A prefeitura de Paris anunciou nesta quarta-feira (14) a liberação de banhistas no Rio Sena. O projeto, iniciado desde os anos 90, ganhou reforços nas Olimpíadas de Paris 2024 sob os esforços da prefeita da capital francesa Anne Hidalgo, que protagonizou um dos primeiros mergulhos à torrente despoluída.
Assim a população poderá participar de atividades aquáticas a partir do dia 5 de Julho até o dia 31 de agosto. Tendo em vista que os banhos não serão permitidos em todos os trechos do afluxo e existem áreas previamente demarcadas.
Locais específicos
Segundo uma matéria publicada pelo site da Uol, serão três áreas gratuitas permitidas para uso público: o centro de Île Saint-Louis, o porto de Grenelle em frente a famosa Torre Eiffel e em Bercy.
O jornal O Globo, também esclareceu que a prefeitura da capital francesa realizará controles bacteriológicos cotidianamente para averiguar como as águas do rio europeu irão lidar com o fluxo de visitantes. No entanto, o banho poderá ser suspenso em casos de chuvas fortes que possam afetar diretamente na qualidade do recurso hídrico.
O público, acompanhado de perto por salva-vidas, também será alertado por um sistema de bandeiras muito semelhante ao das praias cariocas, onde elas indicarão por seu nível de cores (verde, amarelo e vermelho) as condições de segurança como o nível da correnteza, profundidade e níveis de poluição.
Retorno de um momento extraordinário
Em vista do levantamento de dados da prefeitura estrangeira divulgado pelo Uol, durante o outono do ano passado as águas apresentaram uma melhora em 75% das amostras e em dias de tempo seco, a melhora apareceu em 100% das análises.
Mas, em declarações divulgadas pelo O Globo, a prefeita Hidalgo esclareceu que seu primeiro mergulho no Sena foi um momento de fato extraordinário, porém, nadar nos jogos olímpicos de 2024 não foi sua única intenção. A primeira mulher a ser eleita para presidir a Câmara Municipal de Paris, revelou que tornar o rio próprio para banho novamente, antes de tudo significa responder um desafio de adaptação às mudanças climáticas e também a qualidade de vida francesa.
Assim, o custo da limpeza das águas foi em torno de um valor de 1,4 bilhão de euros, convertido para o real o preço se acumula em um pouco mais de 8 bilhões de reais. Por tanto, para que a corrente ficasse adequada para os moradores foi essencial um amplo esforço de saneamento e uma alta demanda de esforços das autoridades parisienses.
