Gucci revisita seu arquivo histórico na coleção Cruise 2026 em Florença

A Gucci apresentou nesta quinta-feira sua coleção Cruise 2026 em Florença, Itália, com um mergulho nostálgico em suas eras mais icônicas. Enquanto aguarda a estreia de Demna na direção criativa, a marca segue sob a batuta de sua equipe interna de design, que entregou uma proposta que homenageia os estilistas que marcaram a história da grife.

A coleção é uma viagem no tempo

Tom Ford ressurge em casacos volumosos com detalhes felpudos, combinados a calças de renda transparente e cortes ousados, remetendo à estética sexy e luxuosa dos anos 2000.


Casaco volumoso Cruise 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@gucci)

Transparência Cruise 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@Gucci)

Alessandro Michele é celebrado em camisas de seda, cores saturadas, ombros marcados, brilhos e os icônicos monogramas GG, trazendo de volta seu DNA retro e maximalista.


Brilho Cruise 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@Gucci)

Ombros marcados e cores saturadas Cruise 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@Gucci)

Sabato De Sarno aparece discretamente em peças de alfaiataria minimalista, como blazers e calças estruturadas, contrastando com o excesso glamoroso do resto da coleção.


Alfaiataria (Foto: reprodução/Instagram/@Gucci)

Alfaiataria cinza (Foto: reprodução/Instagram/@Gucci)

Crise na Gucci

A Gucci enfrenta um momento desafiador em 2024, com queda de 25% nas vendas e fechamento de 37 lojas globais. A recente coleção Cruise 2026, apresentada em Florença, celebrou o passado icônico da marca, mas deixou em aberto seu futuro criativo.

Nos anos 90, Tom Ford salvou a Gucci da falência com uma estética sexy e ousada. Já em de 2015 a 2022, Alessandro Michele Triplicou o faturamento com seu estilo vintage intelectual e maximalista.

A chegada do visionário da Balenciaga em 2025 alimenta expectativas para um reposicionamento radical. O mundo da moda aguarda se ele formará, com Ford e Michele, o “triunvirato” de estilistas que reinventaram a grife.

A aposta da Gucci em reinterpretar seu passado com um toque contemporâneo mantém a marca relevante enquanto o aguardado trabalho de Demna não chega. A pergunta que fica é se o novo diretor criativo conseguirá reposicionar a grife no centro da moda global.