Donald Trump e Kamala Harris se cumprimentam em homenagem do 11 de setembro

Em homenagem feita às vítimas do atentado terrorista do dia 11 de setembro nesta quarta-feira, os candidatos Donald Trump e Kamala Harris se encontraram e apertaram as mãos de forma bem-educada e respeitosa. Encontro entre os dois ocorreu horas após o primeiro debate entre eles. O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também estava presente na cerimônia.

Além disso, os candidatos irão até os locais atingidos pelos aviões terroristas em Shanksville, localizado na Pensilvânia, e no Pentágono, que fica em Washington.


Harris e Trump em homenagem ao 11 de Setembro (reprodução/Instagram/@bbcnews)


Kamala e Trump: pré-debate

Antes do debate acontecer, Kamala ficou isolada com especialistas em debates para treinar e estudar as regras ríspidas do debate que estava por vir, nas regras do debate que aconteceu na noite da última terça (10), os candidatos não puderam levar anotações e nem se comunicar com sua equipe. A ideia também se deu por conta da atuação desastrosa do então presidente, e na época candidato, Joe Biden, que com as mesmas regras gaguejou bastante e ficou encurralado por Trump no debate que aconteceu em junho deste ano.

Já com a experiência de debates e com moral após o grande debate que fez diante do então candidato, Joe Biden, o candidato Donald Trump não se preparou para o debate e passou os últimos dias em campanha. 

Kamala e Trump: o primeiro debate

Na noite da última terça-feira (10), o ex presidente, Donald Trump, e a atual vice-presidente, Kamala Harris, se encararam no primeiro debate entre os dois na corrida presidencial da casa branca.

O grande destaque do debate ficou por conta de Harris, que confortavelmente respondeu todas as questões que o republicano tinha. Com caras e bocas, Kamala reagia às falas de Trump, e mostrava pouco nervosismo, além da boa comunicação com o público.

Segundo analistas, a vice presidenta desbancou o ex presidente conseguindo se impor até em temas que seriam desconfortáveis para a progressista, como: imigração e economia.

 O candidato liberal, se defendeu mais do que atacou no debate e viu Kamala se desassociar do atual presidente, Joe Biden e defender o governo atual, se apresentar ao público, contando seguramente o seu passado como procuradora-geral e dar sempre respostas curtas. Tudo isso sem a presença de sua equipe que não puderam entrar para a auditoria do debate.


Kama Harris e Donald Trump em debate (reprodução/Instagram/@bbcnews)


Donald Trump diz que debate foi manipulado

Em entrevista concedida ao canal Fox News, o ex presidente disse que o debate foi “manipulado” a favor de Kamala, porém não apresentou nenhuma prova de sua acusação.

“Foi um acordo manipulado, como eu presumi que seria. Você vê pelo fato de que estavam corrigindo tudo, mas não corrigiam ela”, reclamou.

Nessa mesma entrevista ao canal Fox News, Trump atacou a cantora pop, Taylor Swift, pelo apoio da cantora a candidatura de Kamala, chamando a cantora de, liberal, e dizendo que a cantora não venderá tantos discos se continuar apoiando candidaturas democratas.

Pesquisa aponta que os eleitores democratas preferem que Biden desista da eleição

Um levantamento feito pelo Instituto Ipsos e divulgado pela agência Reuters nesta terça-feira (02) indica que um a cada três eleitores democratas acham que o candidato do partido, Joe Biden, deveria desistir da corrida presidencial. Os resultados se alinham ao desempenho fraco de Biden no debate contra Trump na semana passada, fazendo com que vários apoiadores questionassem a capacidade de Biden para uma reeleição e pensassem em nomes para substituí-lo.

Possíveis nomes para a disputa

A pesquisa ainda indica que Michelle Obama seria a única alternativa de candidata capaz de vencer Trump em um hipotético embate, com 50% dos votos para ela e 39% para o republicano. Apesar de Michelle ter dito muitas vezes que não tem o desejo de concorrer, o nome da ex-primeira dama foi citado pelo Partido Democrata para ficar no lugar de Biden após a clara vitória de Trump no último debate.


O debate com o ex-presidente Trump mostrou a fragilidade do candidato democrata (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/Jim Watson/AFP/Getty Images embed)


Biden gaguejou, parecia distante e não conseguiu completar algumas frases durante o embate, colocando sua candidatura em risco. A mídia americana e alguns membros do Partido dos Democratas começaram a defender que Biden não fosse mais candidato ao assento presidencial mais importante do mundo, questionando sua aptidão para o cargo. 

Ao todo, 1.070 pessoas foram ouvidas durante dois dias de sondagem do Instituto francês após o debate dos candidatos. Os eleitores foram apresentados potenciais nomes que pudessem substituir Biden caso ele desistisse de concorrer, incluindo a vice-presidente, Kamala Harris, e o atual governador da Califórnia, Gavin Newson. Os resultados apontam que Harris teria um empate técnico com Trump em embate e Newson teria um desempenho ainda pior que o de Biden. 

Ainda na corrida

Apesar do resultado ruim no debate, Biden conversou com sua família e anunciou que continuaria a concorrer. O atual presidente culpou o cansaço pelo fraco desempenho no embate contra Trump, não conseguindo assim se expressar com clareza e responder à altura as argumentações do candidato republicano.

A idade de Biden é um desafio para vencer as eleições em novembro. Atualmente com 81 anos, ele foi o candidato mais velho a assumir a presidência nos EUA, quando vencer as eleições em 2021, aos 78 anos. Fato este que Trump mencionou durante o debate, onde afirmou que Biden seria “incapaz” de governar.

Biden tem desempenho ruim em debate presidencial e preocupa democratas

Nesta quinta-feira (27), aconteceu o primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden, que contou com um baixo desempenho por parte do democrata. Faltando apenas quatro meses para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, a situação acabou trazendo dúvidas sobre a capacidade de Biden para se manter na campanha de reeleição.

A principal preocupação do público é sobre sua idade avançada e habilidades mentais para lidar com o cargo de presidente por mais quatro anos, assustando democratas que estão na torcida para a vitória do atual presidente.

Biden se mostrou agitado e rouco diante dos ataques pesados de Donald Trump, que incluíam acusações com um tom calmo e tranquilo. Enquanto isso, Joe Biden aparentava estar desestruturado diante do confronto, que foi considerado pelos presentes como “uma briga infantil com trocas de palavras ofensivas e agressivas”, desviando completamente a proposta padrão do debate.


Assista ao debate realizado ontem (27), na íntegra
(reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Joe Biden e a reeleição

Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos em 2021, Joe Biden tem lidado com diversos desafios políticos, entre eles: o período de Pandemia da Covid-19; a política econômica com auxílio e benefícios aos desempregados; políticas ambientais com a proposta de energia limpa; restauração de alianças importantes para a América; e a revogação de políticas de imigração. Além disso, tem uma atuação conhecida pela união de um país polarizado.

Sua reeleição marca o desejo de dar continuidade às ações de seu mandato, mas o que se tornou alerta, principalmente para eleitores democratas, é a idade do atual presidente – a considerar mais quatro anos no poder.

De acordo com o G1, mesmo reconhecendo suas ações, um dos amigos de longa data do presidente, o colunista Thomas Friedman do “New York Times”, afirma que Biden não deve seguir adiante com a candidatura caso não consiga oferecer melhor desempenho, pois considera o presidente “um bom homem e um bom presidente”, e que apesar de tudo, Donald Trump não faria o que ele já fez até então.

A vice presidente, Kamala Harris comentou em entrevista á CNN sobre a participação de Biden no primeiro debate:

“As pessoas podem debater sobre o estilo, mas esta eleição tem de ser sobre substância”, pontuou Kamala Harris.

Ela afirmou ainda que o começo foi “lento” mas o final foi “forte” e que a diferença entre os candidatos era óbvia, levando em conta os reais interesses dos norte-americanos.

Cogitado para “assumir” a posição de candidato nas eleições presidenciais, o governador da Califórnia, Gavin Newson, negou a informação e não acredita na substituição de Biden.


Joe Biden com apoiadores do lado de fora do hotel onde se hospedou antes do primeiro debate presidencial (reprodução/AFP/Mandel Ngan/Getty Images)


Donald Trump como oponente direto

Trump enfrenta uma série de acusações, entre escândalos de corrupção e recentemente a condenação por crime contábil, quando mentiu sobre um pagamento feito á uma atriz pornô nas eleições presidenciais de 2016.

Além disso, Donald Trump coleciona alegações com processos criminais civis por negócios empresariais, conspiração de resultados eleitorais em Capitólio, conspiração para reverter a derrota da Geórgia e manipulações em documentos oficiais da Casa Branca, todos ainda sem julgamento.

Em algumas entrevistas, Trump chegou a alegar que estava sendo vítima de “perseguição eleitoral” e declarou inocência frente às acusações. O ex-presidente utilizou os holofotes para enfatizar sua candidatura à presidência e recebeu o apoio dos republicanos.

Apesar de todas as acusações, Trump permanece firme na “briga” pela presidência dos Estados Unidos e, em seu primeiro debate, falou de várias questões políticas acusando o filho de Biden, Hunter Biden como “criminoso condenado”, após ser condenado na justiça pela compra de um revólver. Além disso, ele alega que Biden é o “pior presidente que os Estados Unidos já teve”.

Mesmo sendo o primeiro debate, a fuga do objetivo inicial é preocupante para os eleitores que precisam avaliar o próximo presidente dos Estados Unidos com base em propostas políticas reais.