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O bilionário Elon Musk ameaçou retaliar senadores que não apoiarem os indicados do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para compor o secretariado do novo governo. As informações foram reveladas pela revista Time nesta segunda-feira (20).
Plano de ação e Super PAC
Mais de 50 nomes indicados por Trump para o próximo governo precisam ser aprovados pelo Senado. A maioria das indicações corresponde a secretários, que ocupam cargos equivalentes ao de ministros de Estado no Brasil. Até agora, apenas Marco Rubio foi confirmado como secretário de Estado. Os outros indicados continuam sendo sabatinados ou aguardam votação.
Musk, segundo a Time, prometeu usar um Super Comitê de Ação Política (Super PAC) para financiar campanhas de candidatos que se oponham à reeleição de senadores que votarem contra os nomes indicados por Trump. O Super PAC é uma ferramenta legalmente permitida nos EUA que permite contribuições ilimitadas a favor de candidatos, o que pode influenciar diretamente os resultados eleitorais.
Senadores republicanos e resistência interna
Embora o Partido Republicano ocupe a maioria das cadeiras no Senado, com 53 de 100, nem todos os senadores apoiam todas as escolhas de Trump. A mais controversa tem sido a indicação de Pete Hegseth para o cargo de secretário de Defesa. Hegseth, sendo um veterano da Guarda Nacional e famoso apresentador de TV, enfrenta resistência devido a acusações de abuso e questionamentos sobre sua qualificação para comandar o Pentágono.
Diante disso, uma senadora republicana que inicialmente se mostrou cética em relação à indicação de Hegseth decidiu apoiá-lo publicamente após as ameaças de Musk.
Relação de Musk com o governo e o risco de conflito de interesses
Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump, tem o desafio de analisar os gastos do governo e promover cortes no orçamento. Além disso, o bilionário é visto como uma peça-chave na campanha de Trump para as eleições de 2024, tendo investido cerca de US$ 200 milhões na corrida presidencial republicana.
Musk esteve na posse de Trump ao lado de outros CEO de grandes empresas americanas (Foto: reprodução/X/@ayeejuju)
No entanto, críticos alertam para o risco de um possível conflito de interesses, já que Musk terá acesso a dados de agências federais enquanto suas empresas, como Tesla e SpaceX, prestam serviços para o governo. A relação entre Musk e o governo Trump levanta preocupações sobre a imparcialidade e transparência nas decisões administrativas e financeiras.
A arquiteta brasileira Lavínia Naue, de 26 anos, está ansiosa para receber sua primeira filha, Lívia, que deve nascer no próximo dia 20 de fevereiro, nos Estados Unidos. Natural de Santa Catarina, a gaúcha fez uma longa viagem até a Flórida com um propósito claro: assegurar que sua filha retorne ao Brasil com um passaporte americano.
“A gente gosta de morar no Brasil, mas queremos garantir que ela tenha dupla cidadania, para poder estudar nos EUA, ter mais portas abertas para ela e os filhos dela no futuro”, disse Lavínia.
Donald Trump (Foto: Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)
Turismo de nascimento
Lavínia integra um grupo crescente de famílias que optam por viajar até os Estados Unidos com o objetivo de participar do que é popularmente conhecido como “turismo de nascimento” ou “turismo de parto”. Essa prática se acentua pelo fato de que, nos Estados Unidos, qualquer bebê que nasce em solo americano automaticamente adquire a cidadania, independentemente da situação migratória de seus pais ou se a família se encontra no país com um visto temporário, como o visto de turismo.
Contudo, a recente decisão do recém-empossado presidente Donald Trump de acabar com essa possibilidade gerou uma onda de apreensão e desilusão entre muitas mães que alimentavam o desejo de garantir um futuro melhor para seus filhos.
Ordem executiva de Trump
No primeiro dia de sua presidência, em 20 de janeiro, Donald Trump assinou uma ordem executiva que acaba com o direito à cidadania automática para filhos de estrangeiros nascidos nos Estados Unidos. A nova regra afetará turistas, imigrantes indocumentados e aqueles com vistos temporários, como estudantes, e entrará em vigor em um mês, coincidentemente no dia previsto para o nascimento de Lívia, filha de Lavínia, na Flórida. Apesar da apreensão, Lavínia está confiante de que a medida será revertida na Justiça antes de sua implementação.
A família de Santa Catarina contratou a empresa “Ser Mamãe em Miami”, fundada pelo pediatra brasileiro Wladimir Lorentz, que atende cerca de 250 grávidas por ano, sendo a maioria brasileira. As clientes investem em média R$ 100 mil para garantir a cidadania americana para seus bebês. Lorentz, que já atendeu celebridades, tenta tranquilizar seus clientes, acreditando que a nova regra não será aplicada. Especialistas em imigração afirmam que, atualmente, o “turismo de nascimento” é legal, mas com a nova ordem, essa prática pode se tornar inviável. Os apoiadores de Trump argumentam que a cidadania automática incentiva a imigração ilegal, enquanto opositores defendem que é um direito constitucional num país de imigrantes.
O destino do TikTok nos Estados Unidos tornou-se uma questão central nas tensões entre Washington e Pequim. Recentemente, o recém eleito presidente Donald Trump sinalizou estar aberto a um acordo que envolveria Elon Musk, CEO da Tesla, ou Larry Ellison, fundador da Oracle, como possíveis compradores do aplicativo de compartilhamento de vídeos. A proposta inclui ainda a participação do governo americano como sócio na operação.
A proposta de Trump
Durante um evento na Casa Branca, Trump sugeriu que metade do valor da empresa poderia ser destinada aos Estados Unidos como parte de um acordo que garantiria a licença para o funcionamento do TikTok no país.
Apesar da abertura ao diálogo, a ByteDance, empresa controladora do TikTok, permanece relutante em vender a plataforma. A companhia enfrenta pressão para cumprir uma lei que exige desinvestimento nos Estados Unidos devido a preocupações de segurança nacional. Pequim, por sua vez, vê espaço para negociação, mas é improvável aceitar um acordo politicamente motivado.
Donald Trump (Foto: reprodução/Pool/Getty Images Embed)
Possíveis compradores
Entre os interessados na compra do TikTok estão figuras de destaque no mundo dos negócios. Além de Musk e Ellison, nomes como o empresário Frank McCourt e o investidor Kevin O’Leary já demonstraram interesse. McCourt, ex-dono do Los Angeles Dodgers, sugeriu adquirir o aplicativo sem seu mecanismo de recomendação, enquanto O’Leary afirmou que poderia fechar o negócio rapidamente, avaliando a operação em cerca de US$ 20 bilhões.
Outro grupo interessado inclui o criador de conteúdo MrBeast, que se uniu ao empresário Jesse Tinsley para fazer uma proposta pela plataforma. No entanto, questões como o acesso ao algoritmo do TikTok e preocupações antitruste podem complicar as negociações.
Tensões com a China
A principal resistência à venda está na relação entre a ByteDance e o governo chinês. O Partido Comunista Chinês possui leis que permitem acesso a dados das empresas nacionais, gerando receios de espionagem. Embora a ByteDance negue que dados de usuários americanos sejam compartilhados com autoridades chinesas, a Suprema Corte dos EUA manteve recentemente a lei que exige a venda ou o banimento da plataforma.
Próximos passos
Com a ordem executiva de Trump estendendo o prazo para um possível acordo por mais 75 dias, o TikTok segue temporariamente disponível nos Estados Unidos. Analistas avaliam que, com permissão para operar, a empresa poderia alcançar um valor de mercado de até US$ 1 trilhão.
Enquanto isso, o TikTok enfrenta um futuro incerto, dependendo de como as negociações entre governo americano, potenciais compradores e a ByteDance se desenrolarão. Para os milhões de usuários da plataforma, o desfecho dessa disputa pode redefinir o panorama das redes sociais nos Estados Unidos.
Em uma missa realizada na Catedral Nacional de Washington, a bispa episcopal Mariann Edgar Budde fez um apelo ao ex-presidente Donald Trump para que demonstre misericórdia em relação a imigrantes e crianças afetadas pelas políticas de deportação.
A líder religiosa destacou o impacto emocional e social dessas medidas, criticando a falta de empatia por parte das autoridades em lidar com famílias vulneráveis.
Apelo emocional ao Trump feito por Bispa Mariann, de Washington (Vídeo: Reprodução / YouTube / Folha de São Paulo)
Apelo direto em prol da compaixão
Durante o sermão, a bispa Mariann Edgar Budde abordou diretamente as políticas de imigração implementadas durante a gestão de Trump, enfatizando o sofrimento de crianças que vivem sob constante medo de separação de suas famílias. Segundo a líder religiosa, muitas dessas crianças temem pela deportação de seus pais, o que impacta profundamente sua saúde mental e emocional.
“Essas crianças têm medo, senhor presidente, medo de que seus pais sejam arrancados de suas vidas. Isso não é compatível com os valores que buscamos como nação”, afirmou Budde, durante o culto.
Ela também mencionou a necessidade de abordar a questão com humanidade, criticando a criminalização generalizada dos imigrantes. Para a bispa, é fundamental que o debate sobre imigração inclua um olhar mais empático e soluções que respeitem os direitos humanos.
Reações e repercussões
O presidente eleito, Donald Trump, presente na missa, ouviu as palavras da bispa sem comentar publicamente. Contudo, aliados próximos manifestaram opiniões contrárias. Elon Musk, empresário e aliado de Trump, classificou a fala como “uma abordagem emocional e enviesada”, gerando debates intensos nas redes sociais.
Líderes religiosos e ativistas, por outro lado, apoiaram Budde, destacando a relevância de um discurso que humaniza os afetados por políticas duras de imigração. Esse embate reflete divisões ainda muito presentes nos Estados Unidos em temas como imigração e direitos humanos.
Em seu retorno ao Salão Oval, Donald Trump iniciou o mandato com mudanças controversas e de grande impacto. Na segunda-feira (20), o republicano reverteu uma série de políticas adotadas por seu antecessor, Joe Biden, incluindo a regulamentação da inteligência artificial (IA) e a decisão sobre o banimento do TikTok, medida que dividiu opiniões nos Estados Unidos.
Revogação das regras de segurança para IA
Trump decidiu revogar o decreto de Biden que visava estabelecer padrões mais rígidos para o uso da inteligência artificial no país. Esse decreto partia de um esforço do governo democrata, para garantir que a IA fosse desenvolvida de forma ética e segura.
Estabelecia pontos importantes como a obrigatoriedade de desenvolvedores compartilharem dados sobre testes de segurança com o governo; juntamente com a realização de avaliações sobre riscos que a tecnologia poderia causar, incluindo ameaças químicas, radiológicas ou biológicas, além de relatórios que identificassem o impacto da IA no mercado de trabalho americano.
Para Trump e outros republicanos, no entanto, as regras eram vistas como um obstáculo à inovação. Em nota, membros do Partido Republicano afirmaram que regulamentações excessivas poderiam sufocar o potencial da IA no país, um setor que eles consideram estratégico para a economia e a liderança global dos Estados Unidos.
Donald Trump adia banimento do TikTok por 75 dias (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)
Além de lidar com a regulamentação de IA, Trump também voltou sua atenção ao TikTok, a popular rede social chinesa que estava sob ameaça de ser banida nos EUA. Trump assinou um decreto adiando o banimento da plataforma por 75 dias, dando mais tempo para que a empresa negocie um acordo com o governo. A decisão também suspende temporariamente uma lei aprovada no governo Biden, que exigia que o TikTok encontrasse um comprador para sua operação americana.
De acordo com o novo decreto, o Departamento de Justiça deve comunicar às gigantes de tecnologia, como Apple e Google, que não houve violação de normas, enquanto a proibição estava em vigor.
No domingo (19), o TikTok chegou a ficar fora do ar para usuários americanos por algumas horas, antes de ser reativado. Em uma notificação enviada aos seus usuários, a empresa agradeceu a decisão de Trump e afirmou estar comprometida em continuar no mercado americano.
Controvérsias e repercussão
As medidas de Trump reacenderam debates sobre inovação e soberania digital. Para defensores das regulamentações de Biden, a revogação do decreto sobre IA representa um retrocesso, colocando consumidores e trabalhadores em risco. Já o adiamento do banimento do TikTok gerou críticas de setores mais conservadores, que veem a plataforma como uma ameaça à segurança nacional.
Enquanto isso, os próximos meses serão decisivos para determinar o futuro dessas questões. A indústria de tecnologia observa com atenção as novas diretrizes do governo, enquanto consumidores e empresas aguardam para entender os impactos das mudanças.
Trump deu o tom de seu governo já no primeiro dia: polêmico, direto e com ações que prometem gerar intensos debates nos próximos anos.
Pouco depois de assumir a presidência, Donald Trump emitiu uma ordem executiva que causou uma verdadeira tempestade política e judicial nos Estados Unidos. A medida, intitulada “Protegendo o Significado e o Valor da Cidadania Americana”, busca restringir a cidadania automática para filhos de imigrantes indocumentados ou com vistos temporários nascidos no país.
Com uma canetada, Trump reviveu um dos debates mais polêmicos da história americana: quem realmente pode ser considerado cidadão dos Estados Unidos?
A decisão não tardou a gerar reações. Governos estaduais, associações civis e cidadãos preocupados com os impactos desse decreto se uniram para lutar contra o que muitos chamam de ataque direto à Constituição.
A reação imediata: uma avalanche de processos
Na manhã seguinte à publicação do decreto, 18 estados, o Distrito de Colúmbia e a cidade de São Francisco ingressaram com ações judiciais para impedir a aplicação da ordem.
Procuradores-gerais estaduais, muitos filhos ou netos de imigrantes, se manifestaram veementemente contra a proposta, argumentando que ela é inconstitucional e viola os valores fundamentais da democracia americana.
Matthew Platkin, procurador-geral de Nova Jersey, foi um dos primeiros a se pronunciar: “Presidentes têm poder, mas não são reis. A Constituição é clara: qualquer pessoa nascida em solo americano é cidadã deste país. Não permitiremos que Trump reescreva a história e prive centenas de milhares de crianças de seu direito à cidadania.”
William Tong, procurador-geral de Connecticut e filho de imigrantes chineses, fez um relato emocional durante uma coletiva de imprensa. “A 14ª Emenda não é ambígua. Ela é a garantia de que os Estados Unidos são uma terra de oportunidades. Eu mesmo sou um cidadão americano por direito de nascimento, e não vou assistir calado enquanto tentam apagar essa conquista de tantas famílias como a minha”, declarou.
O que a medida propõe
O decreto executivo busca reinterpretar a Cláusula de Cidadania da 14ª Emenda, que desde 1868 garante que todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos sejam reconhecidas como cidadãs, independentemente do status imigratório de seus pais. Segundo a ordem, a cidadania não será mais automática em duas situações específicas:
Quando a mãe da criança está nos Estados Unidos de forma irregular e o pai não é cidadão americano nem residente permanente legal.
Quando a mãe está nos EUA com um visto temporário (como de estudante, turista ou trabalho) e o pai também não é cidadão ou residente permanente.
A regra se aplica apenas a crianças nascidas a partir de 30 dias após a emissão do decreto, ou seja, a partir de 19 de fevereiro de 2025.
A polêmica em torno da 14ª emenda e o futuro de crianças nascidas nos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)
Uma geração sem direitos
Se mantida, a ordem de Trump pode afetar mais de 150 mil crianças que nascem anualmente nos Estados Unidos nessas condições. Na prática, essas crianças seriam privadas não apenas de um documento de cidadania, mas também de direitos fundamentais, como acesso à educação, saúde e oportunidades de emprego no futuro.
Para as organizações de direitos civis, como a ACLU (American Civil Liberties Union), a medida cria uma subclasse de pessoas nascidas nos EUA, mas tratadas como estrangeiras em sua própria terra.
“Negar cidadania a recém-nascidos não é apenas inconstitucional; é desumano. Isso contraria os valores que tornaram os Estados Unidos uma nação forte e diversa”, declarou Ant.
A Cláusula de Cidadania da 14ª Emenda foi criada na esteira da Guerra Civil Americana como parte do esforço para garantir direitos aos afro-americanos libertados da escravidão. Antes disso, decisões como Dred Scott v. Sandford negaram cidadania para americanos afrodescendentes.
O que a 14ª Emenda fez foi corrigir essas injustiças históricas e reafirmar que o lugar de nascimento determina o pertencimento à nação.
Desde então, a cidadania ao abrigo do jus soli tem sido defendida por juristas e confirmada pela Suprema Corte em vários precedentes, um dos quais é Wong Kim Ark, em 1898, filho de imigrantes chineses, que lutou para garantir a cidadania ao abrigo do jus soli, apesar de seus pais não serem cidadãos americanos.
Especialistas afirmam que a tentativa de Trump de reinterpretar a 14ª Emenda ignora não apenas essa história, mas também os valores centrais da sociedade americana.
“O princípio do jus soli – cidadania pelo local de nascimento – não é apenas uma cláusula jurídica, é o nosso compromisso moral, de todos, com a igualdade e a inclusão”, observou um recente documento do American Immigration Council.
Outros ataques aos direitos civis
A polêmica ordem de Trump é apenas uma das várias medidas anunciadas em seus primeiros dias de governo. Outra proposta controversa envolve a criação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk, e mudanças que enfraquecem proteções trabalhistas para servidores públicos. Para críticos, essas medidas representam uma agenda agressiva e autoritária, destinada a concentrar poder no Executivo.
O decreto de Trump já enfrenta desafios legais e é quase certo que o caso chegue à Suprema Corte, onde os juízes decidirão se a medida pode ou não entrar em vigor. Até lá, a luta judicial promete ser intensa, com mobilizações de estados, organizações de direitos civis e cidadãos.
Para muitas famílias de imigrantes, esta batalha é pessoal. É uma luta não apenas por documentos, mas pela dignidade e pela garantia de que seus filhos terão o mesmo direito de sonhar e prosperar que gerações anteriores tiveram. “Estamos defendendo não apenas nossos filhos, mas o futuro deste país”, disse uma mãe de origem mexicana em um protesto realizado em Nova York.
Enquanto o debate segue nos tribunais e nas ruas, uma coisa é clara: a questão da cidadania por nascimento vai além da política. É uma conversa sobre o que significa ser americano, e sobre o compromisso com os valores de igualdade, inclusão e justiça que moldaram os Estados Unidos.
Na última segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse do governo dos Estados Unidos, e Elon Musk discursou no evento. A comemoração da posse do republicano ocorreu no ginásio Capital One Arena, onde o dono da Tesla realizou um gesto, supostamente, de saudação nazista, durante sua fala.
Discurso de Elon Musk durante posse de Donald Trump (Vídeo: reprodução/X/@elonmusk)
Elon Musk discursa na posse de Donald Trump
O chefe do Departamento de Eficiência Governamental, criado por Donald Trump, subiu ao palco, animado, pulando, com os braços abertos. Elon Musk celebrou a vitória, discorrendo sobre como não foi fácil, e que foi determinante para todas as pessoas, para a civilização humana no geral.
Musk agradeceu a todos os estadunidenses que votaram em Trump, ressaltando que não teria sido possível sem eles, e agradeceu-os por ter feito com que o futuro com o republicano seja possível. Em seguida, a saudação nazista foi feita, o que chamou a atenção do mundo todo.
O empresário compartilhou o vídeo de seu discurso em postagem no X (antigo Twitter), dizendo que o futuro é empolgante. Futuro este que, segundo o dono da SpaceX, terá cidades e fronteiras seguras.
Propostas de Donald Trump cativam Elon Musk
Durante seu discurso inaugural, o presidente falou sobre os Estados Unidos colocarem uma bandeira em Marte, o que empolgou o dono da empresa SpaceX, responsável por voos espaciais privados, tendo, inclusive, um contrato com o governo estadunidense.
Seguindo a mesma linha, em sua fala, Musk comentou que o momento em que astronautas estadunidenses hastearem a bandeira do país em outro planeta será inspirador.
Ainda em celebração da vitória do atual presidente dos Estados Unidos, a conta de Donald Trump em sua rede social foi restaurada, o que foi comemorado pelo empresário, que exaltou o que chamou de “o retorno do rei”.
Perfil de Donald Trump no X volta à ativa (Foto: reprodução/X/@elonmusk)
A conta de Trump no X (antigo Twitter) havia sido suspensa permanentemente em janeiro de 2021, antes da compra da plataforma pelo dono da Tesla, devido aos riscos de mais incitação à violência. A suspensão aconteceu dois dias depois de apoiadores de Trump terem invadido o Congresso dos Estados Unidos violentamente, o que causou a morte de cinco pessoas.
Em seu primeiro dia de retorno, nesta segunda-feira (20), à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump assinou uma ordem executiva concedendo perdão presidencial a aproximadamente 1.500 pessoas acusadas de envolvimento no ocorrido ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, o que parece, segundo o site CNN, cobrir quase todos os presos acusados.
O presidente diz que presos não fizeram nada de errado
Entre os que foram beneficiados com a medida, estão os líderes de extrema direita Oath Keepers e Proud Boys, que estavam cumprindo pena de prisão, em seu discurso na Capital One Arena, Donald Trump se referiu aos presos como “ reféns” e disse: “irei libertá-los por meio de perdão presidencial”. Segundo o presidente, os presos não fizeram nada de errado, e que espera que os acusados sejam libertados até a próxima segunda-feira.
Trump, ao conceder perdão presidencial determinou que a Procuradoria Geral busque rejeitar todas as acusações em relação, ao então chamado ataque, que estão pendentes, o objetivo é arquivar ações contra os investigados que tramitam ainda na justiça. Em sua campanha presidencial, Donald Trump havia prometido anistia a alguns dos condenados , mas informou que nem todos seriam beneficiados.
Matéria sobre perdão concedido a presos de 6 de janeiro de 2021 (Vídeo reprodução/ G1)
Relembrando as eleições de 2020
O ocorrido em relação às prisões veio após as eleições de 2020, quando manifestantes apoiadores de Donald Trump, buscavam impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais. O evento ocorreu após um comício em que Trump reforçou alegações de fraude eleitoral.
Os manifestantes ultrapassaram barreiras de segurança, forçando a evacuação de congressistas e resultando em um tumulto, onde cinco pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas. Após isto, muitos participantes foram presos e acusados de crimes, incluindo conspiração.
A decisão de Trump encerra o capítulo do 6 de janeiro 2021, um dos processos judiciais mais significativos da história recente do país, a medida gerou reações divididas, enquanto apoiadores de Trump celebraram a libertação dos presos, críticos, consideraram o perdão um insulto ao sistema de justiça e aos defensores do Capitólio.
Nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu primeiro dia de mandato, afirmou que o Brasil e os países da América Latina “precisam de nós mais do que precisamos deles“. A declaração foi feita durante a assinatura de decretos no Salão Oval da Casa Branca.
Sobre relações com o Brasil e países vizinhos
“A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina.”
A resposta foi dada após ser indagado por uma repórter da TV Globo, Raquel Krähenbühl, se o então presidente Donald Trump falaria com o presidente Lula, e como, a partir de agora, ficaria a relação com o Brasil e os países da América Latina.
Matéria sobre declaração de Trump (Vídeo: reprodução/ YouTube/@cnnbrasil)
Presidente Lula diz não querer briga
Mais cedo, o presidente Lula declarou desejar sucesso a Donald Trump em sua gestão, destacando que as relações entre Brasil e Estados Unidos são marcadas por uma trajetória de cooperação e respeito mútuo. Lula ainda afirmou que torce para que a administração de Trump traga benefícios tanto para os americanos quanto para os brasileiros, e disse:
“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil”
No mesmo discurso Luiz Inácio Lula da Silva, falou que não quer briga com os Estados Unidos, assim como também não quer briga com nenhum outro pai: “ Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia”.
Trump intitula seu novo mandato como era de ouro
Trump, que tomou posse nesta segunda-feira, prometeu retomar a grandeza do país, e já assinou algumas medidas, como conceder perdão presidencial para 1,5 mil acusados pelo ocorrido ao Capitólio em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021, e disse que aguarda que os presos sejam soltos na próxima segunda-feira.
Prometeu também reverter 79 medidas do então ex-governo de Joe Biden, e ainda declarou emergência na fronteira com o México.
Em seu discurso, Donald Trump falou que este é o “começo de uma era de ouro”, prometeu expandir o território e confirmou uma série de decretos anti-imigração e declarou: “A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento. Nossa soberania será restaurada. Nossa prioridade será criar uma nação que seja próspera e livre, seremos uma nação rica de novo”, disse o presidente.
Michelle Obama, esposa do ex-presidente Barack Obama, não compareceu à posse do novo presidente dos EUA, Donald Trump, ele foi empossado nesta segunda-feira (20), em evento ocorrido no Capitólio, localizado em Washington D.C., aonde reuniu celebridades e aliados do empresário. Geralmente, ex-presidentes e suas esposas, comparecem a eventos relacionados a posses de presidentes conforme a tradição do país. Além disso, Michelle também não compareceu ao enterro de Jimmy Carter.
Tradição
Nos Estados Unidos, costuma ser comum ex-presidentes marcarem presença em cerimônias de posses de novos líderes, tradicionalmente pessoas que já foram presidentes do local em questão, sempre costumam comparecer à ocasião. Apesar disso, a esposa do ex-presidente Barack Obama não esteve presente no dia da posse do empresário eleito presidente em novembro de 2024, ela não acompanhou o seu marido ao Capitólio.
Michelle Obama
A então esposa do ex-presidente, que comandou os EUA de 2009 a 2017, esteve presente em outras ocasiões em que envolviam cerimônias de posses de eventuais ex-presidentes, até em 2017, quando esteve presente na posse de Donald Trump. Ela foi a única que não esteve presente no momento, tendo em vista que as outras esposas casadas com homens que chegaram a presidir o país marcaram presença. Apesar disso, Barack Obama marcou presença no evento.
Barack Obama em convenção do Partido Democrata ocorrida no dia 20 de agosto de 2024 (Foto: reprodução/Al Drago/Getty Images Embed)
Barack Obama
Obama, que presidiu os EUA entre 2009 e 2017, esteve presente no funeral de Jimmy Carter e, até na ocasião, estava perto do então presidente atual dos EUA, Donald Trump, porém sem a presença de sua esposa, que não esteve presente no enterro do então ex-presidente. Em nota, já havia sido avisado que ele estaria presente na posse do empresário, e agora governante dos Estados Unidos. Ainda na citação, veio a informação a ausência Michelle Obama no empossamento de Trump.