FAB apura prejuízos da queda de avião em Gramado

Na Serra Gaúcha, a semana do Natal foi marcada por um acidente: a queda de um avião na região de Gramado. A queda ocorreu na manhã do último domingo (22), sendo investigado pela Força Aérea Brasileira (FAB) os infortúnios e danos do acontecimento, como, por exemplo, o número de possíveis vítimas e/ou feridos.

A apuração ocorre por meio da coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, fora a averiguação inicial dos danos que foram causados na aeronave, ou por ela, ademais, a sondagem de demais informações necessárias.

O procedimento de como a investigação ocorrerá foi divulgada pela própria FAB, a qual será coordenada pelo Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V) e o órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), de Canoas–RS.

A queda da aeronave em Gramado

A pequena aeronave tinha uma altura de 5,1 m, comprimento de 13,2 m, e capacidade para transporte de 11 pessoas. Sua queda ocorreu após 2 km de sua partida; saindo de Canela, a queda ocorreu próximo das pousadas Hotel Floratta e Cabana Belo Destino, em Gramado, na Avenida das Hortências.

Segundo a imprensa local, a PA-42-1000 CHEYENNE 400 transportava três pessoas, as quais foram levadas para os hospitais mais próximos após o acidente. A Brigada Militar informou que a queda do avião em Gramado afetou cinco construções, incluindo uma casa, além de ter colidido com uma loja da região.


Queda de pequena aeronave em Gramado no último domingo (22) (Vídeo: reprodução/X/@AndersonBrites)

Ações iniciais em Gramado

Para auxiliar na reestrutura do local, equipe da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil encontram-se no local, não somente analisando o ocorrido, mas também prestando primeiros atendimentos aos necessitados.

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, contou que a prioridade é que a área seja isolada, e que as vítimas sejam atendidas. O governador conta ainda que, as primeiras informações contam que, infelizmente, os tripulantes da aeronave não sobreviveram.

Após reuniões, Eduardo Leite volta a pedir mais dinheiro e o perdão da dívida

Nesta terça-feira (25/06), o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, esteve em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e após o término da reunião declarou que precisa de mais dinheiro e pediu novamente o perdão da dívida do estado com a União.

Antes da reunião com o ministro da Fazenda, o governador Eduardo Leite esteve em uma audiência no STF, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e o advogado geral da União, Jorge Messias. Com a finalidade de tanto o Rio Grande do Sul e o Governo Federal entrarem em acordo sobre o perdão da divida.


Eduardo Leite durante um discurso (Foto: reprodução/Itamar Aguiar/Rodrigo Ziebell/Palácio Piratini)

Reunião com Haddad

Na sua reunião com Fernando Haddad, foi tratado a perda de arrecadação do RS, que já está no valor de R$ 1,6 bilhão. Leite vem pedindo que Haddad reponha estes valores, de maneira parecida do que foi na pandemia do covid-19.

Ainda durante a reunião Eduardo leite pediu que a União use de uma maneira melhor o dinheiro que tem sido economizada com a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com o Governo Federal. Ele ainda declarou que esses recursos estão disponíveis para a reconstrução do RS.

A suspensão da dívida do RS foi aprovada pelo congresso, e tem duração de 3 anos e o impacto nas contas públicas é de R$ 23 bilhões. O objetivo dessa ação foi redirecionar os recursos para outros lugares.

Primeira audiência sobra o perdão da dívida no STF

Audiência tem como centro uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil do RS. O STF calcula que a dívida do estado chega a R$ 100 bilhões, Leite afirma que os motivos para apoiar o perdão da dívida é as dificuldades que o Rio Grande do Sul enfrenta como por exemplo os altos valores gastos com a previdência e a dificuldade de pedir empréstimos por causa do alto valor do endividamento.

Um dos resultados dessa audiência foi o envio antecipado do ICMS no valor de R$ 680 milhões, valor já seria pago ano que vem, mas optaram por antecipar o envio para ajudar o RS.

Por causa de não terem chegado a um acordo sobre o perdão da dívida, o relator da ação, Luiz Fux, marcou uma segunda audiência que está prevista para ser realizada em 13 de agosto.

Termina sem acordo primeira audiência de conciliação no STF sobre dívida gaúcha

Nesta terça-feira (25), aconteceu a primeira audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal sobre a dívida do Rio Grande do Sul com a União. Embora a ajuda federal tenha sido enaltecida por Pimenta e Messias, Eduardo Leite garante não ser suficiente para as necessidades do estado após as enchentes. Daqui 45 dias, será feita uma nova rodada de tratativas.

O ministro Luiz Fux convocou e conduziu a audiência em seu gabinete no STF. O ministro Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul), Jorge Messias (advogado-geral da União), Eduardo Leite (governador gaúcho) e Leonardo Lamachia (presidente da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil) participaram do encontro.

Leite almeja anistia de impostos

A mesa de negociação foi aberta em ação que tenta uma possível anistia para a dívida de cerca de R$ 100 bilhões do Estado, detonado pelas enchentes em maio. 


Audiência de conciliação sobre as dívidas do Rio Grande do Sul com a União (Reprodução/instagram/@aguoficial)


Ficou acordado que o estado e os municípios vão receber uma antecipação de R$ 680 milhões do governo federal, oriundos da compensação do ICMS a que já teriam direito para o ano que vem. Do montante, R$ 510 milhões vão para o caixa do governo do Estado e o restante, para os municípios.

A antecipação do pagamento de precatórios de cerca de R$ 5 bilhões foi outro avanço.

Governo federal enaltece a ajuda proposta para os gaúchos

Pimenta e Messias, representantes do governo federal, garantem que a proposta iria irrigar a economia gaúcha, ajudando na atividade econômica do estado e na manutenção dos empregos. E que a atenção do governo federal estaria voltada para socorrer não só ao Estado, mas aos municípios, às pessoas e às empresas.

Por outro lado, Leite saudou a abertura de diálogo com a União, mas que as propostas não são suficientes.

“O que se apresentou foi antecipação de obrigações da União. Não há nada de novo colocado à mesa. É importante, ajuda a ativar a economia do Estado, sem dúvida nenhuma, mas não é recurso ao ente federativo, o Estado, que mantém essa fragilidade na capacidade de sustentação dos serviços essenciais da população, especialmente na calamidade.”

Eduardo Leite

O governo gaúcho completou que terá uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que tem expectativas de avançar nas negociações para impactar de fato nos estragos provocados pelas chuvas.

Reconstrução das áreas afetadas do Rio Grande de Sul pode levar até um ano

Para auxílio na visualização das manchas de inundação, é utilizado drones e imagens de satélite por todo o estado.

Segundo o tenente Rafael Luft, este diagnóstico para identificação das casas, escolas, creches e UBS’s atingidas, apesar de tratar-se de um enorme desafio, estabelece minimamente um tamanho do desastre que ocorreu no estado.


Exemplo do uso de imagens de satélite no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/X/@sbtrs)

O que é útil não apenas para registro, mas também para se ter uma ideia de onde a reconstrução deverá iniciar, e o que será necessário para tal.

Após esta identificação, os dados são cruzados por técnicos com as informações das bases oficiais, em conjunto com o IBGE, CadÚnico (dados do governo federal) e os cadastros de programas estaduais.

Até o momento, dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados. E nestes locais, 267 mil residências e 109 mil empresas foram atingidos diretamente.

Início de uma nova etapa para o estado

Alguns desses municípios foram visitados pelo governador Eduardo Leite no sábado (25) de manhã e, em conversa com o Jornal Nacional, estipulou um prazo para a reconstrução.

Nesta conversa, fora dito que as famílias de baixa renda que perderam suas residências, estão sendo encaminhadas para a construção de casas definitivas, “em modos construtivos rápidos”, os que podem ser, por exemplo, blocos de concreto.

Estas residências são construídos em locais que foram previamente analisados, pois, não podem ter sido atingidos pelas inundações. Não apenas para evitar acidentes, e para garantir uma estrutura segura para a construção, mas também para “respeitar as novas condições climáticas, o novo patamar que o rio alcançou”, diz Eduardo.

Em conjunto com a fala de Eduardo, o ministro Paulo Pimenta, comandante da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, relatou que o governo federal ajudará na recuperação de escolas, UBS e rodovias, além de entrar em prática um programa para reconstrução das casas dos que possuem renda de até R$ 4,4 mil.

Para tal, as prefeituras realizam um cadastro, e destinam o terreno, e o governo federal é responsável em conseguir o valor para comprar o imóvel usado. Além da compra de imóveis usados, foi requisitado que fizesse parte do programa todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil. Ademais, fora indicado que será adquirido os imóveis da iniciativa privada que estão sendo construindo e se adequam nesta faixa de valor.

As universidades também auxiliam, como a professora Alexandra Passuello, que liderou equipes responsáveis pelo mapeamento das áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos em determinados pontos do estado.

Segundo a professora, há territórios em que a reconstrução não será possível, enquanto em outros a reconstrução deverá ocorrer seguindo diretrizes de como torná-las mais resistentes; tanto para não haver danos físicos, quanto para que o salvamento ocorra de forma segura e em bom tempo.

Auxílio na reconstrução

É indicado que, nesta jornada de restauração, as ações de solidariedade e apoio imediato às famílias atingidas será imprescindível. Como a ação de parceria que ocorreu neste sábado em uma comunidade de Porto Alegre, entre organizações locais e movimentos voluntários com doações de empresas e pessoas físicas, que levou alimento para muitas pessoas.

A presidente do Mistura Aí, Mara Nunes, informa que não conseguiria colocar a cabeça no travesseiro sabendo que há pessoas lá fora que necessitam de ajuda. Ela conclui dizendo acreditar que a pessoa do outro lado precisa pensar da mesma forma.

Desde setembro do ano passado, quando houve uma grande chuva, essa rede de apoio atua na ajuda ao Rio Grande do Sul, na entrega de kits de higiene, colchões e cobertores, além do fornecimento de mais de um milhão de refeições.

Segundo o voluntário Vitor Brandão, após a água abaixar, a instituição terá diversas etapas pela frente, como limpeza e reconstrução. Ele frisa que, por mais que seja um cenário que dura mais de três semanas, o Rio Grande do Sul ainda precisa e precisará de muita ajuda.

Governo do RS anuncia R$2,5 mil para famílias em extrema pobreza

Em entrevista coletiva nesta sexta (17), Eduardo Leite, governador do estado do Rio Grande do Sul, anunciou o início do pagamento do programa “Volta por cima”, onde famílias na faixa de extrema pobreza inscritas no Cadastro Único e que foram vítimas das enchentes que invadem o estado em maio, receberão 2,5 mil reais. A previsão é que 47 mil famílias serão contempladas.

“Volta por cima” não foi criado após a tragédia em 2024 no RS

O programa existe desde o ano passado, em setembro, quando o Rio Grande do Sul sofreu com cheias intensas em razão do ciclone extratropical. Em 2023, aproximadamente 1.726 famílias de 22 municípios, recorreram ao projeto. O número teve crescimento expressivo em comparação com a tragédia climática de 2024, onde quase todos as cidades foram atingidas.

“Nós já efetuamos e estamos efetuando hoje o depósito para sete mil famílias neste cartão”, explica Eduardo Leite. As sete mil famílias “são aquelas que as prefeituras já apresentaram o cadastro e que estão desabrigadas”.

Além dessas, outras 40 mil famílias serão pagas através do serviço até 24 de maio.

Pix SOS RS

Apesar de parecidos, o Pix SOS RS e o Volta por cima tem públicos diferentes, o Pix atenderá as famílias que não são de extrema pobreza mas que ficaram desabrigados ou desalojados e que ganham até 3 salários mínimos, as vítimas receberão 2 mil reais. Os pagamentos começam nesta sexta-feira (17) em Encantado e Arroio do meio, cidades do RS.

Famílias que se encaixam no programa Volta por Cima, não poderão receber o Pix SOS RS.

Reconstrução do Rio Grande do Sul


Roca Sales, cidade do Rio Grande do Sul, vista de cima após alagamentos (Foto: reprodução/ NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)


O Plano Rio Grande, como foi chamado pelo governo, tem o objetivo de reconstruir o estado. Entre as medidas, foi anunciada a inauguração do Centro Administrativo de Contingência, um espaço de trabalho temporário para os servidores, já que o local anterior foi afetado pelas cheias em Porto Alegre. O novo centro começará a operar oficialmente hoje.

Leite também anunciou a formação de um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, com o objetivo de desenvolver “ações para adaptação e resiliência climática do estado do Rio Grande do Sul”.

O Estado ainda contará com estruturas habitacionais definitivas e provisórias, e uma nova secretaria, onde a Secretaria de Parcerias e Concessões vai dar lugar a  Secretaria da Reconstrução Gaúcha. A secretária irá funcionar no formato de uma “assessoria especial de gestão de riscos”, segundo o governador.

O governo federal também disponibilizou programas de habitação e recebimento de recursos para as famílias gaúchas.

Dilma Rousseff informa que NDB investirá R$5,7 bilhões na reconstrução do RS

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) Dilma Rousseff, compartilhou nesta terça-feira (14), através das redes sociais, que o NDB irá enviar R$5,75 bilhões para ajudar nas obras de reconstrução do Rio Grande do Sul.

A reconstrução 

Rousseff usou o X (antigo Twitter) para compartilhar a informação que, segundo ela, o valor total do empréstimo foi acertado em comum acordo com o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Eduardo Leite (PSDB), o governador do estado sulista. 

“O Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha”, compartilhou Dilma, na sua conta do ex-twitter.

Segundo a ex-presidente do Brasil, os recursos do empréstimo devem ser transferidos diretamente ao estado sulista. Além disso, também existirá parcerias com outras instituições financeiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como BNDES, o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que prestarão auxílio na transferência de crédito. 

Distribuição de recursos 

Uma parte do valor será transferida diretamente ao BNDES no intuito de financiar pequenas e médias empresas, obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto e também prevenção de desastres que, conforme a tabela de valores, é uma das prioridades, marcando US$ 250 milhões em destinação   

O agro também não ficou de fora, constando cerca de US$100 milhões de recursos, dividindo espaço com projetos de armazenamento, infraestrutura e logística.


Tabela de distribuição de recursos (reprodução/X/@dilma)

Ainda consta distribuição a obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e claro, pontes, vias urbanas e estradas.

NDB e BRICs+

O NDB é um dos meios de atuação do agrupamento econômico formado por países emergentes, conhecido como BRICs.

Com intuito de fornecer infraestrutura e desenvolvimento sustentável, o Novo Banco de Desenvolvimento é uma iniciativa do Brics para fortalecer o desenvolvimento e também a cooperação entre os países. O banco reúne fundos dos países integrantes para aplicação nos próprios e também em nações parceiras.


Dilma Rousseff representa o NDB em reunião colaborativa pelo desenvolvimento sustentável (Foto: reprodução/Instagram/@ndb_int)

Desde janeiro de 2024 tanto o nome quanto o agrupamento passaram por alterações após a inclusão de novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, com essa nova inserção, o nome do grupo passou a ser BRICs+.

Ataques criminosos em meio à enchentes no Rio Grande do Sul

Enquanto o Rio Grande do Sul luta contra as enchentes, criminosos se aproveitam da tragédia para cometer ataques. Saques a lojas e residências, ameaças aos socorristas e até ataques a barcos de resgate foram relatados. A onda de crimes gera medo e insegurança na população já fragilizada pela tragédia.

Medo de ataques afasta voluntários

A Brigada Militar assume o patrulhamento ostensivo com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) para coibir a ação de criminosos. A medida visa combater a onda de crimes que assola as áreas atingidas pelas inundações.

Relatos de saques em lojas e casas alagadas causam medo e atrapalham as ações de resgate noturnas por voluntários. A proliferação de crimes cria um clima de insegurança que impede a atuação dos voluntários dedicados a ajudar as vítimas das enchentes, dificultando ainda mais o processo de resgate e assistência.


Vista geral das casas afetadas pela enchente do rio Jacuí em Eldorado do Sul, em 3 de maio de 2024 (Foto: reprodução/Anselmo Cunha /Getty Images Embed)


Criminosos se aproveitam da tragédia

Canoas está em estado de alerta. Mais de dois terços do município está submerso, com mais de 15 mil desabrigados. O Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) patrulha a área alagada com barcos. A patrulha com barcos pela área alagada é uma medida emergencial para garantir a segurança da população e coibir crimes.

Homens armados circulam em barcos e jet skis, ameaçando pessoas, assaltando comércios e saqueando casas. Oportunistas aproveitam a situação de vulnerabilidade da população para cometer crimes, gerando ainda mais sofrimento e caos nas áreas atingidas pelas inundações.

Medo de deixarem as suas casas

Diante do risco de perder tudo, muitos se recusam a deixar suas casas, mesmo sob risco de alagamento. Vigílias noturnas são organizadas para proteger contra saques e garantir a segurança de seus bens.

Relatos indicam que houve uma tentativa de invasão em um condomínio alagado no bairro São Geraldo, em Porto Alegre, acompanhada de tiros. Os moradores que decidiram permanecer no local se revezaram em rondas de vigilância durante a noite de domingo para desencorajar possíveis ataques.

Assim, o receio de perder seus pertences leva muitos moradores a permanecerem em suas casas alagadas, organizando vigílias para garantir sua segurança.

Falso resgate

Segundo informações da brigada militar relatadas à Rádio Gaúcha, criminosos em São Leopoldo estão explorando a tragédia das inundações para realizar ataques direcionados aos barcos de resgate. Eles solicitam socorro fingindo serem vítimas, mas ao embarcarem nos barcos de resgate, assumem o controle das embarcações. Em seguida, utilizam esses barcos para realizar ataques contra vítimas e residências.

De acordo com a prefeitura, a inundação do Rio dos Sinos afetou aproximadamente 180 mil dos 220 mil habitantes de São Leopoldo.

Lojas e casas são alvos de saqueadores nas áreas alagadas. A onda de crimes não poupa nem mesmo estabelecimentos de grande porte, como a loja de artigos esportivos da Arena do Grêmio, que se junta a uma lista cada vez maior de vítimas dos bandidos.

A água que expulsou moradores de suas casas, lojas e depósitos também facilitou a ação dos criminosos, que aproveitam a vulnerabilidade da população para cometer seus atos.