Novo Ensino Médio é aprovado pela Câmara com base em carga horária de matérias obrigatórias

Nesta quarta-feira (20), foi aprovado pela Câmara o projeto que aplica mudanças ao Novo Ensino Médio. A medida foi um pedido realizado pelo MEC, acolhido pelo relator que ampliou ensino de disciplinas clássicas e poderá ser reduzido no Ensino Técnico. A proposta agora segue para análise e aprovação do Senado

Detalhes da proposta

Em outubro do ano passado foi enviado para o Congresso um projeto de lei que tem como intenção ajustar detalhes do novo Ensino Médio, medida que foi aprovada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). O deputado Mendonça Filho, como relator, realizou a apresentação de seu relatório sobre as propostas feitas pelo MAC (Ministério da Educação), exibindo alterações em alguns pontos, entre eles a carga horária para matérias obrigatórias, sendo esta uma ação que não promoveu agrado entre os governistas.


Instituição de ensino (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Outro ajuste realizado foi a questão do ensino da língua espanhola que, diferentemente do projeto enviado pelo governo, agora é uma matéria facultativa, ou seja, não obrigatória. “A proposta do governo defendia o Espanhol como segunda língua obrigatória. Mas não dá para você encaixar dentro das 3 mil horas a obrigatoriedade de duas línguas estrangeiras. O Espanhol será a língua preferencial, mas a obrigatoriedade de uma segunda língua estrangeira ficará a cargo de um sistema estadual de educação”, exclamou Mendonça Filho.

Outro ponto defendido pelo relator foi o ensino à distância de matérias cruciais como matemática, química e algumas outras, frisando que ao excluir este tipo de modalidade de ensino, jovens que vivem em áreas remotas estão sendo prejudicados, além de ressaltar que o Brasil não pode ser raciocinado a partir apenas dos grandes centros urbanos.

Resolvendo questões

A distribuição das horas/aulas do Novo Ensino Médio é a principal pauta a ser resolvida entre o MEC e o Congresso, envolvendo tanto disciplinas obrigatórias quanto as optativas. Mendonça Filho insistiu em manter a base estrutural da Reforma do Ensino Médio que foi sancionada em 2017, que prevê mil horas anuais, ou seja, três mil horas ao longo de todo o Ensino Médio.


Alunos em sala de aula (foto: reprodução/Getty Images Embed)


Porém, em seu relatório apresentado em dezembro, o mesmo defendeu uma redistribuição da carga horária, partindo da formação geral básica de 1.800 horas – modelo atual – para 2.100 horas. Porém, o número citado ainda está abaixo do defendido pelo MEC, de 2.400 horas. Após a realização de negociações, o relator acatou o pedido e firmou a formação geral básica com 2.400 horas de carga horária mínima.

CEOs da principais redes sociais falam sobre segurança de menores em suas empresas

Cinco das principais empresas de mídia social estarão em Washington nesta quarta-feira (31) para testemunhar em uma audiência do Comitê Judiciário do Senado sobre segurança infantil. O grupo enfrentará os parlamentares para falar sobre seus esforços na proteção dos adolescentes que utilizam seus serviços.


Senado dos EUA vai debater sobre a segurança nas redes sociais
(foto: reprodução/Instagram/@ussenatephoto)

Grupo de peso

O grupo será composto por Mark Zuckerberg, CEO da Meta; Evan Spiegel, CEO da Snap; Shou Chew, CEO da TikTok; Jason Citron, CEO da Discord; e Linda Yaccarino, CEO do X (antigo Twitter). Eles irão enfrentar os legisladores e discutirão seu histórico de exploração infantil em suas plataformas. Isso ocorre num momento em que o Congresso dos Estados Unidos está cada vez mais atento às plataformas de mídia social.

A medida visa proteger os jovens e adolescentes, à medida que surgem cada vez mais evidências sobre como as redes sociais podem prejudicar a saúde mental dos jovens e disseminar conteúdos muitas vezes prejudiciais, com o cyberbullying sendo um dos temas a serem debatidos na audiência.

Embora no passado tenham ocorrido audiências com o mesmo propósito, estas não demonstraram resultados claros. Esta será a primeira vez em que Spiegel, Yaccarino e Citron serão ouvidos diretamente para abordarem a segurança de suas redes.

Chew já foi ouvido anteriormente em uma audiência que, na época, teve grande visibilidade midiática. Os legisladores questionaram sobre o histórico de segurança do TikTok e suas ligações com a China no passado, chegando até mesmo a ameaçar o banimento do aplicativo nos Estados Unidos, num momento de alta tensão entre os dois países.

CEO da Meta deve ser um dos mais pressionados

Zuckerberg, que já tem certa prática com esse tipo de audiência, deve ser o mais pressionado pelos legisladores. Documentos do processo alegaram que a Meta fez vista grossa para crianças menores de 13 anos que estavam utilizando seu serviço e que a empresa fez pouco para impedir que adultos assediassem sexualmente crianças e adolescentes no Facebook. Esta deve ser a acusação mais grave debatida na audiência.


Mark Zuckerberg CEO da Meta deve ser um dos mais pressionados
(foto: reprodução/Instagram/@zuck)

O caso continuará por um tempo, já que, mesmo após audiências anteriores, as redes nunca demonstraram claramente quais medidas foram tomadas para melhorar a proteção de menores de idade que usam seus produtos.