Caso Daniel Alves: câmera contida em uniforme policial grava relatos da vítima e vira prova contra o atleta

O julgamento do atleta Daniel Alves teve seu fim nesta quarta-feira (7). Além do depoimento do acusado, foram apresentadas as imagens da câmera de peito usada por um dos policiais presentes na boate, local que Alves teria agredido sexualmente uma jovem de 23 anos em 30 de dezembro de 2022.

Segundo o próprio profissional, a câmera foi acionada de maneira acidental e ele só percebeu que estava sendo gravado após algumas horas. No entanto, o registro acabou virando objeto de investigação primordial, uma vez que contém relatos da vítima. Após o ocorrido, a mulher foi conversar com o policial sobre a situação e parecia bem abalada.

Detalhes sobre os relatos coletados pela câmera

De acordo com as provas divulgadas, a jovem chorava inconsoladamente ainda dentro da boate e contou ao oficial o que tinha acontecido. Na situação, ela diz se sentir envergonhada e acuada caso não acreditem em sua versão, principalmente por ter concordado em entrar no banheiro com o jogador no primeiro instante. Em alguns momentos do vídeo, é possível ouvir frases como “ele me bateu” e “ele me jogou no chão.”

“Eu entrei de maneira voluntária no banheiro, e depois de nós darmos uns beijos, eu disse que queria sair, mas ele disse que não e fechou a trinca da porta. Ele começou a me dizer coisas desagradáveis, como ‘você é minha p*’ e também começou a me bater. Ele jogou minha bolsa no chão e tirou a minha roupa”.

Relato da jovem de 23 anos

A jovem também alega não ter interesse de denunciar Alves. Ao ouvir o desabafo da vítima, o oficial a aconselha ir para um hospital fazer exames e assegura que, ao registrar seu nome, ele somente apareceria em documentação judicial.

Por fim, o policial tenta tranquilizar a moça e diz que ela poderia sim entrar voluntariamente no ambiente privado com o jogador, mas ainda sim negar qualquer tipo de ato sexual. “É para isso que serve a lei” diz o profissional se referindo à lei espanhola intitulada “Só sim é sim”. Em dado momento, a câmera desliga por conta de sua bateria.

Os vídeos foram apresentados pela advogada da vítima junto de laudos médicos

Atrelado às filmagens, também participaram da audiência médicos e psicólogos que atenderam a jovem. Segundo os especialistas, ela parecia responder os questionamentos de forma coerente e lúcida, mas ainda tensa e nervosa pelo episódio.


Imagens feitas dentro do Tribunal da Espanha durante o julgamento do jogador Daniel Alves (Foto: reprodução/Jordi Borras/Pool/AFP/otempo.com)

Ademais, os profissionais alegaram que as escoriações no joelho apresentadas no corpo da vítima não poderiam ser totalmente determinadas como parte certeza da agressão, uma vez que era apresentado como lesão de menor profundidade. Daniel Alves está detido preventivamente há mais de um ano e espera sua sentença final após a averiguação do júri. Seguindo o Códio Penal Espanhol, se condenado, o jogador pode receber de quatro à doze anos de prisão.

Cid Moreira se defende após ser acusado de estuprar o filho adotivo

A defesa do jornalista e apresentador Cid Moreira enviou uma nota para o Portal LeoDias justificando as acusações de estupro feitas pelo filho adotivo dele. A Nota Oficial diz que: “Aos 97 anos de idade, Cid Moreira se depara novamente com uma declaração caluniosa proferida por Roger Moreira, que já o processou em outras cinco ocasiões sem êxito. Esta não é a primeira vez que Roger acusa Cid de maneira absurda e difamatória”.

Justificativa da defesa de Cid

A equipe de Cid ressaltou que esta é a quinta vez que Roger Moreira o processa e que, em 2022, o rapaz acusou a esposa do jornalista de mantê-lo em cárcere privado, e de servir comida estragada. Na época ele afirmou querer a ficar com a “guarda” do pai.

Naquela ocasião, ele pleiteava a guarda do pai adotivo com a alegação de querer cuidar de Cid Moreira. Meses mais tarde, outra declaração surgiu: Cid estava senil e não podia mais responder por seus atos. Todas essas afirmações eram mentirosas e visavam claramente interesses financeiros”, ressalta assessoria de Cid.

Por fim, a nota ainda afirma que “os advogados de Cid estão preparando mais um processo. Com confiança na justiça, terrena e divina, eles acreditam que, uma vez mais, essa calúnia será desmascarada“.


Roger Moreira e Cid Moreira em viagem juntos (Foto: reprodução/Instagram/@ocidmoreira)


Início da briga entre Cid e os filhos

Conforme divulgado pelo Portal Leo Dias, a defesa de Roger, filho adotivo de Cid Moreira, alega que o jornalista o sequestrou quando ele tinha 14 anos e o manteve como refém para praticar atos de estupro. Segundo ele, durante o período de outubro de 1990 a novembro de 2000, Cid teria repetidamente realizado atos lascivos contra ele na época, com uma frequência de pelo menos quatro vezes por semana, para satisfazer seus desejos.

O conflito familiar entre Rodrigo, outro filho do apresentador, Roger e seu pai ganhou destaque em julho de 2021, quando os dois buscaram a interdição de Cid, questionando sua capacidade de administração devido à sua idade avançada. Além disso, eles acusaram Fátima Sampaio, esposa de Cid, de se apropriar indevidamente dos bens do jornalista e isolá-lo de seus familiares e amigos. O jornalista refutou essas acusações, afirmando sua lucidez diante da Justiça e atribuindo as alegações a motivações financeiras por parte de seus filhos.

Thiago Brennand é condenado a oito anos de prisão por estupro 

Na última quinta-feira (18), Thiago Brennand foi condenado pela Justiça de São Paulo a oito anos de prisão em regime fechado por estupro que teria ocorrido em março de 2022, marcando mais um capítulo no histórico criminal do empresário. A juíza Raisa Alcântara Cruvinel Schneidero, do Fórum de Porto Feliz, no interior de SP, também estipulou uma indenização de R$ 50 mil à vítima por danos morais. Brennand, já em prisão preventiva no CDP I de Pinheiros, pode recorrer da decisão.


Foto: Thiago Brennand (Reproducao/Metrópoles)

Nova condenação de Thiago Brennand por estupro 

A denúncia partiu de uma massagista que alega ter sido estuprada por Brennand em sua mansão, localizada em um condomínio de Porto Feliz, no interior de SP, em março de 2022. Esta é a terceira condenação do empresário, que enfrenta outros processos tanto em Porto Feliz quanto em São Paulo.

A última audiência do caso ocorreu em agosto de 2023, com Brennand sendo interrogado. Ao longo do processo, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa, e a vítima, juntamente com uma testemunha de acusação, depuseram na primeira audiência, realizada em julho do mesmo ano.

Condenações anteriores e outros crimes de Brennand

Com esta nova sentença, Thiago Brennand acumula três condenações em primeira instância. Em outubro do ano passado, ele foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, também por estupro, envolvendo uma norte-americana que conheceu na negociação de um cavalo. No mês seguinte, recebeu uma condenação de um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por agredir uma mulher em uma academia de ginástica de luxo na capital paulista.

A defesa do empresário ainda não se pronunciou sobre a recente condenação. Brennand enfrenta dois processos em Porto Feliz e é réu em outros três casos na capital paulista, com uma série de graves acusações que agora se desdobram na esfera penal.