Centenas de manifestantes pró-Palestina invadem a Trump Tower

Cerca de 300 manifestantes judeus pró-palestinos ocuparam o saguão da Trump Tower, em Nova York, nesta quinta-feira (13), para protestar contra a prisão do estudante ativista Mahmoud Khalil. Pelo menos 98 pessoas foram presas enquanto pediam a libertação do estudante.

No momento, a prisão de Khalil está sob custódia imigratória na Louisiana. O estudante da Universidade Columbia havia sido detido no sábado (08) e gerou indignação por parte de legisladores democratas e representantes da esfera civil.


Vídeo do protesto realizado pelos ativistas pró-Palestina (Reprodução/X/@taliaotg)

Organização responsável pelo protesto

O protesto foi realizado pelo Jewish Voice for Peace, uma organização judaica progressista antissionista. De acordo com o grupo, eles estão “tomando a Trump Tower para registrar nossa rejeição em massa”.

Não vamos ficar de braços cruzados enquanto este governo tenta criminalizar os palestinos e todos aqueles que pedem o fim do genocídio financiado pelos EUA contra o povo palestino perpetrado pelo governo israelense

Jewish Voice for Peace via X (Antigo Twitter).

Apesar das prisões, o vice-prefeito da segurança pública de Nova York, Kaz Daughtry, garantiu à Fox News que não houve feridos e que todos os manifestantes foram retirados do prédio.

Trump quer usar Khalil como exemplo

Uma das promessas de campanha da campanha presidencial de Donald Trump foi a deportação em massa de ativistas estrangeiros que participaram da onda de protestos ativistas palestinos que ocorreram nas universidades americanas em 2024.

Assim, Trump afirmou que a prisão de Khalil foi a “primeira de muitas que virão”.

Os protestos criticam as medidas violentas que o exército de Israel usou na faixa de Gaza durante a guerra com a Palestina.

O estudante Mahmoud Khalil, que é residente legal dos EUA, tem sido o principal símbolo dos protestos pró-Palestina no país. As manifestações estiveram presentes em dezenas de universidades americanas durante o ano passado.

Obra de Picasso é coberta por foto da guerra em Gaza por ativistas na National Gallery, em Londres

Nesta quarta-feira (9), dois ativistas pertencentes ao grupo Youth Demand, cobriram a obra de Picasso na National Gallery, em Londres, com uma foto de uma mãe e seu filho, vítimas dos ataques Israelenses em Gaza.

Ativistas em Londres

A foto de uma mãe com o filho ensanguentado nos braços foi colocada na frente do quadro “Maternidade”, pintado pelo artista em 1901. O protesto organizado pelo grupo ativista durou apenas alguns segundos, tempo necessário para que o segurança do museu retirasse a foto e interrompesse o protesto. 


Momento em que ativista derrama tinta vermelha no chão da National Gallery (Foto: reprodução/Instagram/@_youthdemand)

Segundo os vídeos publicados pelo próprio grupo, além da foto, uma das ativistas joga uma lata de tinta vermelha no chão enquanto os seguranças já estavam no local.

Um dos manifestantes, enquanto era apreendido pelos seguranças, gritava “Palestina livre”. A outra manifestante no chão, dizia em alta voz: “O governo do Reino Unido é cúmplice de genocídio. As armas fabricadas no Reino Unido estão a ser utilizadas para matar crianças palestinas, as suas mães e famílias inteiras (…)”

A National Gallery, através do jornal britânico Daily Mail, afirmou que não houve estrago nas obras de arte do museu e a sala onde aconteceu o protesto estava, até o momento da publicação, fechada ao público.

O grupo ativista Youth Demand vem protagonizando diversos protestos contra o governo do Reino Unido. A última grande manifestação havia acontecido em julho, em frente ao Cenotáfio de Londres.

Números da Guerra

Neste domingo (06), o governo do Hamas divulgou um balanço com cerca de 42 mil mortos e 100 mil feridos desde o início dos ataques, há mais de um ano. Entretanto, os números podem ser maiores, visto que há uma grande dificuldade de busca nos escombros.

Transporte de ajuda humanitária em píer da Faixa de Gaza é retomado pela ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU), retomou, na última sexta-feira (17), o transporte da ajuda humanitária enviada à Faixa de Gaza. Os recursos chegam à costa da região através de um píer construído pelos Estados Unidos; o processo ficou interrompido por dois dias devido à intercepção dos caminhões de ajuda.

Retomada do transporte

De acordo com a CNN, o recebimento de ajuda através do píer voltou a acontecer durante um momento de crescimento da pressão sobre Israel para que seja permitida a entrada de mais ajuda humanitária ao povo da região da Faixa de Gaza. Segundo o veículo, a fome espreita o local.


Palestinos aguardam chegada de ajuda humanitária na costa da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Getty Images embed)


A ONU, por sua vez, diz que o transporte dos suprimentos por terra é a forma mais “viável, eficaz e eficiente” no momento para combater a crise humanitária. A organização afirma que são necessários 500 caminhões por dia para entrar em Gaza; por conta do planejamento de uma nova rota, os transportes ficaram parados por dois dias.

Distribuição de alimentos suspensa

Na última terça-feira (21), a agência da ONU para refugiados palestinos afirmou que a distribuição de alimentos em Rafah foi suspensa. A cidade fica no sul da Faixa de Gaza e a paralisação ocorreu devido a falta de suprimentos e segurança.

Os ataques de Israel nos extremos norte e sul de Gaza neste mês restringiu de forma drástica o fluxo de ajuda à região, levando ao aumento do risco de fome no território palestino. Centenas de milhares de pessoas saíram em êxodo de suas moradias.


Refugiados de Rafah em acampamento (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, em uma coletiva em Genebra, para que Israel permitisse a entrada de auxílio no território, uma vez que o povo corre risco de fome. A passagem de fronteira de Rafah situada entre Gaza e o Egito foi fechada por Israel no dia 7 de maio, com isso, ficou impedido o recebimento de auxílio humanitário e a entrada e saída de pessoas.

Alunos de Harvard são impedidos de receber diploma após protesto pró- Palestina

13 alunos que participaram de um protesto pró- Palestina foram impedidos de receberem seus diplomas de formatura pela Universidade de Harvard, de acordo com a CNN. A medida anunciada pela instituição nesta semana resultou em críticas por parte dos alunos.

Nas últimas semanas, ondas de protestos em solidariedade ao povo palestino se espalharam pelos campi de universidades ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, segundo cobertura feita pela CNN, vários manifestantes foram presos e sofreram violência tanto de grupos contrários à manifestação quanto das forças de segurança pública.


Acampamento pró-palestina no campus da Universidade de Harvard (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Sem formatura para os manifestantes

Nesta quinta-feira (23), durante a cerimônia de formatura, os alunos de Harvard manifestaram contra a decisão da Universidade de não permitir que os estudantes que protestaram a favor da Palestina se formem. Apesar da movimentação, o conselho de direção da instituição rejeitou a recomendação dos membros da faculdade para permitir a graduação dos jovens.


Estudantes protestam à favor do povo palestino em Harvard (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Harvard emitiu uma nota em que alega que os alunos não estão em uma “boa situação” na universidade ou que estão enfrentando ações disciplinares e, portanto, são inelegíveis para receberem os diplomas. Segundo a CNN, a universidade não esclareceu quantos são os alunos que enfrentam as ações disciplinares.

Tentativa de acordo

De acordo com o veículo, os estudantes tentariam realizar um acordo com Harvard ainda no início da semana e a própria universidade havia dito que reverteria as suspensões. Mais de 20 alunos estavam nessa lista e seria ofertada leniência a 60 alunos que passam por ações disciplinares, segundo a instituição.


Protesto em Harvard logo após Israel ordenar a evacuação da Faixa de Gaza em outubro de 2023 (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O acampamento pró-palestino permaneceu montado no campus por quase três semanas e foi desmontado no final de abril. O pedido dos manifestantes, segundo a CNN, era de que a universidade investisse menos em organizações israelenses e aplicasse os recursos nos interesses palestinos.

Presidente do Irã ameaça dilacerar Israel em caso de novo ataque

O conflito entre Israel e Palestina se intensifica e agora um novo líder entra no ramo das ameaças por incitação: Ebrahim Raisi, após declarações feitas nesta terça-feira (23) à agência oficial de notícias IRNA, demonstrou que há mais poder de fogo no Irã do que ele se propõe a usar. 

Declarações 

Conforme Raisi, presidente do Irã, um ataque ao seu território traria drásticas mudanças ao cenário de guerra, uma vez que, caso Israel ataque o Irã, nada restaria do “regime sionista”. Imperando uma ameaça de suposto poder de fogo disponível à nação iraniana. 

Uma tentativa de reacender laços antigos queimados pelo fogo da guerra é efetuada entre Paquistão e Irã, que começou nesta segunda-feira (22) com uma visita de Raisi ao país vizinho. Na viagem, o presidente do Irã prometeu impulsionar o comércio entre as nações vizinhas em US $10 bilhões ao ano.

As relações vizinhas estão mais fragilizadas do que nunca, uma vez que a retaliação constante – como a de 13 de abril, pelo suposto ataque Israelense em 1° de abril – míngua a força do elo já distante por conflitos antigos e históricos, tornando a relação entre os países ainda mais complicada e sensível.


Carcaça de míssil iraniano interceptado por Israel no ataque de 13 de Abril (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Raise, em seu discurso, acrescentou que a República Islâmica do Irã manterá seu apoio à resistência palestina, honrosamente. 

Novo ataque, nova movimentação 

Nesta sexta-feira (19) um ataque áreo atingiu a região central do Irã como resposta as perigososas retaliações entre o país islâmico e Israel, demonstrando uma movimentação perigosa entre ambos os países, principalmente após a última declaração de Raisi, presidente do Irã, nesta terça-feira (23). 

Conforme informações de um oficial dos Estados Unidos através da CNN, o ataque é de raíz israelense, o que estreita ainda mais a relação entre as nações e ainda traz a luz uma guerra que antes acontecia por baixo dos panos, aflorando o receio público de um possível conflito regional mais amplo e marcado por retaliações.

Segundo informações de um oficial de Teerã, capital iraniana, às defesas aéreas contaram três drones após avisos de explosões nas proximidades de uma base militar, na região central do país. 

O ataque foi negado através da rede social ‘X’, onde Hossei Delirian, porta-voz do Centro Nacional de Ciberespaço do Irã se manifestou, afirmando que nenhum míssil foi reportado. 

Contribuindo a narrativa, um comandante militar sênior do Irã afirmou que o forte estrondo foi causado por sistemas de defesas aéreas disparadas contra um objeto suspeito. Não houve danos ou incidentes, conforme dito por ele através de informações da agência de notícias Tasnim, aliada do governo iraniano. 

As autoridades iranianas têm se empenhado em amenizar o seguimento do acontecimento, agora tido como incidente, o que não descarta a possibilidade da nomenclatura evoluir para uma retaliação direta. Israel também não aderiu às responsabilidades pelo incidente.

Joe Biden configura mortes de trabalhadores de ONG em Gaza como “inaceitáveis”

Nesta quinta-feira (4), um comunicado emitido pela Casa Branca revelou detalhes da conversa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A ligação telefônica entre os líderes ocorreu após a tragédia envolvendo sete funcionários da ONG World Central Kitchen.

No relato compartilhado pelo representante Antony Blinken, Biden classifica as mortes como “inaceitáveis”. Além disso, o presidente exige que Israel tome medidas mais concretas de proteção, tanto para os cidadãos resididos em Gaza, quanto aos voluntários que permanecessem no local para auxiliar nas ajudas humanitárias.

Joe ainda teria reforçado a ideia do cessar-fogo entre o conflito Israel e Palestina – o qual vem defendendo em seus discursos nos últimos meses, assim como outros países.

Posicionamento dos EUA acerca de Israel pode mudar

Ainda segundo o comunicado da Casa Branca, Joe Biden foi firme ao relatar que, se as melhorias acerca das condições de segurança destas pessoas não forem providenciadas, o posicionamento dos Estados Unidos de continuar apoiando o governo israelense pode sofrer alterações.

O ataque horrível dessa semana aos agentes humanitários da World Central Kitchen não foi o primeiro do tipo, mas tem que ser o último. Se não virmos Israel fazendo as mudanças que devem ser feitas, nós mudaremos a nossa política com eles.

Antony Blinken

Entretanto, não foi dito ao certo quais ações políticas o país de fato pretende tomar em relação ao acontecido. No momento, eles esperam apenas uma atualização acerca das atitudes do governo de Israel.

O que aconteceu com os funcionários da ONG na Faixa de Gaza


Comunicado da World Central Kitchen sobre as vítimas do ataque ocorrido na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Instagram/@wckitchen/@chefjoseandres)

Na última segunda-feira (1), um veículo que transportava funcionários da ONG World Central Kitchen (WCK) foi atingido por um ataque aéreo comandado pelo exército israelense. Segundo os responsáveis gerais pela ONG, o transporte já havia passado por uma identificação previamente na região de Gaza.

Ao todo, foram sete mortes confirmadas – três britânicos, uma australiana, um estadunidense e canadense, um polonês e um palestino. A WCK foi fundada pelo chef de cozinha espanhol José Andrés.

Nos últimos meses, a ONG vem traçando uma longa jornada de fornecimento de recursos alimentícios para cidadãos que vivem em situações precárias nos arredores da Faixa de Gaza.

EUA pretende construir uma doca do tamanho de estádio de futebol para ajudar Gaza

Com os ataques recentes do grupo Hamas a faixa de gaza, os Estados Unidos anunciaram a construção de uma doca flutuante para entrega de alimentos ao povo israelense. O plano é enviar aproximadamente 2 milhões de refeições. A base está atualmente em frota para sua construção, que terá 548 metros de extensão. O tamanho é comparado a grandes estádios.

 O cais marítimo está sendo construído pelo governo estadunidense em junção com a empresa privada “Fogbow”, comandada por Sam Mundy, ex tenente-coronel do corpo de fuzileiros navais, que comandou missões no oriente médio, e Mick Murloy, ex oficial paramilitar da Cia. A doca será feita de segmentos de aço, uma ponte, um cais de duas pistas e 12 metros de peças interconectadas unidas e fixadas à costa. 

Carregamento do M/V Roy Benavidez para envio de ajuda à Faixa de Gaza( Foto: Haley Britzky/CNN)

Quando a plataforma ficar pronta, navios de carga vão entregar os suprimentos ao caís, depois eles serão descarregados em uma série de barcos e navios de pequeno porte, conhecidos com ‘’LSVs’’ ou ‘’navios de apoio logístico’’, que fazem o envio a terra. 

O processo é realizado dessa maneira para evitar que o exército americano entre no território de Gaza, o formato ja foi utilizado em outras operações estadunidenses, em situações aproximadas em países como Somália, Haiti, América central e Kuwait, por exemplo. O projeto tem o nome de “Joint Logistics Over-the-Shore”, ou “JLOTS”, em tradução literal seria algo como “logística conjunta além da costa”.

Carregamento do M/V Roy Benavidez para envio de ajuda à Faixa de Gaza (Foto: Haley Britzky/CNN)

  Atualmente as peças estão sendo enviadas através de navio a caminho do leste do mar mediterrâneo, um deles é o Benavidez  com  44 tripulantes saindo do estado Virgínia. A expetativa é que a obra finalize no prazo de 2 meses, com a previsão de ter uma média de mil soldados trabalhando na plataforma.  

Exército israelense é novamente acusado de matar cidadãos palestinos que buscavam ajuda humanitária

Mais um embate envolvendo as tropas do governo de Israel e os cidadãos palestinos que se encontram na região da Faixa de Gaza apresenta notoriedade na mídia . Desta vez, novas vítimas foram feitas durante uma entrega de recursos humanitários ocorrida na noite da última quarta-feira (13) na cidade de Kuwait – na região sul da Gaza. Aparentemente, soldados teriam disparado uma série de tiros contra a população que estava à espera destas cestas básicas.

Relatos de cidadãos que presenciaram o fato

De acordo com informações concedidas para o veículo CNN, um médico do hospital local Al-Shifa chamado Fathi Obaid, alegou que pelo menos sete palestinos vieram a óbito e mais de 80 pessoas ficaram feridas. O centro médico também enfrentou problemas devido a superlotação e falta de equipamentos necessários.

Ainda para a CNN, um paciente que estava presente no hospital, Nimr Abu Atta, afirmou ter sido atingido no estômago por um “tiro de um tanque israelense”.  Nimr explicou que esta região de Kuwait fica bastante povoada nos dias de entrega dos caminhões de ajuda humanitária e que o desespero para buscar os alimentos é sempre grande.

Abu Atta perdeu a mulher no conflito entre Israel e Palestina há dois meses e hoje cuida sozinho dos sete filhos do casal. Ele foi atingido no exato momento em que recolhia um pacote de farinha.

Caso parecido ocorrido no mês passado


Ajuda humanitária em Gaza (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Como mencionado anteriormente, esta não é a primeira vez que os habitantes da Faixa de Gaza mencionam tal violência por parte das tropas israelenses. Em 29 de fevereiro deste ano, durante uma fila de distribuição de recursos básicos, uma multidão foi dispersada com tiros de oficiais de Israel. Mais de 110 pessoas morreram e 700 apresentaram algum tipo de ferimento.

Na época, as autoridades do país justificaram ter agido por “legítima defesa”, além de alegarem que as mortes foram causadas devido ao caos e desorganização das filas de distribuição. No entanto, o Hamas, grupo extremista Palestino, apontou que as tropas inimigas teriam se sentido ameaçadas e, por isso, programaram os disparos. A ONU e os Estados Unidos se disponibilizaram a entender e investigar a fundo sobre o acontecido.

Em relação ao caso mais recente do suposto tiroteio, ainda não houve nenhum pronunciamento oficial das Forças de Defesa de Israel. O impedimento de veículos jornalísticos e outros meios de comunicação à Faixa de Gaza também impossibilita a precisão das informações de maneira imediata.