A China expôs seus novos armamentos em um desfile na Praça da Paz Celestial, em Pequim, nesta terça-feira (03). Mísseis antinavios, drones submersíveis, escudo antimíssil, tanques e mais de 10 mil soldados fizeram parte do espetáculo que comemora os 80 anos da rendição do Japão aos aliados na Segunda Guerra Mundial. Líderes mundiais como Putin e Kim Jong-un, além da presidente do Banco do BRICS, Dilma Rousseff estiveram presentes.
Potência Militar
O governo de Xi Jinping tem como ponto central o investimento militar. Desde 2013, o líder chinês mobilizou fundos para modernizar o Exército de Libertação Popular (ELP), saindo de coadjuvante na Ásia para se igualar, em alguns pontos, com as Forças Armadas dos Estados Unidos. Sem envolvimento direto em conflitos desde o com o Vietnã em 1979, Pequim passou a fabricar e aperfeiçoar sua própria tecnologia de guerra.
Novos armamentos chineses exibidos em grande desfile militar de comemoração aos 80 anos da vitória sobre o Japão (reprodução/Lintao Zhang/Getty Images Embed)
Na exibição do renovado arsenal de guerra, o exército chinês apresentou armas de nova geração como:
- Drone submarinos AJX002: equipamentos não tripulados semelhantes a torpedos;
- Escudo antimíssil HQ – 29: pode interceptar mísseis a 500 quilômetros de altitude;
- Mísseis antinavio YJ – 20: capazes de causar danos críticos a grandes embarcações;
- Laser de defesa aérea: arma de energia direcionada que deve ser montado em navios de guerra.
União Geopolítica
O presidente Xi Jinping convidou líderes mundiais para assistir a comemoração do fim da Segunda Guerra, estavam lá: Vladimir Putin, da Rússia; Narenda Modi, da Índia; e Kim Jong-un, da Coréia do Norte. Além dos mais conhecidos, lideranças do Irã, Paquistão, Cuba e outros países aliados marcaram presença. O Brasil foi representado por Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais do Governo Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, presidente do Banco dos Brics.
Vladimir Putin, Xi Jinping e Kim Jong-un durante o desfile militar chinês em Pequim
(reprodução/ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP/Getty Images Embed)
Nesta segunda-feira (1), Putin e Modi já haviam se reunido com Xi Jinping em cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), bloco de segurança regional. Durante o evento, que contava com mais de 20 países, o líder chinês fez críticas implícitas ao presidente dos EUA, Donald Trump, e sua política tarifária, além de difundir o desejo da criação de uma nova ordem mundial que prioriza a economia e a segurança dos países do ‘Sul Global’, como o Brasil e os outros componentes do BRICS.
