Governo Federal divulga cartões de resposta do CPNU, o “Enem dos Concursos”

O governo federal liberou, nesta terça-feira (10), os cartões de resposta dos candidatos que participaram do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), apelidado de “Enem dos Concursos”. Os candidatos podem consultar seus gabaritos na mesma plataforma onde realizaram a inscrição, por meio do portal gov.br (https://cpnu.cesgranrio.org.br/login). O CPNU, que centraliza as contratações para diversos órgãos do governo, é um marco no processo seletivo unificado no país.

Prova discursiva terá divulgação de notas em outubro

A partir do dia 8 de outubro, os candidatos terão acesso à imagem digital de suas provas discursivas, bem como às notas finais da parte objetiva e às notas preliminares da prova escrita. Aqueles que desejarem solicitar revisão de suas notas da prova discursiva poderão fazê-lo durante o prazo de dois dias após a divulgação. Além disso, no mesmo dia, os aprovados serão convocados para enviar títulos como pós-graduação, mestrado e doutorado, que, em alguns casos, podem ajudar a compor a nota final de determinados cargos.

O CPNU, que está sendo realizado pela primeira vez, reúne 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos públicos, com 970 mil candidatos participando das provas. A etapa de verificação para candidatos que concorrem às vagas reservadas, como pessoas negras, indígenas e com deficiência, ocorrerá até o início de novembro. Confira o tutorial de acesso ao gabarito disponibilizado pelo G1:


Passo a passo para emitir os cartões de resposta do ‘Enem dos concursos’ (Foto: reprodução/Nicole Lourenco/Arte g1)

Classificação por cargos e vagas reservadas

A lista de aprovados será organizada segundo a maior pontuação obtida por cada candidato, respeitando as reservas de vagas para grupos específicos. A Funai, por exemplo, destina 30% de suas vagas a candidatos indígenas.

Outro ponto importante é que a classificação também considerará as preferências de cargo e especialidade selecionadas pelos candidatos durante a inscrição. Se o candidato for aprovado em sua primeira opção de cargo, será eliminado das demais listas de espera.

O resultado está previsto para o dia 21 de novembro, e as convocações para posse devem ocorrer a partir de janeiro de 2025.

Ministra Esther Dweck anuncia 1 milhão de participantes na primeira edição do “Enem dos concursos”

No domingo (18), a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, informou que aproximadamente 1 milhão de candidatos compareceram às provas da primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A divulgação completa dos dados está prevista para segunda-feira (19), mas a ministra adiantou que o número de participantes está próximo de 1 milhão, com uma apuração ainda em andamento.

Dweck destacou que a taxa de comparecimento está dentro das expectativas da organização do concurso. O Distrito Federal apresentou o menor índice de abstenção, enquanto o Ceará registrou o maior. A previsão é de que a taxa de abstenção fique entre 52% e 53%, um índice abaixo de outros concursos recentes, como o do Banco Central, que teve 62% de abstenção. A ministra expressou satisfação com o resultado, que superou as expectativas iniciais.

“Cerca de 1 milhão de pessoas realizaram a prova hoje. É um número que a gente tá fechando a apuração. A gente precisa ter a resposta de todas as salas. Já temos um percentual bastante alto, mas nossa estimativa é que chegue bem próximo de 1 milhão de pessoas que realizaram a prova efetivamente”, Esther Dweck em coletiva à imprensa.

O Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)

Conhecido como o “Enem dos concursos”, é o maior em número de inscritos da história do Brasil. As provas, realizadas em mais de 200 cidades e divididas em duas etapas, visam preencher mais de 6 mil vagas em 21 órgãos federais. O gabarito oficial sairá na terça-feira (20), e as notas dos candidatos devem ser conhecidas no dia 8 de outubro, com os resultados finais previstos para um mês depois. A posse dos aprovados está agendada para janeiro do próximo ano.


candidatos a espera da prova (Foto: reprodução/Instagram/@opovocbn)

Esther Dweck informou que as provas foram aplicadas sem “nenhuma intercorrência” significativa e que o CPNU terminou tranquilamente. O Ministério da Gestão e Inovação relatou que menos de 0,2% dos locais tiveram problemas, como falta de energia, que não impactaram a realização das provas. Não houve problemas de segurança e o processo envolveu mais de 75 mil salas e 12 mil profissionais de segurança. A ministra destacou a satisfação com o desenvolvimento das provas.

“Estamos felizes com a realização da prova. Conseguimos o nosso grande objetivo que era levar esse concurso público a todo Brasil”, declarou.

Desclassificação e remarcação das provas

A ministra da Gestão e Inovação relatou que aproximadamente 500 candidatos foram desclassificados do CPNU por infringirem as regras do edital, como levar o caderno de provas ao sair do local, o que é proibido. Ela observou que essas infrações foram detectadas durante a primeira etapa do exame.

O CPNU, que estava marcado para maio, foi adiado devido a enchentes no Rio Grande do Sul, sendo impossível realizar as provas na região. O envio e recolhimento dos malotes de provas geraram custos operacionais ao governo. A reaplicação das provas custou cerca de R$ 33 milhões, menor que os R$ 50 milhões estimados inicialmente.

Nova data para Enem dos concursos deverá ser entre julho e agosto

O CPNU (Concurso Público Nacional Unificado), popularmente conhecido como Enem dos concursos, foi adiado pelo governo federal nesta sexta-feira (3). Prevista para o próximo domingo (5), a prova foi postergada em razão das enchentes no sul, principalmente, o estado gaúcho.

Início do empasse

Na data de ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teria pedido o adiamento nos locais impactados pelas chuvas. Até a noite, a data da aplicação da prova foi mantida, mas o governo iniciou um amplo debate sobre a situação dos candidatos daquela região.


Porto Alegre RS (Reprodução/instagran/@estadao)


Nesta manhã, os ministros do gabinete de crise discutiram duas possibilidades: adiar todo o concurso ou apenas no estado gaúcho. Qualquer uma das opções não agradaria a todos. Se mantivesse a data, deixando os candidatos do Rio Grande do Sul para outra oportunidade, os inscritos poderiam questionar os graus de dificuldades das provas de cada data. Se adiasse a data do exame em todo país, a grande maioria dos candidatos poderia entrar na justiça, reivindicando a taxa de incrição.

Decisão compartilhada

Após intensa discussão, o adiamento foi decidido em acordo entre Gestão, Defensoria Pública da União, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral do Estado. A ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) afirmou que o adiamento tem por objetivo preservar a integridade física das pessoas atingidas pelos efeitos das chuvas no sul e garantir a segurança jurídica da prova, para que todos os candidatos possam fazer o exame em igualdade de condições.

Sem uma data definida, podendo ser em julho ou agosto, o concurso unificado tem cerca de 2,1 milhões de inscritos. O custo do projeto é de R$ 50 milhões. Já haviam sido enviadas quase 70% das provas para os locais do exame. Espera-se que elas voltem para o lugar de origem e sirvam para o exame na nova data.