Trump ameaça retirar licenças de emissoras de TV críticas ao seu governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira (18) revogar licenças de emissoras de televisão consideradas “contra” seu governo. Assim, a declaração ocorreu um dia após a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel, exibido pela ABC.

A princípio, Trump afirmou sem apresentação de provas que 97% das emissoras de TV do país se opuseram a ele durante as eleições de 2024. Nos últimos meses, Trump intensificou ataques a veículos de imprensa. Em agosto, acusou a ABC e a NBC de atuarem como braço do Partido Democrata e defendeu que elas perdessem suas licenças.

Pressão na mídia, ações judiciais e reação da oposição

Donald Trump citou Brendan Carr, chefe da Comissão Federal de Comunicações (FCC), como responsável pela decisão final. Carr, em entrevista, chamou Kimmel de “sem talento” e criticou a credibilidade da mídia tradicional.

Anteriormente, o presidente também abriu processos bilionários contra jornais como The New York Times e The Wall Street Journal, alegando difamação em reportagens sobre escândalos. Em uma das ações, pede US$ 15 bilhões em indenização.

Em contrapartida, na rede social X a ex-vice-presidente Kamala Harris classificou as ameaças de Trump como “abuso de poder flagrante”. Para ela, o governo utiliza o medo como arma para silenciar a imprensa. Harris também afirmou que “o povo merece algo melhor”, ao destacar que o ataque à liberdade de expressão não pode ser naturalizado nos Estados Unidos.


Kamala Harris rebate governo Trump (Reprodução/X/@KamalaHarris)

Restrições à cobertura jornalística

Além das ameaças, o governo de Trump já limitou a presença de repórteres em eventos oficiais. No início do ano, barrou jornalistas da Reuters e de outros veículos em reunião do gabinete presidencial.

Segundo a Casa Branca, apenas alguns meios de comunicação terão acesso direto a determinados encontros, como os realizados no Salão Oval. A decisão reforça a política de controle sobre a cobertura jornalística no atual mandato.

Crise política nos EUA se intensifica após assassinato de líder conservador

Assassinato de Charlie Kirk, figura pública conservadora de destaque, reacendeu tensões entre líderes da política nos Estados Unidos, expondo fragilidade do atual cenário democrático. O crime, ocorrido durante uma palestra na Universidade de Utah Valley, trouxe à tona debates e controversas sobre violência, a política, liberdade de expressão e o papel da liderança nacional diante de episódios extremos da nação.

Tensão entre lideranças políticas

Em meio ao luto nacional, a tragédia ganhou rapidamente contornos de disputa partidária. O ex-presidente Barack Obama norte-americano classificou o momento como um ponto de inflexão para o país, ressaltando que a violência contra líderes políticos no país, embora recorrente ao longo da história, atos como esse ameaça os princípios democráticos básicos da nação. Para ele, a polarização foi intensificada pelo atual governo em exercício, que não tem buscado unir a população em tempos de crise de opinião pública.

A Casa Branca reagiu duramente às críticas do ex-presidente Obama. Representante do governo Donald Trump acusaram Obama de ter sido um dos principais responsáveis pela divisão política nos Estados Unidos durante seu exercício no governo. Ao mesmo tempo, autoridades federais comunicaram que pretendem classificar grupos e organizações extremistas da esquerda como fomentadores de violência pública, o que pode abrir espaço para enquadrá-los como grupos terroristas domésticos. A medida gerou preocupações entre os críticos que temem uma escalada repressiva contra opositores esquerdistas.

Enquanto as investigações sobre o atirador responsável pela morte de KirK prosseguem, versões conflitantes dominam o debate público. O governador republicano de Utah declarou que o suspeito agiu sozinho, sem interferência e motivado por uma ideologia esquerdista. Já aliados de Trump sugerem a existência de uma rede coordenada voltada a atacar figuras públicas e conservadoras, sem, até o momento, apresentar provas que sustentem a acusação.


Presidente Donald Trump e o ex-presidente Barack Obama (Foto: reprodução/AFP/JIM WATSON/Getty Images Embed)


Violência pública ideológica

O caso de Kirk se soma ao assassinato da legisladora democrata Melissa Hortman, ocorrido neste mesmo ano 2025, reforçando a percepção de que a violência política não tem um único alvo ideológico, mas diversos. O clima de hostilidade mútua preocupa os analistas, que apontam para um ciclo crescente de radicalização no país, no qual cada tragédia é utilizada para intensificar narrativas de divisão.

O episódio evidencia como o país se encontra em um terreno frágil e delicado, no qual a segurança, democracia e disputa partidária se entrelaçam de forma explosiva. O desfecho das investigações poderá influenciar não apenas o rumo da atual administração, mas também o futuro da estabilidade política norte-americana.

Donald Trump anuncia classificar movimento Antifa como grupo terrorista após morte de ativista conservador

Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (17) que pretende classificar o movimento Antifa como organização terrorista e ordenou investigações sobre seu possível recebimento de financiamento. A declaração do presidente ocorre em situação de forte tensão política, marcado pelo assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador de 31 anos, morto a tiros em 10 de setembro em um evento na Universidade Utah Valley.

Antifa movimento terrorista

Antifa é um movimento que tem origem na Alemanha no início da década de 1930, quando grupos antifascistas se organizaram contra o regime nazista político de Adolf Hitler. Atualmente, grupos coletivos tem se inspirados nessa ideologia e atuam em diversos países, sendo o núcleo mais ativo está localizado nos Estados Unidos. Eles se apresentam com como opositor da extrema-direita, adotando discursos contra racismo, sexismo e capitalismo, mas é frequentemente classificado pelo analista político como pertencente à esquerda radical. Seus métodos incluem confrontos físicos com adversários e, em muitos casos, a destruição de propriedades privadas.

Nos EUA, os antifas alcançou maior visibilidade em 2020, durante protestos motivados pela morte de George Floyd. Na época, o presidente Trump já havia cogitado classificá-los como grupo terroristas, mas enfrentou resistência de especialistas e de organizações de direitos civis. Muitos críticos argumentam que, por ser um movimento doméstico, o Antifa não pode ser classificado na lista oficial de terrorismo internacional do Departamento de Estado norte-americano, que reúne grupos como o Estado Islâmico e a al-Qaida.

Além disso, há incertezas sobre a legalidade de restringir suas atividades diante das garantias constitucionais de liberdade de expressão e associação. O anúncio de Trump também reflete a situação de instabilidade política dentro país. De acordo com a agência Reuters, os Estados Unidos atravessam um longo período de violência política nos últimos anos desde a década de 1970, com mais de 300 episódios registrados desde a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.

“Vou recomendar fortemente que aqueles que financiam a ANTIFA sejam totalmente investigados de acordo com os mais altos padrões e práticas legais”

Donal Trump

Donald Trump caminha até Air Force One no Aeroporto de Morristown, em Morristown, Nova Jersey (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Image Photo Agency/Getty Images Embed)


Manifestação partidarias contra Antifa

Tanto os partidos republicanos quanto democratas já manifestaram críticas ao grupo Antifa, principalmente por causa da escalada de violência em protestos públicos. A morte do jovem Charlie Kirk intensificou ainda mais a polarização. Fundador da organização estudantil conservadora Turning Point USA, ele teve papel importante e decisivo na mobilização da juventude em apoio a Trump nas campanhas eleitorais de 2016 e 2024.

Defensor de valores e princípios cristãos e alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA), Kirk era figura muito próxima da família Trump com presença forte e recorrente na Casa Branca. Sua morte, ocorrida no início de uma turnê em universidades dos Estados Unidos, ampliou o debate sobre a violência política e reforçou a ofensiva do presidente contra o movimento Antifa.

EUA lançam programa para impulsionar táxis aéreos no país

O governo dos Estados Unidos anunciou na última sexta-feira (12), em Washington, o lançamento de um programa piloto que pretende acelerar a adoção dos táxis aéreos no país. A iniciativa, liderada pelo Departamento de Transportes e pela Administração Federal de Aviação (FAA), surge para atender à crescente demanda por soluções de mobilidade urbana mais rápidas, seguras e sustentáveis.

O programa inclui parcerias com governos locais e empresas privadas, e busca colocar aeronaves elétricas de decolagem vertical em operação antes mesmo da certificação final. A medida tem apoio direto do presidente Donald Trump, que formalizou o projeto por decreto.

Uma nova era na mobilidade urbana começa a decolar

Com foco em aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL), o programa visa testar e integrar esses veículos ao tráfego aéreo nacional. A FAA pretende usar os dados obtidos para definir padrões de segurança, operação e infraestrutura, essenciais para o avanço da mobilidade aérea avançada.


Publicação de Joby Aviation (Vídeo: Reprodução/Instagram/@jobyaviation)


Por meio de cinco projetos-piloto, diferentes cidades americanas receberão as primeiras operações experimentais. As empresas participantes terão permissão para realizar voos em ambientes controlados, mesmo antes da aprovação comercial definitiva, o que acelera significativamente o processo de validação das aeronaves.

Logo após o anúncio, o mercado reagiu positivamente. As ações da Joby Aviation subiram 5%, enquanto a Archer Aviation registrou alta de 3%. Ambas estão entre as principais fabricantes de eVTOLs e já participam de iniciativas com cidades como Los Angeles e Nova York.

Setor privado comemora e ações disparam

Especialistas do setor acreditam que a antecipação dos testes comerciais vai colocar os Estados Unidos à frente na corrida global pela inovação aérea. Países como China e Emirados Árabes já avançam com regulamentações próprias e testes locais.

Empresas como a Eve Air Mobility, da brasileira Embraer, também acompanham os desdobramentos, uma vez que o programa americano poderá influenciar os padrões globais de certificação e operação desses veículos.

Apesar dos desafios, o otimismo cresce. O programa pretende transformar a mobilidade aérea em uma realidade acessível já a partir de 2026, com voos comerciais de curta distância. As cidades que aderirem ao projeto poderão se tornar referência em transporte sustentável e inteligente. A FAA afirma que os testes ajudarão a moldar um novo ecossistema de transporte urbano nos EUA e, possivelmente, no mundo.

Trump solicita novamente demissão de diretora do Fed na Justiça

O governo do presidente Donald Trump apresentou neste domingo (14), outro pedido de emergência a um tribunal de apelações dos Estados Unidos, solicitando autorização para a demissão de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A ação ocorre dias antes da próxima decisão de política monetária da instituição, marcada para quarta-feira (17), e reacende um debate sobre a independência do Fed frente às pressões políticas.

Em documentos apresentados no sábado (13), os advogados de Cook pediram que o tribunal rejeitasse a tentativa do governo de demiti-la, argumentando que não há razões legais ou fundamentadas para sua demissão. A defesa destacou que a saída da diretora poderia gerar instabilidade econômica, além de comprometer a credibilidade da autoridade monetária norte-americana.

Disputa judicial ganha força

Segundo a equipe jurídica de Cook, a iniciativa de Trump não respeita os limites institucionais do Fed, cuja independência é essencial para conduzir políticas financeiras e de juros de forma técnica, e os documentos dizem que remover uma dirigente do banco central sem motivo prejudica a governança do Fed, e também a estabilidade econômica do país.

A administração de Trump respondeu neste domingo, reiterando ao Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia que os argumentos apresentados por Cook carecem de embasamento legal. O governo sustenta que a diretora teria cometido irregularidades relacionadas a suposta fraude hipotecária, justificando a tentativa de afastamento.


Diretora do Fed Lisa Cook (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Impactos na estabilidade econômica

A disputa judicial volta a colocar em evidência a tensão entre a presidência e o Federal Reserve, organismo que historicamente busca manter autonomia frente ao Executivo, inclusive em períodos de pressão por cortes nos juros ou flexibilização de políticas monetárias. Especialistas apontam que qualquer alteração na direção do Fed pode gerar dúvidas no mercado financeiro, além de impactar decisões de investimento.

O caso de Lisa Cook será acompanhado por analistas econômicos e observadores políticos. Especialistas afirmam que a situação pode estabelecer precedentes importantes, na qual o foco está nos limites do poder presidencial sobre o Federal Reserve. A decisão do tribunal pode influenciar relações entre Executivo e autoridade monetária, e o desfecho também poderá impactar a estabilidade econômica e a confiança do mercado.

Em primeiro pronunciamento após assassinato do marido, Erika Kirk diz que turnê por universidades continuará

A viúva do ativista conservador Charlie Kirk, Erika Kirk, se pronunciou na última sexta (12), pela primeira vez publicamente, sobre o assassinato do marido, na quarta-feira (10). O discurso ocorreu diretamente do estúdio em que o companheiro apresentava seu podcast, “The Charlie Kirk Show”, em Phoenix, Arizona, e foi transmitido ao vivo pelas redes sociais da Turning Point USA (TPUSA), entidade fundada por Charlie, além das maiores redes de televisão do país. 

Durante a fala, Erika homenageou o falecido, agradeceu o apoio recebido nos últimos dias e afirmou que a série de debates programados em instituições de ensino superior dos Estados Unidos será mantida.

Esposa entrega discurso imponente e engajado

Erika começou o pronunciamento agradecendo aos profissionais de saúde e policiais, que garantiram o socorro do influenciador e impediram uma maior disseminação da violência, respectivamente. Depois, foi a vez de lembrar dos funcionários da TPUSA e daqueles que tiraram um momento de sua rotina para prestar homenagens a Charlie Kirk.

Erika Kirk destacou os nomes de Jack Posobiec e James O’Keefe, co-apresentadores do podcast, que, confirmou ela, darão continuidade ao programa mesmo sem a presença física do ex-marido, e de JD Vance e Usha Vance, vice-presidente dos Estados Unidos e sua esposa, que viabilizaram o translado do corpo de Kirk de Utah, onde foi morto, para o Arizona, onde residia com a família. A ex-miss Arizona e atual líder cristã disse ainda que Charlie Kirk e o presidente dos EUA, Donald Trump, nutriam uma amizade incrível e amor mútuo.


UOL compila momentos marcantes do discurso de Erika Kirk (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


O momento mais forte da fala de Erika Kirk, no entanto, foi quando ela se comprometeu a desenvolver o legado do marido.

Vocês não têm ideia do fogo que acenderam dentro desta esposa. Os gritos desta viúva ecoarão pelo mundo como um grito de guerra. Para todos na América, o movimento que meu marido construiu não morrerá. Eu me recuso a deixar isso acontecer, ele não morrerá. Todos nós nos recusaremos a deixar isso acontecer. Ninguém jamais esquecerá o nome do meu marido e eu garantirei isso. Ele se tornará mais forte, mais ousado, mais alto e maior do que nunca. A missão do meu marido não terminará, nem mesmo por um momento”

Erika Kirk

Essa garantia foi dada logo antes de anunciar que a série de visitas a campus universitários, programada pelo marido, seria mantida. “A turnê pelo campus continuará. Haverá ainda mais turnês nos próximos anos”, enfatizou.

Ativista foi assassinado durante palestra para universitários

Charlie Kirk, uma das principais vozes da direita entre os jovens americanos, foi baleado fatalmente na tarde de quarta-feira (10) durante um debate com estudantes da Utah Valley University. Essa era a primeira de uma série de aparições que faria em mais 14 instituições.


O ativista discursava em uma mesa da Universidade Utah Valley quando foi letalmente baleado (Foto: reprodução/Trent Nelson/Getty Images Embed)


O principal suspeito por seu assassinato é Tyler Robinson, um jovem de 22 anos, filho de um vice-xerife da região. Tyler teria confessado o crime a familiares e amigos próximos. Foi o próprio pai que o convenceu a se entregar à polícia. Donald Trump e o governador de Utah, Spencer Cox, já se declararam a favor da aplicação de pena de morte contra o rapaz.

Com cerca de 14 milhões de seguidores nas redes sociais, Charlie Kirk era fundador da organização Turning Point, que defendia uma maior presença de valores conservadores no sistema de ensino estadunidense.

Trump se manifesta após condenação de Bolsonaro

Donald Trump se pronunciou nesta quinta-feira (11) sobre o julgamento e a condenação do ex-presidente, apontado como líder da trama golpista.

O presidente americano já havia esboçado sua opinião sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e classificou o episódio como uma “caça às bruxas”, criticando duramente o Judiciário brasileiro.

Entenda as acusações contra Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro responderá por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Esse julgamento decorre da conspiração e dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo as investigações, o plano foi arquitetado por Bolsonaro e aliados do governo. Na ocasião, extremistas bolsonaristas invadiram, depredaram e vandalizaram prédios públicos na capital federal, símbolos da democracia brasileira.


O fim dos votos e a consumação da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Paralelo entre os ataques ao Capitólio e a Brasília

A relação entre os dois presidentes tem pontos em comum: governos que propagam fake news, adotam tom agressivo e extremista em seus discursos e questionam o sistema eleitoral democrático.Em 2021, Donald Trump reagiu com indignação e descontentamento à derrota para o democrata Joe Biden e acusou o processo eleitoral de fraude. Após essas declarações, seus apoiadores romperam o bloqueio em Washington no dia da posse do presidente eleito. O ato, considerado uma tentativa de golpe, resultou em vandalismo, depredação de patrimônio público, cinco mortes e inúmeras prisões. A investigação contra Trump, no entanto, foi arquivada.

No Brasil, o mesmo modus operandi se repetiu em Brasília após a derrota de Jair Bolsonaro, com algumas diferenças: acampamentos improvisados em áreas públicas, acesso facilitado aos prédios dos Três Poderes e ampla depredação. O desfecho, porém, foi distinto os responsáveis foram julgados e condenados por seus crimes.

O deputado federal e filho de Jair Bolsonaro, em entrevista à Reuters, afirmou que espera que o governo americano aplique mais sanções ao governo brasileiro e que os ministros do STF que votaram a favor da condenação sofram sanções sob a Lei Magnitsky, aplicada anteriormente ao ministro Alexandre de Moraes.

Trump comenta acerca do assassinato do ativista Charlie Kirk

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou hoje sobre o assassinato do ativista Charlie Kirk, que ocorreu ontem na Utah Valley University, do estado homônimo, nos EUA. Os comentários ocorreram em um evento no Pentágono, principal base militar estadunidense, na região metropolitana de Washington, que relembrou os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Casa Branca.

Líder compara ação da esquerda a terrorismo

Na análise acerca da violência que culminou com a morte do influencer conservador Charlie Kirk, de 31 anos, o chefe do Executivo estadunidense disse que o país vive um momento sombrio e responsabilizou a esquerda pela violência política perpetrada.


UOL explica quem foi Charlie Kirk, o polêmico ativista estadunidense morto na tarde de ontem (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


“Durante anos, os radicais de esquerda compararam americanos maravilhosos como Charlie a nazistas e aos piores assassinos em massa e criminosos do mundo. Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo em nosso país hoje, e isso precisa parar imediatamente”, afirmou Trump.

“A violência política da esquerda radical já feriu pessoas inocentes demais e tirou vidas demais”, alertou ele.

Ativista foi assassinado ontem durante palestra para universitários

Charlie Kirk, uma das principais vozes da direita entre os jovens americanos, foi baleado na tarde de ontem durante um debate no estilo “Me prove que estou errado” com estudantes da Utah Valley University. Essa era a primeira de uma série de aparições que faria em mais 14 instituições.

Após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, aos 18 anos, o conservador Charlie Kirk fundou a organização Turning Point, que defendia uma maior presença de valores direitistas no sistema de ensino estadunidense, atuando em 3.500 escolas e universidades dos 50 estados americanos. 

A revolta contra o aparelho educacional pode ser vista em seus livros, Campus Battlefield (O Campus enquanto Campo de Batalha, em tradução livre), The MAGA Doctrine (A Doutrina do Faça a América Grande de Novo) e The College Scam: How America’s Universities Are Bankrupting and Brainwashing Away The Future Of America’s Youth (A Cilada Universitária: como as universidades dos Estados Unidos estão endividando e submetendo o futuro da juventude americana à lavagem cerebral).

Com grande capilaridade entre os jovens, Charlie Kirk apoiou a candidatura de Donald Trump em 2016. Na mesma época, tornou-se assessor pessoal do filho, Donald Trump Jr., obtendo acesso privilegiado à família presidencial. Em 2024, o ativista fortaleceu novamente a campanha do atual presidente.

Segundo dados da agência de notícias Reuters, os EUA vivenciam o período mais prolongado de violência política desde a década de 1970, com mais de 300 casos desde o ataque ao Capitólio por apoiadores de Trump, em janeiro de 2021.

Trump acumula fortuna recorde no cargo, impulsionado por criptomoedas

Após ter registrado perdas financeiras significativas durante seu primeiro mandato na Casa Branca (2017–2021) cerca de US$ 600 milhões entre o início da pandemia e o fim de seu governo , Donald Trump vive agora o período mais lucrativo de sua carreira. Desde a campanha eleitoral de 2024 até este ano, o presidente dos Estados Unidos adicionou aproximadamente US$ 3 bilhões à sua fortuna, que atingiu um recorde de US$ 7,3 bilhões, segundo a revista Forbes. O salto patrimonial fez Trump subir 118 posições na lista Forbes 400, ocupando hoje o 201º lugar.

O único Presidente do USA lucrou tanto

Nenhum outro presidente norte-americano teria lucrado tanto no exercício do cargo. O motor dessa escalada é o setor de criptomoedas, área em que Trump, ao lado dos filhos, lançou a empresa World Liberty Financial em setembro de 2024. O negócio enfrentou dificuldades iniciais, mas ganhou fôlego após a vitória eleitoral do republicano.


Donald Trump atual Presidente dos EUA(Foto: Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Entre os primeiros investidores esteve o empresário de criptoativos Justin Sun acusado de fraude pela SEC, que aportou US$ 75 milhões, dos quais cerca de US$ 40 milhões teriam ido diretamente para Trump e familiares. Pouco antes de reassumir o governo, em janeiro, o presidente também lançou uma “memecoin” própria, movimentação que acrescentou centenas de milhões de dólares à sua fortuna.

No poder, Trump reduziu a fiscalização regulatória sobre o setor e sancionou leis favoráveis à indústria. As memecoins que estavam bloqueadas por três meses passaram a ser liberadas diariamente, rendendo dezenas de milhões de dólares por semana. A World Liberty Financial já teria arrecadado cerca de US$ 1,4 bilhão, sendo 75% desse valor direcionado a uma empresa da família Trump.

Possível venda na participação na empresa

Documentos judiciais revelam ainda que o presidente cogita vender parte de sua participação na empresa, embora não haja confirmação sobre a concretização do negócio nem sobre quem seria o comprador. A Trump Organization não respondeu aos questionamentos. Trump, por sua vez, reagiu atacando o repórter da Forbes que revelou a operação, em postagem na Truth Social.

Apesar do avanço em ativos de alto risco, o presidente tem adotado postura conservadora no uso do capital. Ele quitou recentemente uma dívida de US$ 114 milhões ligada ao edifício 40 Wall Street, em Nova York, e pagou outros dois empréstimos, estimados em US$ 15 milhões, referentes a propriedades em Nova York e na Flórida. Trump também reforçou sua carteira de títulos municipais e corporativos. Atualmente, seu balanço patrimonial registra ativos de US$ 8,4 bilhões incluindo US$ 1,1 bilhão em liquidez e passivos de US$ 1,1 bilhão, configurando o quadro financeiro mais sólido de sua trajetória empresarial.

Vereadores de BH aprovam que Moraes se torne “persona non grata”

Nesta segunda-feira (08), a Câmara Municipal de Belo Horizonte acatou a moção da proposta encaminhada pelo vereador Pablo Almeida (PL-MG), para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, seja declarado “persona non grata”.

Moraes como “persona non grata”

A proposta para a declaração do ministro na capital de Minas Gerais significa que Moraes é indesejado, não agradável e que não é bem-vindo, conforme tradução do latim do termo. A decisão de Pablo foi fundamentada a partir das sanções contra o ministro proporcionadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O vereador também comentou sobre o gesto de Alexandre de Moraes durante uma vitória do Corinthians em Itaquera, que ele considera um “fato inaceitável” e uma ação de provocação e deboche após a torcida vaiar.

Durante a votação simbólica, a medida foi aprovada após a maioria dos vereadores ter sido favorável com a proposta de Pablo Almeida. Os parlamentares do PT e do PSOL que estavam presentes na sessão, foram contra.

O vereador Pedro Patrus, do PT, disse que esse tipo de moção não deve ser utilizada por conta de um capricho político ou para perseguir determinadas autoridades da República.

Uma preposição oposta foi sugerida pelo vereador Pedro Rousseff (PT), a fim de demonstrar o apoio da Câmara mediante ao decreto de Moraes para que o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpra prisão domiciliar. No entanto, seu levantamento foi negado.

Alexandre de Moraes

O ministro é relator do processo que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como outros réus pelo crime de tentativa de golpe de Estado, após o resultado das eleições de 2022. O terceiro dia do julgamento ocorreu nesta terça-feira (09), com votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino para que Bolsonaro seja preso mediante seus planos golpistas contra o povo brasileiro.


Alexandre de Moraes vota a favor da condenação de Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/X/@ErikakHilton)

Na continuação do julgamento que ocorreu hoje, Moraes votou pasra que todos os réus sejam condenados, enquanto Dino, deve haver uma divergência na condenação de Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), pois seus níveis de culpa são diferentes.

O ministro Luiz Fux interrompeu Moraes duas vezes na sessão, em discordância com suas decisões, antes de falar seu voto, que será divulgado nesta quarta-feira (10).