poder, mais uma vez, virou tendência.

 

 

 

 

Modelo usando a coleção Primavera-Verão da Dior (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Bertrand Guay)


O revival de Napoleão na moda não é coincidência. Assim como no início do século XIX, vivemos um momento de restauração simbólica e política — um período em que um mundo em ebulição faz com que vestir-se como um general se torne uma forma de reafirmar controle. O retorno da jaqueta não celebra o império, nem funciona como fantasia histórica, mas revela seu papel como representação social: a imagem de que o poder, mais uma vez, virou tendência.

Hermès transforma passarela em deserto na Paris Fashion Week

Nesse fim de semana, foi a vez da marca de luxo Hèrmes anunciar sua coleção de primavera/verão 2026 na semana de moda de Paris. Contendo 57 peças nas tonalidades de marrom e creme, a diretora criativa Nadège Vanhee-Cybulski trouxe um cenário temático e um desfile inesquecível para os amantes da grife, que acabou se tornando uma das mais comentadas do evento.

Passarela vira deserto

A inspiração central da coleção veio de uma região selvagem no sul da França chamada Camargue, famosa por suas dunas que possuem uma leve aparência de deserto, além de cavalos brancos, pântanos e ambientes rústicos. Com a intenção de trazer o espírito equestre para a cidade, ela utilizou isso como ponto de partida para o desfile, com detalhes que lembram selas e equipamentos para cavalgar.


Detalhes da nova coleção da Hèrmes (Foto: reprodução/Instagram/@hermes)

Na coleção, os amantes da grife podem encontrar tops de couro, vestidos com costas “racer-back”, casacos de ceda, bermudas de couro, saias lápis e casacos longos. As peças são tanto de couro macio, quanto de camurça e seda e as estampas são antigas, mas reinterpretadas. Acessórios também chamaram a atenção, como lenços e bolsas em diferentes estilos.

A direção criativa da marca

Nadège Vanhee-Cybulski, uma estilista francesa, está no comando da Hèrmes desde 2014, quando foi anunciada como substituta de Christophe Lemaire. Valorizando o trabalho artesanal e as técnicas manuais da grife, ela presa pelas raizes equestres, destacando isso na coleção de primavera/verão 2026, reinterpretando para o presente e futuro.


Desfile da Hèrmes na PFW (Vídeo: reprodução/Instagram/@hermes)

Dentre os comentários sobre o desfile, o tópico que mais chamou a atenção entre os amantes da Hèrmes foram as cores utilizadas na vez. Marrom e tons neutros como aveia, oliva, bege, caqui e alguns detalhes em vermelho, que se destacavam perfeitamente nas peças. Segundo as redes da marca, a coleção é descrita como “uma viagem da terra até o mar, raios de um sol vermelho e o respiro do azul do mediterrâneo”.

Matéria do portal LorenaR7 por Eliza Lopes