Tendências para a primavera/verão da Copenhagen Fashion Week 2025

Nesta última sexta-feira (08), a Copenhagen Fashion Week chegou ao fim com uma série de novidades para a moda da primavera e verão de 2026. A semana de moda em Copenhague, na Dinamarca, é conhecida pela sua sustentabilidade e diversidade, seja de estilo e de beleza, a tornando a mais diferente de todos os grandes circuitos de moda. 

Entre looks clássicos, as marcas e estilistas que participaram do circuito de moda trouxeram ousadia e simplicidade, que prometem ser tendência na primavera e no verão de 2026.

Chinelo de dedo + alfaiataria

As estilistas Stephanie Gundelach e Awa Malina Stelter, da Opéra Sport, uniram peças de alfaiataria com uma peça ousada para esse tipo de roupa: chinelos de dedo. Essa inovação aconteceu em parceria com a Havaianas, marca já conhecida pelos brasileiros, e trouxe toque de humor, mas de inovação e leveza para os looks da próxima estação. 


Modelos usaram slip dress com chinelos de dedo no desfile da Opéra Sport (Foto: reprodução/Instagram/@operasport__)

Essa mesma combinação já foi tendência no street style do circuito esse ano na cidade dinamarquesa.

Bolsas lúdicas

Unindo o lúdico e o street style, algumas marcas trouxeram modelos de bolsas lúdicas e divertidas para combinar com looks de street swear, como a Anne Sofie Madsen e a Baum and Pferdgarten. Alguns modelos remetem a bolsas usadas nos anos 2000.


Convidada usa uma bolsa de pelúcia de cachorro na Copenhagen Fashion Week (Foto: reprodução/Christian Vierig/Getty Images Embed)


O estilo também foi visto no street style, como fora do desfile da Marimekko e outros, trazendo modelos mais ousados e divertidos.

Paetês e pedras

As saias maxi, que já eram destaque em outras passarelas com o estilo clean girl, sofreram uma repaginada com a adição de paetês e pedras preciosas.


Modelos usaram saias maxi com paetês no desfile da Munthe na Copenhagen Fashion Week (Foto: reprodução/Instagram/@muntheofficial)

A Munthe e a Dalsjo trouxeram o maximalismo nas passarelas, incluindo essa peça que era vista como minimalista e neutra.

Short curtinho

Pele à mostra também foi algo muito utilizado nas passarelas e no street style da Copenhagen Fashion Week, sendo muito usada com shorts curtinhos. Modelos como de alfaiataria e até mesmo de ballet foram encurtados.


Modelo desfila com mini short de flanela com renda no desfile da ROTATE Copenhagen Fashion Week (Foto: reprodução/ Matt Jelonek/Getty Images Embed)


Além da Rotate, a Cecilie Bahnsen, que trouxe delicadeza aos looks com os mini shorts, e a CMMN SWDN, trouxeram essa peça para as passarelas, combinando tipos de estilo em algo único para a próxima estação.

Street wear domina Copenhagen FW

A Copenhagen Fashion Week é um dos eventos de moda mais aguardados no calendário — e não é para menos, neste ano, todo o glamour não está somente na passarela, mas também nos looks criativos nas ruas. Chinelos de dedo, saias maxi e contraste de cores são apenas algumas das coisas vistas nas ruas durante o evento.

Chamaram a atenção

Um dos grandes protagonistas da semana foram os chinelos e sandálias de dedo. Muito além do conforto, as peças foram usadas como um statement de estilo. Combinado com calças ou meias largas, blazers oversized e até mesmo vestidos esvoaçantes, a escolha reflete que a criatividade e o estilo estão além da passarela.

Outro destaque foi para a camisaria, sempre um clássico nos desfiles e no vestuário dos stylists. A peça aparece cada vez mais oversized e menos arrumadinha, deixando o look casual e elegante ao mesmo tempo.

As saias e calças usadas foram um evento à parte, com muita sobreposição, transparência e renda, elas são um contraste com o estilo frequente de Copenhagen. A proposta, apesar de simples, tem um equilíbrio perfeito do estilo clássico com o confortável. 



Coletanea feita pela FFW com looks usados na Copenhagen FW (Foto: reprodução/Instagram/@ffw)


A semana de moda

A Copenhagen Fashion Week iniciou em 2006, a partir de eventos menores de moda que já aconteciam por lá. Hoje, a semana de moda de Copenhagen (CPHFW) acontece duas vezes por ano, em fevereiro com as coleções de outono/inverno e em agosto com a linha primavera/verão.

Trazendo visibilidade à estética nórdica com o design minimalista, funcional e atemporal, a CPHFW também tem um grande compromisso com a sustentabilidade, sendo a primeira semana de moda a exigir que todas as marcas que participarem do evento sigam um padrão rigoroso de responsabilidade ambiental.

Em suma, a Copenhagen Fashion Week vai além do que é desfilado, tanto o street style, com a estética que valoriza o contraste e faz a moda se tornar mais acessível, quanto a pegada sustentável. No fim, a moda que mais chama a atenção é aquela que se pode reaproveitar.

Chapéu de crochê domina a Copenhagen Fashion Week

A Copenhagen Fashion Week deste ano, teve início dia 05 de agosto e um acessório artesanal roubou a cena: o chapéu de crochê, com referências históricas do início do século XX, o modelo agora ganha novas versões e vira uma alternativa mais refrescante em comparação com os chapéus tradicionais.

Chapéu de crochê

O acessório tem suas raízes nos protetores de cachos usados à noite pelas mulheres do final do século XIX e início do século XX, com o passar dos anos evoluiu para os famosos flappers dos anos 1920 e toucas de banho nos anos 1950. A peça ainda aparece nos anos 1970 com os movimentos hippies, e mais recentemente nos anos 90/2000, foi usada por várias celebridades.

Leon Gray é estilistas das estrelas e comentou sobre a tendência: Ver essa emergente tendência de chapéus trançados me fez lembrar imediatamente da icônica assistente de moda Andie Sachs, do filme ‘O Diabo Veste Prada’. Combinado com um casaco trapézio no filme, ele evoca uma sensação dos anos 60, o que é uma maneira divertida de apresentar esse estilo de cabeçote”

A marca originária de Luxemburgo, Kroon 02, foi um dos destaques com seus chapéus de crochê adornados com franjas, ráfia e cristais.


Famosas usando chapéus de crochê recentemente (Foto: reprodução/ Getty Imagens Embed)


Copenhagen Fashion Week

Criada em 2006, é o principal evento de moda escandinava, ocorrendo duas vezes por ano na capital dinamarquesa. O evento se consolidou como um dos maiores eventos de moda do mundo, sendo referência no quesito moda sustentável.

Em 2020, a organização anunciou um plano de sustentabilidade que exige que todas as marcas participantes sigam um rigoroso padrão ecológico até 2023, como o uso consciente de materiais e a redução nos números de emissões de carbono. Além de promover estilistas e marcas nórdicas como: Ganni, Saks Potts, Stine, o evento também chama atenção com seus desfiles criativos e street style bem marcado

Copenhagen Fashion Week traz inovação e sustentabilidade

A Copenhagen Fashion Week Primavera/Verão 2026 promete movimentar o calendário mundial da moda entre hoje (4) e quinta-feira (7), reunindo marcas que misturam a tradição escandinava com inovação e modernidade. Com forte compromisso com a sustentabilidade, a semana de moda nórdica combina o que a moda consciente com as passarelas e o street style.

A edição primavera/verão 2026 traz um line-up que equilibra volta de nomes, como Freya Dalsjø e novos talentos na semana nórdica, como Anne Sofie Madsen. Entre desfiles, apresentações e representatividades culturais, o evento reforça o protagonismo nórdico entre as maiores semanas de moda do mundo. 

Novidades e retornos

A temporada traz uma mistura equilibrada entre grandes nomes e emergentes, destacando o compromisso da CPHFW com a ampliação da representatividade nórdica. Anne Sofie Madsen realiza o début de sua marca na semana, após oito anos da sua estreia nas passarelas e é um dos novos talentos a serem apresentados.


Temporada Autumn/Winter 2025 da CPHFW (Foto: reprodução/Instagram/@cphfw)


Já Freya Dalsjø retorna a semana da CPHFW após ficar fora por seis anos. Seu retorno acontece no primeiro dia dos desfiles (4 de agosto), trazendo sua importância à moda nórdica novamente para as passarelas. 

A icônica Cecile Bahsen celebra os 10 anos de sua marca na edição, com desfile programado para o último dia (7), sendo uma das últimas a fecharem a semana da Copenhagen Fashion Week.

Além de inovações nas passarelas, a CPHFW também traz inovações em seu espaço, promovendo o Creative Hub, espaço dedicado à expressão artística, instalações e trocas culturais.


Creative Hub (Foto: reprodução/Instagram/@cphfw)


Line-up da Copenhagen Fashion Week Primavera/Verão 2026

4 de agosto (segunda-feira)

OpéraSport;

Forza Collective;

Ranra;

Swedish School of Textiles;

Bonnetje;

Freya Dalsjø;

P.L.N;

Caro Editions.

5 de agosto (terça-feira)

Rave Review;

Taus – Show (One to Watch);

Skall Studio;

Han Kjøbenhavn;

Berner Kühl;

Rolf Ekroth;

Alis.

6 de agosto (quarta-feira)

Rabens Saloner;

Herskind;

The Garment;

Stem;

MKDT Studio;

Stel;

Henrik Vibskov;

Kamo;

Gestuz;

Baum und Pferdgarten;

Sunflower.

7 de agosto (quinta-feira)

The Royal Danish Academy;

Aiayu;

Cmmn Swdn;

Birrot;

Marimekko;

Cecilie Bahnsen;

Fine Chaos;

Nicklas Skovgaard;

Deadwood;

Rotate.

Estilo de beleza ‘messy girl’ é a aposta na Copenhagen Fashion Week

A Copenhagen Fashion Week marca o início do calendário das semanas de moda e é sempre considerada uma das mais inovadoras e descoladas. Este ano, a estética messy girl — inspirada em figuras como Charli XCX e seu álbum BRAT — ultrapassou a bolha da internet e conquistou as passarelas da capital dinamarquesa.

A contracultura ‘messy girl’

Em uma era em que Charli XCX, com BRAT, e músicas como Messy, de Lola Young — que descreve a sensação de estar à margem dos padrões — ganham força, essa estética se consolida. Após um longo reinado dos sleek back buns, do no-makeup makeup e da estética clean girl, a messy girl emergiu como uma contracultura, crescendo nas periferias da moda até conquistar os espaços mais prestigiados, destronando o estilo anterior.


Charli XCX na estética ‘messy girl’ (Foto: Reprodução/Instagram/@charlixcx)

A estética messy girl não está tão distante da clean girl quanto parece à primeira vista. Ambas compartilham a valorização dos cabelos e maquiagens naturais, mas com abordagens opostas. Enquanto a clean girl busca um visual impecável — onde tudo precisa parecer saudável e perfeito, ainda que de forma artificial —, a messy girl abraça o desleixo intencional. Aqui, o frizz, os fios sujos ou soltos sem a necessidade do sleek back bun são bem-vindos. Na maquiagem, a pele permanece crua, sem base para esconder imperfeições, variando entre o rosto realmente limpo ou olhos borrados. Na messy girl, as imperfeições não só são aceitas, mas também se tornam parte do charme.

Principais traços encontrados na CPHFW

Os cabelos naturais e a ausência de maquiagem foram protagonistas na estética das passarelas. No desfile da Birrot, por exemplo, ambos estavam em destaque entre as modelos. Esse visual minimalista na beleza cria um contraste interessante com as roupas estruturadas e elaboradas, trazendo um equilíbrio entre a rigidez das peças e a leveza da expressão pessoal.


Modelo na passarela da Birrot (Foto: Reprodução/Instagram/@birrot)

Já na passarela da Deadwood Studios, o gel e o lápis preto foram incorporados ao visual, trazendo uma abordagem mais ousada. Cabelos com aspecto de sujo e maquiagem borrada evocam a estética grunge dos anos 90, adicionando mais uma camada à messy girl. Ainda assim, a naturalidade permanece essencial — mesmo que seja uma versão dela que não agrade a todos.


Modelo na passarela da Dedwood Studios (Foto: Reprodução/Instagram/@deadwood)

A ascensão da messy girl reforça como a moda e a beleza estão sempre em diálogo com os movimentos culturais e sociais. Em contraste com a busca pela perfeição da clean girl, essa nova estética abraça o imperfeito, o espontâneo e até o caótico, sem deixar de ser intencional. Seja nas passarelas de Copenhagen ou no street style, o visual desalinhado, mas cheio de atitude, prova que a autenticidade segue sendo a maior tendência.

Pelúcias dominam passarelas e street style na Semana de Moda de Copenhague

Após conquistar destaques nas bolsas, os bichos de pelúcia agora também estão ganhando espaço nas roupas. A nostalgia, que tem sido a tendência favorita na moda nos últimos anos, continua a influenciar o estilo. Desta vez, o retorno ao passado traz um dos símbolos mais afetivos da infância e juventude para os looks das passarelas e do street style.

Essa tendência começou a ganhar força com os penduricalhos fashionistas que apareceram nas bolsas da coleção de verão de 2024 da Miu Miu. Em seguida, as pelúcias que apareceram em formato de roupa durante a Semana de Moda de Copenhague, no desfile da (di)vision.

Roupas com bichos de pelúcia

O estilista da (di)vision, Simon Wick, deixou bem claro que as pelúcias trazem muita individualidade e personalidade para o look, de forma divertida. E foi exatamente isso que vimos na passarela.


(di)vision para a Semana de Moda de Copenhague (Foto: Reprodução/Instagram/@di_vsn)

A marca apresentou looks inéditos com elementos diferentes. Além de um top totalmente personalizado com bichos de pelúcia, a calça jeans também foi customizada com bichinhos, permitindo adicionar um toque de cor e diversão para a produção.


Lívia Nunes para a (di)vision na Semana de Moda de Copenhague (Foto: Reprodução/Instagram/@marlonbrambilla)

A influenciadora brasileira Lívia Nunes também marcou presença na (di)vision. A it girl desfilou usando um body preto com a bandeira do Brasil estampada no meio e, novamente, podemos ver acessório de pelúcia no cinto usado por ela.

Bolsas repletas de acessórios

A ideia é dar um toque diferente à sua bolsa favorita, personalizando ao máximo com diversos acessórios. No TikTok, essa tendência ficou conhecida como “Jane Birkinfication” e agora, essa moda saiu das passarelas e foi direto para as ruas de Copenhague, onde o street style foi marcado por bolsas decoradas com tudo, desde pelúcias até joias.


Street Style na Semana de Moda de Copenhague (Foto: Reprodução/Christian Vierig/Getty Images)

Com a popularidade da tendência, é provável que vejamos ainda mais criações que misturam o imaginário infantil com o sofisticado universo da moda. Seja através de roupas ou acessórios, os bichos de pelúcia estão se firmando como um símbolo de uma nova era de estilo, onde a nostalgia e a criatividade caminham lado a lado.

Antietarismo brilha nas passarelas da semana de moda de Copenhague

A Semana de Moda de Copenhague é amplamente reconhecida por seu compromisso com questões sociais. Na temporada de 2024, realizada de 5 a 9 de agosto, o destaque inovador foi a diversidade etária das modelos, que incluiu não apenas as jovens tradicionais, mas também uma significativa presença de modelos mais velhas.

Em muitos setores da sociedade, pessoas com mais de 60 anos frequentemente enfrentam preconceitos que levam à sua desvalorização e marginalização. Destacá-las em ambientes onde normalmente não são valorizadas é um gesto poderoso e transformador.


Desfile da marca Sinéad O’Dwyer (Foto: reprodução/Instagram/@sjodwyer)

Idosos enfrentam subestimação em várias esferas, até mesmo ao tentar ingressar em mercados de trabalho mais comuns, como o corporativo, onde muitas vezes são relegados a segundo plano. Essa dinâmica é bem retratada no filme de 2015, “Um Senhor Estagiário”. Nele, Ben, interpretado por Robert De Niro, é contratado como parte de uma cota em uma empresa. Inicialmente tratado com condescendência, como um “café com leite”, Ben acaba demonstrando sua competência ao longo da trama, ainda que sua abordagem seja diferente dos jovens colegas.

Na moda, o desafio é mais ligado à aparência. Além da idade, é essencial que a inclusão vá além do simples fator numérico e abrace as características que acompanham o envelhecimento. Fios grisalhos, rugas e mudanças corporais são marcas da vida que, quando celebradas nas passarelas, têm o poder de transformar a percepção do público, sendo reconhecidas como verdadeiras expressões de beleza.

Moda e a representação das idades

O ponto crucial do etarismo na moda está ligado às características físicas associadas à idade. Modelos como Naomi Campbell, que mantém uma posição de destaque há décadas, exemplificam essa questão. Aos 54 anos, Campbell continua a exibir uma beleza que se assemelha à de sua juventude, sem aparentar os traços típicos do envelhecimento. Sua presença constante nas passarelas evidencia como a moda muitas vezes valoriza a aparência imutável, reforçando estereótipos etários.


Naomi Campbell nos anos 80 e em 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@naomi)

Antes da Semana de Moda de Copenhague, a grife Balenciaga já havia demonstrado um compromisso com a diversidade etária ao incluir a modelo Minttu Vesola, de 54 anos. Diferentemente de Naomi Campbell, Vesola exibe orgulhosamente seus fios grisalhos. Seus desfiles e campanhas têm atraído atenção e até se tornado virais, justamente por serem uma quebra significativa dos padrões convencionais nas passarelas.


Minttu Vesota para Balenciaga em 2022; um dos looks que viralizaram nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@superminttu)

No entanto, Minttu Vesola ainda é uma exceção entre as muitas modelos que desfilam para a Balenciaga. É nesse aspecto que a Semana de Moda de Copenhague se destaca como um evento verdadeiramente exclusivo e especial. Nos desfiles dinamarqueses, as mulheres não eram apenas uma entre muitas; elas representavam uma rica diversidade de idades e características. Essa abordagem permitiu que o envelhecimento fosse integrado de maneira coesa na dinâmica da moda, celebrando a singularidade de cada modelo e rompendo com os padrões convencionais, se aproximando de mulheres reais e não só modelos de traços inalcançáveis.

Desfiles que combateram o etarismo na CPHFW

As marcas presentes na CPHFW que destacaram a inclusão de modelos mais velhas em suas passarelas foram: Skall Studio, Mark Kenly Domino Tan, A. Roege Hove, Sinéad O’Dwyer e Henrik Vibskov.


Desfile da Henri Vibskov e da Sinéad O’Dwyer (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)

Além de abordar o etarismo, algumas dessas marcas também enfrentaram outras formas de marginalização, abordando a inclusão de modelos com deficiência e promovendo uma passarela mais acessível.

Com um impacto extremamente positivo na questão social do etarismo, a Semana de Moda de Copenhague ofereceu um verdadeiro espetáculo de inclusão e quebra de padrões. O evento destacou uma ampla variedade de tipos de beleza, celebrando a diversidade etária e promovendo uma visão mais abrangente e representativa da moda.

Copenhague se destaca como centro de moda sustentável em 2024

Até esta sexta-feira (9), Copenhague se torna o centro das atenções no mundo da moda, atraindo profissionais da indústria, influenciadores e jornalistas globais. A Copenhagen Fashion Week (CPHFW) se firmou como um dos principais eventos de moda sustentáveis da Europa, apresentando 25 marcas que vão desde novos talentos a nomes estabelecidos, todas comprometidas com práticas responsáveis.

Compromisso com a Sustentabilidade

Desde sua fundação em 2006, a CPHFW tem se dedicado a promover a sustentabilidade. Sob a liderança de Cecile Thorsmark, que assumiu a CEO em 2018, o evento tomou medidas decisivas para reduzir seu impacto ambiental. Em 2020, Thorsmark lançou o plano “Reinventando a Semana de Moda de Copenhague”, que visava eliminar o uso de plásticos descartáveis.

No ano seguinte, foram implementadas regras ambientais obrigatórias para as marcas participantes, com 18 diretrizes iniciais. Em 2024, o número de normas aumentou para 19, demonstrando a contínua evolução do evento.

As novas regras incluem critérios rigorosos sobre os materiais das roupas, durabilidade, possibilidade de reparo e reutilização, além de exigirem uma grade de tamanhos inclusiva e a eliminação de peles e couros exóticos.

A influência brasileira

Nesta edição da CPHFW Primavera-Verão 2025, o Brasil marca presença significativa. O estilista João Maraschin, radicado em Londres, está entre os destaques, e a marca de cosméticos Simple Organic, conhecida por sua abordagem limpa e sustentável, tornou-se a parceira oficial de beleza do evento.

As influenciadoras também desempenham um papel crucial e Livia Nunes foi reconhecida como a influenciadora com o maior Media Impact Value da edição de 2023. Com um impacto de mídia estimado em 703 mil dólares, Livia superou a segunda colocada, que teve 210 mil dólares. Sua presença foi tão impactante que ela se tornou o rosto da marca de streetwear (di)vision no ano passado.


Livia Nunes durante Copenhagen Fashion Week (Foto: Reprodução/Christian Vierig/Getty Images)


Street style inovador

Além das passarelas, a semana de moda de Copenhague é conhecida pelo street style vibrante e autêntico que permeia a cidade. Os looks vistos nas ruas são mais experimentais e criativos, refletindo a estética escandinava e priorizando o conforto, essencial para quem utiliza bicicletas como meio de transporte. Este estilo único oferece uma perspectiva valiosa sobre as tendências emergentes e a cultura da moda.


Karin Teigl durante Copenhagen Fashion Week 2024 (Reprodução/Jeremy Moeller/Getty Images/Embed)


Com seu compromisso com a sustentabilidade e a presença marcante de influenciadores e criadores internacionais, a Copenhagen Fashion Week reafirma seu status como um evento indispensável no calendário global da moda.

Lívia Nunes desfila para a (di)vision na Copenhagen Fashion Week e lança coleção exclusiva em colab

A it girl Lívia Nunes marcou presença mais uma vez na Copenhagen Fashion Week. O desfile para a (di)vision celebra a continuação dessa parceria de sucesso que resultou na coleção em colab que será lançada em 30 de agosto.


Lívia (Foto: reprodução/@marlonbrambilla)


Durante a passagem pela cidade, Lívia fotografa a campanha em que, além de ser o rosto, assume também o styling das fotos e a direção criativa das peças. “A minha relação com a (di)vision começou em 2022, quando vim para Copenhagen pela primeira vez e conheci o Simon. No ano seguinte, estrelei uma campanha para a marca e o mood foi indescritível. Tivemos uma sintonia instantânea, pois temos em comum esse espírito jovem, divertido e que ama streetwear,” afirma Lívia.


Lívia (Foto: reprodução/@marlonbrambilla)


Lívia já é conhecida na cidade. No ano passado, a brasileira foi apontada como a influenciadora com o maior Media Impact Value™ (MIV®) da Copenhagen Fashion Week pela Launchmetrics, ferramenta que mede o impacto das comunicadoras em eventos de moda e lifestyle.

A coleção promete trazer o estilo autêntico, divertido e despojado que caracteriza tanto Lívia quanto a (di)vision, unindo o melhor do streetwear com uma abordagem inovadora e jovem. A pre order será feita por meio do site da marca.

João Maraschin estreia desfile internacional na Semana de Moda de Copenhagen

João Maraschin é um estilista gaúcho com técnicas artesanais envolvendo bordados, crochês e macramês elaborados por pessoas participantes de projetos sociais em todas as coleções. Nesta terça-feira (6), o designer brasileiro apresentou sua nova coleção em um festival internacional, o Copenhagen Fashion Week, sendo seu desfile um dos mais esperados.


Desfile de João Maraschin na Semana de Moda em Copenhagen
(Vídeo: reprodução/Instagram/FFW)


João Maraschin

Ano passado, o designer estreou no São Paulo Fashion Week e, desde então, tem se tornado cada vez mais relevante no mundo da moda de maneira a ser reconhecido e admirado ao nível internacional. 

João é um dos poucos brasileiros a se apresentarem internacionalmente na Semana de Moda de Copenhagen com sua nova coleção “ROAD TRIP”. Em entrevista à Glamour, o gaúcho revelou que está aliviado e tenso com a entrega de sua nova coleção: “Fico muito feliz com meu trabalho e de minha equipe e também com a oportunidade de trazer minha arte para Copenhagen”.


João Maraschin em Copenhagen
(Foto: reprodução/Launchmetrics Spotlight)

Ele complementa que a experiência de representar o Brasil em um evento internacional tão importante é única, uma vez que possibilita transmitir ao mundo a riqueza da cultura brasileira de uma maneira não usual, celebrando a brasilidade em um cenário global e moderno com técnicas artesanais.

Road Trip

Naturalmente, sua nova coleção “Road Trip” é uma evolução e continuação de sua coleção anterior “Home”, apresentada na Semana de Moda de São Paulo, todas elas possuem uma continuidade assinatura de João, sempre destacando o trabalho manual em suas coleções, sendo este um dos elementos essenciais da marca.


“Road Trip” de João Maraschin (Foto: reprodução/Glamour)


Definido por ele mesmo, essa coleção propõe uma viagem de carro que anda pelas vias de suas técnicas de moda preferidos e essenciais, uma mescla de macramês, estampas, crochês e tricôs, todas essas técnicas desenvolvido por comunidades de artesãs brasileiras.


“Road Trip” de João Maraschin (Foto: reprodução/Glamour)

Além do talento de João, a Simple Organiz Beauty assinou o departamento de beleza do desfile e revelou que lançará uma nova base no fim de 2024 com rótulo de clean beauty.