Presidente da França celebra parceria bilionária com gigantes como a Amazon

O presidente da França, Emmanuel Macron, celebrou uma conquista significativa para a economia francesa, ele fechou o acordo para uma série de investimentos estrangeiros, dentre eles destacando-se um acordo bilionário com a Amazon, o acordo foi anunciada em preparação para o evento anual “Escolha a França”, cujo objetivo é atrair negócios internacionais para a nação europeia.

Realizado nessa segunda segunda-feira (13), a cúpula de investimento estrangeiro trouxe grandes resultados, com empresas como Amazon, Pfizer, AstraZeneca e Morgan Stanley comprometendo-se em trazer novos empregos e investimentos no pais europeu.


Emmanuel Macron durante evento “Escolha a França” (Foto: reprodução/AFP/LUDOVIC MARIN/Getty Images Embed)


Amazon vem com aporte bilionário

A Amazon e que a empresa que vem com o maior aporte anunciando um aporte extra de 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,65 bilhões) no país, potencialmente gerando 3 mil novos empregos. Além disso, as empresas de saúde Pfizer e AstraZeneca se comprometeram a investir aproximadamente 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,54 bilhões) em projetos dentro do território francês.

Esses anúncios foram complementados pelo compromisso do banco de investimentos norte-americano Morgan Stanley, que planeja contratar mais 100 funcionários em Paris, com a meta de aumentar seu quadro para 500 pessoas até 2025.

Outros setores da economia do pais também vem recebendo atenção dos investidores estrangeiros, como o consórcio europeu FertigHy, que pretende investir 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 7,21 bilhões) para desenvolver uma fábrica de fertilizantes na região de Somme, no norte da França.

Investimentos fazem parte das metas de Macron para o futuro

Esses investimentos refletem as metas de Macron para fortalecer Paris como uma das principais capitais empresariais da Europa, em meio à pressão econômica enfrentada pela França, incluindo um déficit orçamental e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) modesto que o pais vem enfrentando nos últimos anos e foi intensificado pela pandemia de Covid-19.

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, sublinhou a importância de aumentar as defesas da França e da União Europeia diante da crescente concorrência global, particularmente da China e dos Estados Unidos. Em uma reunião da UE, Le Maire destacou a necessidade de uma união dos mercados de capitais europeus para facilitar investimentos em setores emergentes, como energias renováveis e inteligência artificial.

Com a expectativa de reuniões com CEOs de importantes bancos durante o evento “Escolha a França”, Le Maire expressou otimismo em relação ao fortalecimento dos laços com grandes investidores financeiros, visando continuar abrindo unidades em Paris e financiando projetos industriais e econômicos em colaboração com Macron.

Com isso, agora a economia francesa promete vir em forte recuperação nos próximos anos, com o governo do país animado para esse novo momento.

Corte na educação gera protestos na Argentina

Na Argentina, uma onda de protestos massivos está varrendo o país em resposta aos cortes substanciais no orçamento da educação, desencadeados pelo presidente ultraliberal Javier Milei. Na última terça-feira (23), dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes, professores e opositores políticos, saíram às ruas em uma das maiores manifestações já vistas contra os cortes de verbas para universidades públicas.

Os protestos ganharam força em Buenos Aires, onde os manifestantes se reuniram nas sedes das 13 faculdades da Universidade de Buenos Aires (UBA), que recentemente declarou emergência orçamentária. A marcha seguiu em direção à Praça de Maio, local simbólico para protestos na capital argentina.


Manifestantes fazem escárnio da imagem do presidente argentino Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/Natacha Pisarenko)

Mobilizações

Empunhando livros e cartazes com mensagens como “Milei ou educação” e “a universidade lutando também está ensinando”, a mobilização não ficou restrita a Buenos Aires. Em várias cidades argentinas, alunos, ex-alunos e professores de 57 universidades nacionais convocaram marchas em defesa da educação pública e gratuita.

O protesto contou com o apoio de diversas entidades, incluindo centrais sindicais, partidos políticos, professores universitários e até mesmo universidades privadas. Figuras políticas proeminentes, como Sergio Massa, ex-ministro da Economia, marcaram presença, destacando a importância do movimento. No entanto, Massa optou por não fazer declarações, afirmando que era o momento dos reitores e dos jovens se pronunciarem.

Superávit

O motivo dos protestos é a decisão do governo de repetir o orçamento do ensino superior de 2023 para este ano, sem fazer ajustes para compensar a inflação, que atingiu quase 290% ao ano. Isso resultou em diversas universidades declarando emergência orçamentária.

Enquanto o governo afirma ter registrado superávit no primeiro trimestre, as instituições educacionais estão enfrentando cortes de funcionamento que colocam em risco suas atividades.

Os cortes afetam diretamente os salários dos professores, com alguns já abaixo da linha da pobreza. Além disso, o aumento exorbitante nas tarifas de energia tem deixado as universidades à beira da paralisia. O presidente Milei questionou a transparência no uso dos fundos e a qualidade do ensino, sugerindo que as universidades públicas são utilizadas para “negócios obscuros e doutrinação”.

Brasil registra recorde de demissões por justa causa

Segundo levantamento feito pela LCA consultores — a maior consultoria econômica do Brasil — o país registrou grande número de demissões por justa causa na primeira parte do ano. O mês de janeiro, por exemplo, obteve 39.111 desligamentos, maior número do mês desde 2004.

Dados

Na apuração da LCA com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, em janeiro as demissões por justa causa ficaram 11,5% acima dos 34.131 de dezembro e 25,6% a mais do que os 31.454 desligamentos desse tipo em janeiro de 2023.

Já analisando os dados de fevereiro, o total da “famosa” justa causa chegou a 35.667, o que representa uma alta de 25,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando houve 28.310 desligamentos.

Possíveis causas

Economistas dizem que a alta se deve à dinâmica do mercado de trabalho, com muitas contratações e demissões, além de influências culturais e conjunturais pós-pandemia.

O responsável pelo levantamento, Bruno Imaizumi, economista da LCA, comentou que “Não sabemos até que ponto essa volta ao trabalho presencial pós-pandemia pode ter contribuído para isso”, diz. “Essas demissões podem ter ocorrido com mais força por conta do comportamento de parte de alguns empregados no local de trabalho, neste momento em que as empresas estão conseguindo avaliar e mensurar melhor o tempo de trabalho de seus funcionários”. Ou seja, muitos trabalhadores se acostumaram com a flexibilidade e conforto do trabalho remoto, onde mesmo com demandas a cumprir, o empregado pode fazer a sua própria maneira.


Número de justa causa acumulado em 12 meses (Gráfico elaborado pela LCA com dados do MTE)

O economista afirmou que o número total de demissões por justa causa ao longo de 12 meses sugere que a tendência de aumento desses desligamentos continuará. O maior número somando os 12 meses anteriores foi de 411.165 demissões, o fato ocorreu em dezembro de 2014. Em fevereiro de 2024, já chegamos em 392.96. Podemos observar o crescimento em relação ao número de janeiro, que foi de 385.605.

O que pode causar justa causa?

Comportamentos inaceitáveis como bullying ou atitudes discriminatórias, furto, fraude, ausência sem justificativa, violação da política da empresa e agressão são alguns dos exemplos das 14 situações em que a justa causa pode ser aplicada.

O artigo 482 descreve outras situações onde o colaborador poderá ser desligado por justa causa.

Salário mínimo em 2025 deve aumentar para R$1.502, com alta de 6,37% do valor atual

O salário mínimo de 2025 será de R$1.502, segundo o projeto da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentado nesta segunda-feira (14). O valor aumentou em 6,37% sobre o piso atual (R$1.412).

Aumento do salário mínimo

O valor decidido pelo governo segue a política de valorização do salário mínimo, decretada por Lula e aprovada no ano passado..A alta do percentual para o ano que vem é decorrente do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e da inflação de 2024. 

A projeção pode sofrer alterações até o fim do ano dependendo se a inflação deste ano for maior ou menor que o previsto pelo governo ou por conta de possíveis revisões do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o PIB de 2023. 

Meta fiscal

O governo também propôs zerar a meta fiscal nas contas públicas. Até o ano passado, a meta projetada para 2025 era um superávit de 0,5%  e de 1% para 2026. No entanto, na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) disse à imprensa que o governo estava visando manter uma meta “factível” para o ano que vem. “Nós estamos esgotando o tempo para fazer as contas necessárias para fixar uma meta factível à luz do que aconteceu de um ano para cá”, afirmou.


 Fernando Haddad durante cerimônia no Palácio do Planalto no dia 26 de março de 2024 (foto: reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


A ideia de zerar a meta fiscal para 2025 é para estabilizar as despesas e reduzir a dívida do Estado. Assim, para 2026 o governo prevê um superávit de 0,25% e de 0,5% em 2027. Para manter o superávit de 0,5% do PIB proposto no ano passado, o Estado teria que arrecadar mais do que gastar. Em outras palavras, o governo teria que investir menos em políticas públicas para conseguir reservar dinheiro, algo que, no momento, não está no radar de Lula.

Média de preços dos produtos importados nos EUA sobe levemente

No último mês de fevereiro, os EUA viram os preços de produtos importados subirem. Entretanto, esse foi um aumento marginal, ou seja, houve uma alta nos custos de produtos petrolíferos e seus derivados, mas que foi parcialmente compensado pela diminuição nos preços de outros produtos menos diretamente ligados ao petróleo. Conforme os analistas, isso representa um bom indicativo para as perspectivas com a inflação. Os preços de produtos importados cresceram em média 0,3% no último mês, menor que a pequena elevação de 0,8% em janeiro.


O prédio Marriner S. Eccles, sede do FED, em Washington, DC (Foto: reprodução/Moriah Ratner/Bloomberg/Getty Images)


Inflação, taxa de juros e as importações

A inflação é uma preocupação para a economia americana desde 2020, sendo esses primeiros meses de 2024 um respiro para a economia americana por voltar a ter números representantes de uma economia que vem melhorando. Dentre eles está a análise dos últimos 12 meses até fevereiro e a flutuação dos preços de importados durante este período: os preços caíram 0,8% após a queda de 1,3% em janeiro, enquanto o preço de todos os importados, excluindo combustível e alimentos, caíram cerca de 0,7%; o preço dos combustíveis, por sua vez, subiram 1,8% em fevereiro, enquanto o preço dos alimentos aumentou 1,1%.

O FED e o mercado

Uma das atitudes do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) para controlar a inflação crescente no país desde 2020 foi o aumento da taxa de juros para a faixa de 5,25% e 5,5%. Entretanto, isso afeta diretamente o custo de empréstimos, gerando uma pressão dos mercados financeiros para que o FED abaixe as taxas de juros, porém, com a economia americana melhorando nos últimos meses e pelo que foi dito em sua última reunião, a visão da instituição é que este é um momento de “cautela”, já que mexer nas taxas de juros agora pode atrapalhar todo o processo de recuperação da economia, principalmente em ano de eleição.

Brasil registra desafios na conta corrente com déficit de US$ 5,1 bilhões

O Banco Central do Brasil anunciou que o país teve um déficit de US$ 5,1 bilhões em transações correntes no mês de janeiro, um valor menor do que as projeções dos especialistas, que estimavam um saldo negativo de US$ 5,6 bilhões para o período. Esse déficit, acumulado em 12 meses, representa cerca de 1,12% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimentos diretos e balança comercial: destaques positivos

Uma boa notícia foi o aumento nos investimentos diretos no país, que totalizaram US$ 8,741 bilhões em janeiro, ultrapassando as expectativas de US$ 5,2 bilhões. Esse aumento pode indicar um crescente interesse de investidores estrangeiros na economia do Brasil.

Além disso, a balança comercial apresentou resultados positivos, registrando um superávit de US$ 4,365 bilhões no mesmo mês, em comparação com os US$ 884 milhões de janeiro do ano anterior. As exportações de bens totalizaram US$ 27,3 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 23 bilhões, representando aumentos de 18,7% e 3,7%, respectivamente, em relação a janeiro de 2023.

Desafios persistem em contas primárias e serviços

No entanto, alguns desafios persistem. A conta de renda primária apresentou um déficit de US$ 6,297 bilhões, embora menor do que no mesmo período do ano anterior. O déficit na conta de serviços aumentou para US$ 3,277 bilhões, e as despesas líquidas com juros também subiram para US$ 3,9 bilhões em janeiro.


Banco Central do Brasil (Foto: reprodução/Noticias do Mundo)

Perspectivas de melhora com receitas de lucros e dividendos

O Banco Central atribui parte da redução do déficit nas transações correntes ao aumento das receitas brutas de lucros e dividendos, que totalizaram US$ 2,7 bilhões em janeiro de 2024, comparado a US$ 1,4 bilhão no mesmo mês do ano anterior.

Complexidade econômica brasileira

Esses dados revelam uma dinâmica complexa na economia brasileira, com sinais mistos de recuperação em diferentes setores e desafios persistentes a serem enfrentados.

Após lucro recorde, Berkshire se aproxima do valor de mercado de 1 trilhão

A Berkshire Hathaway, cujo CEO é Warren Buffett, está se aproximando do valor de mercado de 1 trilhão de dólares. Caso atinja esse valor, a empresa se colocaria em uma lista rara de empresas a alcançar essa marca. Isso ocorre em um momento em que a multinacional registrou lucro anual recorde pelo segundo ano consecutivo.

Buffett, que atualmente tem 93 anos, porém ainda é muito ativo na empresa, fez garantias aos acionistas de que os investimentos feitos pela empresa foram “construídos para durar“.

Buffett cauteloso

No entanto, mesmo com o otimismo geral, Buffett disse em sua carta anual aos investidores da Berkshire que não restavam muitas oportunidades lucrativas de investimento. Ele também afirmou que a empresa terá um desempenho um pouco melhor do que a “média das empresas norte-americanas“, mas que, no entanto, qualquer resultado além disso seria uma “ilusão“.


Casas são um dos principais investimentos da Berkshire Hathaway (Foto: reprodução/X/@warrenbuffett)

A importância da Berkshire chega ao ponto de que muitos investidores a veem como um termômetro para a economia dos Estados Unidos. Isso se deve, em parte, ao fato de a carteira de investimentos da empresa ser bastante diversificada.

Há apenas um punhado de empresas neste país capazes de realmente mudar o rumo da Berkshire, e elas têm sido infinitamente escolhidas por nós e por outros… Em suma, não temos possibilidade de um desempenho extraordinário

Warren Buffet CEO da Berkshire Hathaway

Bons números

Sobre os números, o lucro operacional anual da Berkshire subiu 21%, alcançando o valor de 37,4 bilhões de dólares. Isso se deveu em grande parte à melhoria na subscrição, além de um maior retorno na receita de investimentos do segmento de seguros. Outro número positivo foi o lucro operacional do quarto trimestre, que também superou as expectativas dos analistas.

Agora, a empresa se encaminha para um ano que, embora não prometa ser o mais positivo em termos de balanço econômico, ainda promete ser um ano de grande lucratividade.

Após oposição, Milei retira reformas ficais da chamada ‘Lei Ônibus’

Depois de uma rejeição generalizada, o governo de Javier Milei retirou um capítulo do decreto de mais de 600 capítulos que instalou após assumir o governo do país, conhecido como “Lei Ônibus”, onde incluía uma série de reformas ficais.

Segundo o Ministro da Economia, Luis Caputo, o capítulo fiscal do projeto de lei será removido. Esse capítulo incluía aumento de impostos sobre as principais exportações, como derivados de soja, grãos e milho, que são alguns dos principais produtos do país. O governo também decidiu abdicar de algumas reformulações planejadas sobre as pensões e de um possível aumento no imposto de renda.

Milei vem enfrentando obstáculos

Desde que assumiu a presidência da Argentina, Milei vem tentando passar o projeto de lei, e o capítulo removido representava um dos maiores obstáculos para a sua aprovação, que vem enfrentando uma caminhada complicada e polêmica.


Presidente da Argentina Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/@javiermilei)

De acordo com o Ministro da economia, com o capítulo fiscal fora do caminho, o projeto deve passar por uma linha de chegada no congresso argentino, onde o executivo chegou a um “consenso claro” sobre alguns dos pontos mais importantes do projeto de lei, que incluem medidas polêmicas, como a privatização de algumas empresas estatais.

Projeto deve ser votado na próxima terça-feira

Existe uma expectativa de que o projeto de lei seja votado já na próxima terça-feira (30) na Câmara dos Deputados, onde, depois de receber um primeiro parecer positivo, a oposição rejeitaria quase 200 reformas caso o governo não aceite as modificações.

Inicialmente chamada de “Lei Ônibus”, ela foi apresentada como uma solução para revolucionar o sistema econômico argentino, alterando centenas de leis e regulamentos vigentes. Foi complementada por um decreto de mais de 300 artigos com uma série de desregulamentações, a maioria das quais já foi parcialmente suspensa pelos tribunais e também deve receber uma consideração do congresso.

Desde que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, Javier Milei tem tentado implementar medidas para conter a inflação do país, que chegou a 211% em 2023. No entanto, ele é dificultado pelo fato de seu partido não ter maioria na câmara de deputados.

Argentina ultrapassa países como Líbano e Venezuela e apresenta maior inflação do mundo

Segundo a agência de notícias Reuters, a Argentina agora lidera o ranking de maior inflação econômica do mundo. Além disso, no dia 11 de janeiro, o Instituto de Estatística e Censos local divulgou que a hiperinflação do país havia encerrado 2023 com uma porcentagem total de 211,4%.

Anteriormente, países como o Líbano e a Venezuela ocupavam as primeiras posições no ranking anual. Vale lembrar que a Argentina vem passado por uma crise econômica intensa e que está sendo planejada uma reestruturação pelo então presidente, Javier Milei.

Resultados das inflações dos demais países

Como citado anteriormente, Líbano e Venezuela eram países recorrentes nas listas das grandes inflações globais. De acordo com o banco Credit Libanais, o país do Oriente Médio apresentou em 2023 um IPC (Índice de Preços do Consumidor) de 192,3%, que representa 20 pontos percentuais a menos do que a Argentina atualmente. A libra libanesa, que está em uma desvalorização acentuada assim como o peso argentino, causa o aumento desenfreado nos preços dos produtos.  

Já a Venezuela, que possuía um nível de inflação considerado fora da curva da América Latina nos últimos tempos, terminou o ano com um percentual de 189,8%. Conforme dados do Banco Central Venezuelano, a desaceleração da inflação do país vem ocorrendo desde 2020. Salienta-se que naquele ano, em decorrência da pandemia acima de tudo, a inflação local registrou uma taxa de 2.959,8%.

Como está a situação econômica da Argentina atual


Com a alta inflação, o preço dos alimentos cresceram absurdamente (Foto: reprodução/ Agustin Marcarian/Reuters/G1)

O povo argentino enfrenta uma das piores crises desde a década de 90, que também se sucedeu decorrente de uma alta desvalorização da moeda local. Atualmente, o pequeno apreço do peso argentino ocasiona instabilidades nas taxas cambiais do país e um crescimento constante do preço dos alimentos e outros recursos utilizados pela população.

Ao assumir o poder em novembro do ano passado, o populista Javier Milei implementou um plano de política financeira intitulado “Plano Motosserra”, na qual apresenta emendas um tanto polêmicas e radicais a fim de uma melhora na economia. Entre estas medidas, é possível destacar mudanças como, volumosos cortes em gastos públicos, redução de ministérios e secretarias durante seu governo e privatizações de empresas estatais.