SPFW: Dario Mittmann transforma passarela em tabuleiro de jogo

Dario Mittmann transformou a SPFW N60 em um verdadeiro tabuleiro de jogo. Com uma passarela adesivada que lembrava peças de “Monopoly”, o estilista levou o público a uma experiência lúdica e provocante, repleta de cores, movimentos e referências à cultura pop e aos games. Celebridades como Kayblack, Xamã, MC PH, Duquesa e Grag Queen estiveram presentes, transformando o desfile em um espetáculo de moda, criatividade e ousadia. Cada detalhe da produção convidava o público a refletir sobre poder, estratégia e reinvenção, mostrando que, no universo da moda, cada passo é uma jogada.

Moda como jogo e poder em disputa

Inspirado no clássico “Monopoly”, Dario Mittmann convidou o público a refletir sobre quem realmente dita as regras do jogo da vida. Modelos desfilaram representando peões, casas e notas de dinheiro, numa metáfora que relaciona sobrevivência, estratégia e decisões que moldam trajetórias. Segundo o estilista, a proposta é simples, mas provocativa: “No jogo da vida, quem dita as regras?”. A combinação de bordados manuais, impressão 3D e estamparia digital reforçou o contraste entre tradição e inovação, características do trabalho do estilista, conferindo ao desfile um caráter autoral, contemporâneo e memorável. Cada look foi pensado para criar um diálogo entre passado e futuro, proporcionando ao público uma experiência visual e sensorial única.



Collab une moda e frescor em edição limitada

Além do desfile, Mittmann apresentou a parceria Clover by Dario Mittmann com a Closeup, lançando uma coleção de charms para o spray bucal Closeup Go. Os acessórios colecionáveis combinam design, funcionalidade e estética maximalista, resgatando os charms dos anos 2000 com uma abordagem moderna e divertida, alinhada à Geração Z. Três cases exclusivos e três looks inspirados nas clovers desfilaram pela primeira vez na passarela. Compactas e versáteis, as peças podem ser usadas como pingentes, mini bolsas ou elementos de estilo.

“Quis misturar cores vibrantes e referências pop com a energia divertida de Closeup”, explicou o designer. O resultado foi um desfile que mostrou que a moda também é um jogo de estilo, criatividade e ousadia, transportando o público para um universo em que cada detalhe tem significado.

Matéria por Victoria Andrade do portal LorenaR7

Deborah Secco surpreende SPFW com performance vestida de robô futurista

Deborah Secco surpreendeu na última terça-feira (8) na semana de moda de São Paulo ao encerrar o desfile de Dario Mittmann com uma performance marcante. Vestida como um robô futurista, a atriz usava uma máscara que chorava lágrimas negras ao toque de um botão. A cena simbolizou a fusão entre emoção e tecnologia, tema central da coleção. O momento foi um dos mais comentados do evento.


Look robô futurista de Deborah Secco no SPFW (Foto: reprodução/Instagram/@dedesecco)

A coleção de Dario Mittmann

A coleção de Dario Mittmann propôs uma profunda reflexão sobre a relação entre seres humanos, tecnologia e os limites da inteligência artificial. Com peças que misturam elementos high-tech, tecidos estruturados e silhuetas futuristas, o estilista apresentou um desfile conceitual e provocativo. O ápice da apresentação veio com Deborah Secco, que surgiu na passarela incorporando um robô sensível e enigmático.

Vestida com uma roupa tecnológica equipada com um mecanismo especial, a atriz usava uma máscara que liberava lágrimas negras com o simples pressionar de um botão, simbolizando a tentativa das máquinas de simular sentimentos humanos.

A performance, registrada pelos fotógrafos Henrique Butcher e Vinícius Spezier, emocionou o público e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, tornando-se um dos momentos mais marcantes da temporada.


Look robô futurista de Deborah Secco no SPFW (Foto: reprodução/Instagram/@dedesecco)

Reflexão da apresentação de encerramento

A escolha de encerrar a apresentação com essa cena simbólica trouxe à tona temas como a emoção artificial, a vulnerabilidade humana diante das máquinas e, sobretudo, como a moda pode ser um canal expressivo para discutir o impacto da tecnologia na sociedade. Em um mundo cada vez mais digitalizado, onde a inteligência artificial se torna parte do cotidiano, Mittmann apostou em uma estética que une o high-tech ao dramático, criando uma atmosfera, ao mesmo tempo, futurista e sensível.

A atuação de Deborah Secco não apenas deu vida à proposta da coleção, como também mostrou que a passarela pode ser um espaço de experimentação artística potente. Misturando moda, teatro e tecnologia, o desfile deixou claro: o futuro está mais próximo do que parece e ele pode vir chorando lágrimas de tinta.